Ser Zero, sem stresse

Gostava muito que lessem o artigo que a querida Eunice Maia, mentora da DoBem e fundadora da primeira loja Zero Waste em Portugal, escreveu sobre o significado e importância de não sofrermos de ecoansiedade. Podem ler o artigo aqui. E o que tem a ver com o “Ser Zero, sem stresse”? Tudo!

 

Porque foi exatamente esse sentimento que eu tive quando decidi abraçar o desafio que ela me lançou em Julho de 2020 – recusar, durante 30 dias, o plástico de utilização única. 

Aceitei o desafio por duas razões: sair da minha zona de conforto e ganhar consciência da quantidade de plástico que eu, inconscientemente, usava no meu dia a dia. 

Podia ser pior, mas existia e ainda existe muita margem para melhorar. 

Usar sacos de pano e frascos para ir ao supermercado já fazia parte do meu dia a dia; ter em casa água alcalina e mineralizada para não ter de comprar garrafas de plástico também não era novidade para mim. Mas recordo-me perfeitamente de, nas minhas marmitas, não levar talheres ou guardanapos de pano e de pedir cafés que acabavam por ser servidos em copos de plástico. Mas o pior foi perceber a quantidade de “brindes” que, por vezes, aceitava quando, pensando bem, eu não lhes ia dar o uso devido. 

E aí foi imperativo colocar a seguinte questão (antes do impulso falar mais alto): “Preciso realmente disto?”

Comecei a ficar tão atenta a todas as minhas escolhas que, por momentos, já não queria aceitar nada!

Foi aí que a Eunice me disse: “Não quero que sofras de ecoansiedade. O importante é que estes 30 dias te despertem consciência e para uma mudança sim, mas dentro das tuas circunstancias fazendo tu o melhor que podes.

E esta mensagem ressoou em mim. 

 

 

As mudanças fazem-se uma de cada vez e devem ter espaço para serem implementadas nas nossas rotinas e, muito importante, de acordo com as nossas necessidades (identificar o que que queremos mudar em primeiro lugar). É termos em conta que a vida se faz de “baby steps” e centrar a nossa energia no que é possível e, de uma forma positiva. 

Como diz Anne-Marie Bonneau: “Não queremos uma mãe cheia de pessoas a serem 100% Zero Waste, mas de milhares de pessoas imperfeitas com vontade de evoluir”. 

Eu gosto muito desta ideia, deste propósito da vida. Perceber que tudo o que fazemos connosco e com os outros tem uma consequência direta na nossa saúde e na saúde do Planeta. E porque acredito que todos estamos aqui para nos sentirmos bem a fazer o Bem, agrada-me ir implementando pequenas mudanças diárias, sentir o impacto delas na minha vida e assim sucessivamente ir acrescentando outras.

E há um tempo certo para tudo. Da mesma forma que a garrafa de plástico não faz parte do meu dia a dia, também não deixa de ser verdade que já bebi e comprei várias garrafas de plástico em situações específicas: não ter mais água e ter muita sede, esquecer-me da minha garrafa em casa, entre outras situações. 

Tenho toalhitas para me desmaquilhar, mas por vezes uso esferas de algodão, sobretudo quando estou em reportagem fora de casa,

Também já tentei compostar em casa e não resultou. Ainda não resultou. Preciso de me dedicar mais e estar mais centrada. Mas enquanto isso vou consolidando o que já faço e tentar mudar outros maus hábitos. 

 

COMO SER MAIS SUSTENTAVEL/CUIDADOR NO MEU DIA A DIA ?

  • COMO COMO?
  • COMO ME VISTO?
  • COMO ME MOVO?

Gosto muito deste ponto de partida. No meu caso, despertei para esta consciência com a alimentação. E neste ponto não falo apenas nas compras que faço a granel e os sacos de pano que uso ao invés dos sacos de plástico. Falo sobretudo da atitude cuidadora que devemos ter com a nossa saúde. Cuidar hoje, para não comprometer o amanha. Faz-vos sentido? 

E isso passa simplesmente por comer bem, de uma forma nutritiva e saborosa, porém simples, sazonal e se possível local. Quando a matéria prima é boa os condimentos são apenas… complementos. O sabor de uma rúcula ou tomate que cresceram livremente e de uma forma natural é incríBel. 

Comer para nutrir e proteger é ser sustentável com a nossa saúde. Comer de acordo com o que a terra nos dá e perceber que a solução não passa por comer todos os dias (e várias vezes ao dia) proteína animal pode ser uma lufada de ar fresco para a nossa sustentabilidade financeira também. 

Podemos comer de tudo. Mas é o equilíbrio que nos vai centrar. 

 

A forma como nos vestimos também é um bom começo para a mudança. Não estou a dizer que não devemos comprar. Mas mais importante do que comprar mais…é comprar melhor e menos vezes; saber de onde vem e como foi produzida aquela peça também ajuda – quanto mais não seja para nos criar consciência do valor das coisas. 

 

Tenho uma pergunta que faco a mim mesma quando estou no ato da compra e sinto que estou impulsiva:

Vou usar esta peça mais do que 30 vezes ao ano?

A resposta que derem vai definir a vossa compra. A mim ajuda-me imeeenso. 

 

E pensar na forma como nos movemos também é uma bela ajuda. E não estou a falar simplesmente da mobilidade elétrica, mas sim na forma como pensamos sempre que nos queremos deslocar. Ás vezes chamamos um Uber e a distância é pouco mais de 1Km. Outras, podemos abdicar de um elevador e subir umas escadas quando sabemos que a nossa vida é muito sedentária; sabe tão bem ir a pé até ao metro e saber que quando chegamos não temos o “stresse” do estacionamento.

Por vezes, é só antecipar, mudar o mindset e alterar pequenas rotinas. Se o fizermos repetidamente algo vai ativar dentro de nós. Mas como em tudo na vida, é acertando que vamos aprendendo e vice-versa.

 


 

A LÓGICA DOS 5 R’S

  • RECUSAR o que não preciso
  • REDUZIR o que preciso
  • REUTILIZAR o que consumo
  • RECILAR o que já não recuso, reduzo e reutilizo
  • COMPOSTAR é também reciclar

 

Agradeço todos os dias à Eunice por esta mensagem. Pensar nesta lógica ajuda a materializar. 

O que pretendo com este vídeo e com este texto é sobretudo dizer-vos que não há uma formula mágica. É dentro de nós que esta o caminho, dentro das nossas possibilidade, da nossa vontade. E está tudo certo se nada é perfeito. O que conta é a genuína vontade de querermos ser melhores em prol do Bem em geral e do nosso em particular.

NÃO HÁ FORMULA MÁGICA.  É dentro de nós que está o caminho. É em nós que está a revolução. 

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Roteiro de 9 dias: passar uma semana no Gerês é desligar totalmente do mundo

Queridos seguidores,

hoje vamos viajar “para fora cá dentro”! E o destino é o Gerês.

Uma das minhas amigas que mais admiro está neste momento a fazer uma volta ao Mundo, imaginem só! Juntou dinheiro e preparou-se mental e emocionalmente para largar todas as suas rotinas – deixar o trabalho, por exemplo – e partir à aventura com o namorado. Aconselho-vos a acompanharem, através do seu instagram, os locais por onde ela está a passar e que experiências ela está a retirar.

Pela pessoa que é e pelo tipo de viagens que gostava de fazer, desafiei-a, em tempos, a escrever um artigo para a DoBem sobre a sua última viagem em Portugal. A Joana fez um roteiro IncríBel de 9 dias no Gerês que agora está disponível para vocês. Quem sabe se, por sua influência, esta não será a vossa próxima viagem?

Leiam e desfrutem de todas as dicas que ela nos deixou.

 


 

Realizei finalmente o desejo de voltar ao Gerês. Já lá tinha estado em miúda, mas tão miúda que me lembrava de pouco mais para além da paisagem verde. Por isso mesmo, há quatro anos que sonhava com o regresso. 

 

Moro em Lisboa, o que significa uma distância de mais de 400 quilómetros até ao Parque Nacional de Peneda-Gerês. Ainda é uma viagem longa, e talvez tenha sido isso que me tenha feito esperar tanto tempo. É que se é para fazer uma viagem tão longa, que seja com tempo. Não faz sentido de outra forma. Ir a correr, de passagem, sempre esteve fora de questão. Por isso, sempre fui adiando.

 

Com a pandemia da COVID-19 instalada, acabei por ter de cancelar duas viagens que já tinha compradas para este ano. Mas, lá está, há sempre um lado bom, como em tudo na vida. E, neste caso, o cancelamento das viagens acabou por ser uma boa oportunidade para reunir uns dias e desbravar esta zona do País. Quem diria que a pandemia acabaria por me dar umas férias incríveis? 

 

Confesso que planeei tudo em cima da hora, mas acredito que tenha sido essa falta de planeamento prévio a responsável por tornar esta experiência ainda mais inesquecível. Não pensei muito sobre o que me esperava, e deixei-me levar pela viagem. As surpresas foram tantas e tão boas que, ainda agora, e ainda só passaram alguns dias desde o regresso, já faço planos para voltar em breve. 

 

Por esta ser uma zona que se tornou tão especial para mim, e por saber que este ano, para muitos de nós, as férias serão passadas em Portugal, deixo-vos o meu roteiro para uma semana no Gerês. Assim, também vocês podem deliciar-se com esta relíquia, uma das maiores que o nosso País tem para oferecer. 

 

Dia 1

A viagem ainda é longa, por isso, decidimos não seguir diretamente até ao Gerês e passar uma noite algures no percurso. Saímos de Lisboa pelas 18 horas, e escolhemos parar em Amarante, onde chegámos já perto da hora de jantar. No caminho, marcámos mesa no Restaurante Zé da Calçada, onde nos deliciámos com filetes de polvo e com um bolo de bolacha à sobremesa. 

Infelizmente não havia mesa lá fora, mas deu para aproveitar a noite quente na mesma, dando um passeio a pé a seguir ao jantar antes de rumar ao hotel. 

Decidimos fazer esta paragem para a viagem não custar tanto. Afinal, ainda são mais de quatro horas de viagem, segundo o Google Maps. Os mais corajosos podem aventurar-se e fazer a viagem completa num dia, mas contem com isso: é um dia perdido. É difícil arranjar disposição para andar a passear depois de uma viagem de quase quatro horas de carro, especialmente se não fizerem grandes paragens. Mas é tudo uma questão de perspetiva. Esta foi a nossa escolha.

Dia 2

Ficámos alojados no Hostel des Arts, que custa a partir de 60€ por noite e de que gostámos muito. Fica no centro de Amarante, muito perto de tudo. Nesta altura não estão a servir pequenos-almoços, por isso fomos até à Padaria Pardal comer um croissant com queijo, acompanhado de um cappucinno. Não é um pequeno-almoço de hotel de luxo, mas é delicioso e valeu muito a pena.

Apesar do calor imenso, mantivemo-nos fiéis ao plano de conhecer Amarante. É uma cidade com um ar antigo e, poderia até dizer, pitoresco, o que a torna encantadora à sua maneira. 

Passear pelas ruas de Amarante é, por momentos, esquecer que estamos em 2020 e voltar ao século XVI ou XVII, onde havia rei, rainhas, cortes e palácios. Não é que estivesse numa feira medieval com pessoas vestidas à época, mas o aspeto daquele espaço fez-me recordar alguns cenários de filmes e livros. Foi como voltar atrás, a um tempo onde nunca vivi. 

A ponte de São Gonçalo fica no coração da cidade e é uma das maiores atrações turísticas da cidade. Fica sobre o Tio Tâmega e é um dos locais onde os turistas mais gostam de tirar fotografias. Confesso que me senti como uma verdadeira turista por momentos. Tudo é bonito demais para não estar a apreciar e a desfrutar com toda a calma, serenidade e silêncio. Esta é daquelas cidades onde a arquitetura surpreende, mas a natureza também. Vale a pena explorar a zona ribeirinha da cidade, e fazer um picnic à sombra, se tiverem tempo.

Mas Amarante também é uma cidade de cultura, e não nos deixa esquecê-lo. É que a cada recanto há qualquer obra artística que nos faz parar para apreciar, como é o caso do Museu Amadeo de Souza Cardoso (a entrada custa 1€ por pessoa). Foi lá que nos rendemos por umas horas à exposição “Fuck Art, Let’s Eat”, onde se faz uma reflexão sobre a ligação entre a arte e a gastronomia, que na verdade sempre existiu. 

Depois deste dia, foi hora de rumar ao Gerês, onde fizemos check in no Dobau Village que custa entre 70 e 90€, consoante a época. Foi lá também que acabámos por jantar.

Dia 3

No terceiro dia fizemos finalmente o Trilho das Sete Lagoas. São 6 quilómetros para cada lado o que dá cerca de três horas de trilho num dia. A parte boa é que grande parte do percurso é plano e em terra batida, por isso, até se faz bem a andar. Talvez o mais desafiante seja mesmo o calor, porque não há grandes zonas de abrigo à sombra, então grande parte da viagem é feita com o sol a bater-nos no corpo. Por isso, é importante levar sempre garrafas de água. Levámos uma grande para cada pessoa, e ainda bem que o fizemos. 

Por ser um percurso onde sabemos, à partida, que vamos apanhar bastante calor, aconselho também a que partam cedo, por volta das 8 horas da manhã. Além de a esta hora o sol estar suportável, vão ter a oportunidade de conhecer as lagoas com muito menos gente, até porque a maioria das pessoas só começa a chegar a partir das 10 horas.

Este trilho começa no Xertelo, e é essa a localização que devem colocar no Google Maps para lá chegar e começar a viagem. Antes disso, passem em Ruivães, uma zona no caminho e onde podem tomar café e abastecer-se de tudo o que precisam no minimercado. Água, fruta fresca e até alguns snacks são sempre uma boa ideia. Além disso, ainda apoiam o comércio local.

Se forem de carro, o estacionamento é muito fácil na zona de Xertelo. O Bar Sete Lagoas, que podem conhecer através do Facebook, é um salva vidas para quem não sabe bem no que se está a meter. Eles disponibilizam o mapa do trilho completo através da página deles, onde indica o caminho que devem fazer. Descarreguem-no antes de começarem o percurso, porque há várias  falhas de rede e, assim, têm a garantia de que já têm o mapa e não se enganam no caminho. 

O caminho é maravilhoso pelo silêncio e pela paisagem que parece não ter fim. Só se vê verde, verde e mais verde. Ah, e preparem-se para encontrar alguns bois que aparecem de repente pelo caminho. Não são assustadores nem chateiam, mas impõem algum respeito. Durante o percurso, se precisarem de se refrescar, prestem atenção ao caminho do lado direito. É lá que vão encontrar uma fonte onde podem aproveitar para descansar alguns minutos.

Chegar ao fim do trilho faz qualquer pessoa ficar sem palavras. É inacreditável e realmente único de ver a natureza assim. A sensação de frescura assim que mergulhamos é indiscritível, e o barulho das cascatas a todo o momento é do mais relaxante que há. Compensa, definitivamente, as três horas que andamos a caminhar para lá chegar. São estes pequenos momentos que fazem valer a pena.

Ao fim do dia, jantámos no restaurante Lurdes Capela, que fica no centro do Gerês. Pedimos a posta à Lurdes que acompanhámos com vinho branco da casa, e estava tudo delicioso. Comida mesmo caseira e tradicional, daquela que já é tão difícil encontrar no meio das grandes cidades. Para sobremesa não fomos capazes de resistir ao bolo de bolacha, mas a verdade é que ser dobem. também é, por vezes, comer o que nos faz feliz. Depois de 12 quilómetros nas pernas, sentimos que merecíamos aquele doce.

Dia 4

Acordámos cansados do dia anterior, por isso, optámos por ter uma manhã mais calma neste dia. Em vez de voltar a fazer uma grande caminhada, fomos até ao Miradouro da Pedra Bela, onde ficámos durante algum tempo. Também vale a pena parar para aproveitar a vista. 

O Gerês tem esta particularidade de surpreender a cada recanto. É daqueles sítios onde nos convencemos de que não podemos ser surpreendidos novamente, e quando achamos que já percebemos a dimensão da beleza da vila, somos novamente surpreendidos.

Almoçámos no Cantinho do Antigamente, que fica numa terra chamada Covide, porque mais adequado à época não podia ser, certo? Comi aqui as pataniscas mais saborosas de toda a minha vida, e acreditem que já experimentei várias, não fosse este um dos meus pratos preferidos. Gostei tanto que trouxe as sobras, porque mesmo em viagem, continuo a fazer parte de uma equipa que não acredita no desperdício alimentar.

Depois de almoço seguimos até à Quinta dos Carqueijais, outro dos alojamentos que escolhemos para estes dias. Fomos recebidos com muito carinho pela Inês e o Fábio, o casal que está a gerir a quinta há três anos. Assim que chegámos fizeram-nos um roteiro muito completo para os dias seguintes, com dicas incríveis de quem conhece esta zona de cor.

Nada do que eu vos possa dizer sobre a Quinta irá fazer jus ao que realmente é. Este foi, sem dúvida, o sítio onde mais gostei de estar nos últimos anos. É um lugar místico que me lembrou a Quinta da Regaleira e, ao mesmo tempo, um vale encantado. Por momentos, achei que estava no cenário de “Alice no País das Maravilhas”. 

Este é o sítio certo para descansar, que era exatamente o que procurávamos. O quarto tem uma kitchenet toda equipada, o que para nós foi muito prático. Acabámos por jantar aqui duas vezes e assim poupámos tempo e algum dinheiro ao cozinhar as refeições em casa. Se estiverem numa de poupar, esta é sem dúvida a escolha certa. Uma noite, consoante a época, custa a partir de 95€.

Uma das coisas boas de ficar num turismo rural, especialmente se for num local mais caseiro, é que há um cuidado e atenção redobrada para com os hóspedes. O pequeno-almoço, por exemplo, é-nos deixado todas as manhãs à porta numa cesta. Um gesto acolhedor, mas também clean & safe, porque em época de pandemia, todo o cuidado é pouco. Tudo o que temos de fazer é abrir a porta do quarto, tirar a comida da cesta e desfrutar ao ar livre, em silêncio. 

Os quartos da quinta são muito espaçados entre si, por isso acabamos por não nos cruzar com outras pessoas. Ou seja, há mesmo muita privacidade e sentimo-nos em casa. A piscina só está a uns passos do quarto, o que é ótimo, mas também não está próxima ao ponto de ouvirmos o que se passa lá. 

Partilhámos a piscina com outros dois quartos, o que significa que se, por acaso, estivéssemos todos na piscina ao mesmo tempo seríamos, no máximo, seis pessoas. Isso nem chegou a acontecer, e em grande parte da nossa estadia tivemos a piscina só para nós. Gostámos tanto da ideia que foi só isso que fizemos o resto deste nosso dia no Gerês. E sendo este um sítio tão calmo, é o ideal para relaxar, descansar, e recuperar energias para os dias seguintes.

Dia 5

Não resistimos a passar mais este dia na quinta a descansar. Há dias e sítios assim, onde nos sentimos tão bem que acabamos por nem querer fazer mais nada. Sabem?

Aproveitámos a piscina e passámos pelo centro do Gerês para almoçarmos no restaurante Petiscos da Bó Gusta. Foi um almoço rápido e leve, que deu para nos deliciarmos com uns pimentos padrón, embora também haja muitos outros petiscos para provar. É uma ótima opção para quem quer comer qualquer coisa rápida e não muito pesada. E sabe sempre bem comer alguns petiscos como estes no verão.

Nessa tarde, visitámos as bancas de comércio local que estavam mesmo em frente ao restaurante e aproveitámos para comprar algumas coisas, como uns sacos de linho que, por minha vontade, até tinha comprado em maior quantidade. São práticos e podem ser usados para muita coisa no dia a dia, até mesmo para fazer compras, se quisermos.

Dia 6

Começámos este dia no Fojo do Lobo de Fafião. É considerado um dos mais bem preservados da Península Ibérica e representa um símbolo da  história e cultura da comunidade local e das lutas entre homens e lobos. Dizem as lendas da região que esta zona funcionava como armadilha para apanhar os lobos que ameaçavam os rebanhos dos pastores de toda a aldeia.

Perto do Fojo está o Miradouro de Fafião, um sítio que nos surpreendeu muito e onde, mais uma vez, passámos algum tempo. Estava completamente vazio quando chegámos, por isso, aproveitámos estes minutos para ouvir a natureza, à qual se juntaram a certo ponto os sinos das igrejas que tocavam ao longe. Acreditem, é difícil descrever um momento como este em palavras. Só mesmo quem já lá esteve sabe como é. 

A vista é de cortar a respiração, e a ponte pode ser um desafio para quem tem medo de alturas, mas vale mesmo a pena atravessá-la. É uma experiência única. O calor é muito e não há sombra, mas ao mesmo tempo sente-se uma aragem quente que, apesar de tudo, refresca. 

Almoçámos uma sandes à sombra junto ao carro e seguimos até à Cascata do Tahiti, sim, aquela que toda a gente conhece, mas que na verdade se chama Cascatas de Fecha de Barjas. É fácil chegar lá perto de carro, mas a descida até à cascata não é assim tão simples. Tem vários socalcos e é muito escorregadia, por isso optem pelo caminho de terra até lá. Não está marcado, por isso não é muito evidente, mas conseguem reconhecê-lo. Por aqui é possível descer até à parte mais baixa da cascata de forma segura e evitam acidentes pelo caminho.

Tivemos a sorte de arranjar um cantinho que não tinha mais ninguém. Ou seja, de repente estávamos numa espécie de piscina privada deslumbrante e, melhor do que tudo, a custo zero. Ah, é possível que se cruzem com umas cobras de água no Gerês que até podem impor respeito, mas são inofensivas. Atentem também nas libelinhas azuis, que parecem ter sido desenhadas. 

O nosso plano para este dia incluía passarmos também na Cascata do Arado e na Cascata da Portela do Homem, mas gostámos tanto do Tahiti que nos deixámos ficar por aqui sem horas contadas. Para quem quiser visitar mais pontos turísticos, juntem estas duas à lista, porque também são de fácil acesso para quem está de carro.

Ao fim da tarde pusemo-nos a caminho do restaurante O Abocanhado. O caminho até lá implica  passar pela Mata da Albergaria que é um dos bosques mais importantes do Parque Nacional da Peneda-Gerês com um ecossistema muito rico e variado. Aqui, vale a pena abrir a janela, respirar este ar tão puro e observar os ramos e folhas verdes que envolvem todo o percurso. 

Marcámos mesa lá fora, a tempo de ver o pôr-do-sol e aproveitar a vista. Escolhemos uma dose de bacalhau com migas acompanhada de uma sangria branca e, para sobremesa, optámos pela sugestão do restaurante: o Segredo de Família. Não, não é uma opção saudável nem nada que se pareça, mas lá está, às vezes também é bom comer coisas que nos fazem sentir bem.

Como fomos jantar cedo, regressámos cedo à Quinta dos Carqueijais e, para nosso espanto, tínhamos uma surpresa no quarto. A Inês e o Fábio deixaram uma garrafa de vinho rosé da Quinta D’Amares no frigorífico. Viemos bebê-lo no quintal, com vista para a piscina iluminada e também para o céu estrelado. Outra das vantagens de estar no campo: não há poluição visual, e o céu fica tão cheio de estrelas que quase não é preciso luz artificial. Se passarem por aqui, aconselho a que aproveitem as noites para apreciar a beleza do céu. 

Dia 7

Decidimos seguir o conselho da Inês e passar este dia inteiro a fazer river trecking. Esta é uma das atividades do Gerês Aventura, mais uma das valências da Quinta dos Carqueijais. A Quinta dá prioridade a hóspedes, mas também recebe pessoas que não estejam lá hospedadas, por isso, qualquer pessoa pode ligar para se inscrever numa atividade.

O Armando foi o nosso guia, e tivemos o privilégio de viver esta aventura só com ele. Começou por nos apanhar na Quinta às 09h30 e levou-nos de jipe até às Sete Lagoas. Já tínhamos feito este percurso no primeiro dia, por isso, não perdemos tempo, mas a ideia é chegar até lá a pé. Assim que chegámos, vestimos os fatos, colocámos o capacete e demos início a esta aventura.

É essencial levar uns ténis que se possam sujar porque todo o percurso é feito com eles calçados, mesmo quando se mergulha. O Armando conhece de cor o Gerês, por isso não só nos leva a lugares que ninguém conhece e que estão desertos, como conta inúmeras histórias sobre a vila ao longo do percurso. O passeio é muito completo e vale cada segundo, tanto pela experiência em si, quanto pelo que temos a aprender com o guia. O percurso inclui vários saltos radicais das rochas para as lagoas, por isso talvez não seja o mais indicado para quem tenha algum receio de desportos mais radicais, mas há sempre a opção de fazer uma viagem mais soft.

Voltámos à Quinta pelas 19 horas e optámos pelo restaurante O Encontro para jantar. Mais uma vez, optámos pela comida caseira, feita por uma família que se divide entre a agricultura e as refeições que ali serve. Por momentos, e pela forma como fomos recebidos, voltei a estar em casa da minha avó rodeada por toda a família.

Dia 8

O penúltimo dia no Gerês começou com uma subida até à Aldeia do Lindoso, que fica a mais ou menos uma hora do Gerês. Aqui fica também o castelo de Lindoso e o maior conjunto de espigueiros da Península Ibérica. Continuava a estar muito calor, por isso, a viagem foi só de passagem, sem grandes demoras. Na realidade, nem deu tempo para explorar bem a aldeia, que merece uma visita com mais tempo. No nosso caso, a promessa já está feita.

Perto do Lindoso fica o Soajo, onde nos recomendaram o restaurante Saber ao Borralho para o almoço. Por sorte, conseguimos uma mesa neste restaurante rústico e à antiga, onde tivemos oportunidade de experimentar a famosa carne de Cachena. Confesso que não sou a maior apreciadora de carnes, mas reconheço que esta é realmente saborosa e tenra. É importante ligarem antes a marcar. Podem fazê-lo pelo 963 708 986.

Depois de almoço, a vontade de conhecer o Soajo era muita, aliás, o plano era fazer uma caminhada pela zona mas, mais uma vez, o calor fez-nos mudar de planos. Não era possível passar uma manhã ou uma tarde a andar com aquele tempo. Ainda assim, deu para assimilar a paz daquela zona, onde reinava o silêncio.

Seguimos então para o Miradouro do Vale da Peneda, onde vale a pena parar para desfrutar da vista panorâmica do Gerês. O último ponto turístico do dia foi o Santuário de Nossa Senhora da Peneda, um lugar histórico e um dos santuários mais famosos do Norte de Portugal que vale mesmo a pena visitar pela carga história. Se forem de lembranças, ali perto encontram algumas bancas de artesanato onde podem comprar presentes para a família e amigos.

Dia 9

É sempre difícil regressar depois de uma experiência tão bonita. E este último dia chegou com um misto de saudades de casa e de um Gerês que ainda nem tínhamos deixado. Antes de vir embora, e a passar por Braga, passámos pelo Arcoense para almoçar. Mais um restaurante com comida tradicional portuguesa onde é difícil resistir às tentações da comida típica. 

 

Uma coisa é certa, o Gerês deixa saudades. E se tudo correr como previsto, em outubro estaremos de volta a esta vila imensa, onde ficou tanto por conhecer, mas que já ocupa um lugar tão especial no nosso coração. Desconfio que este seja um sentimento comum a todos os que por ali passam, certo?

 

Roteiro, texto e sentir de Joana Pereira

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Trabalhar para ganhar dinheiro ou trabalhar para gerar impacto?

“Never start a business just to “make money”. Start a business to make a diference.”

Esta é uma das frases que mais sentido me faz e que nunca é esquecida, sobretudo nos momentos em que temos tendência a escutar mais os outros do que a nossa intuição.

 

É claro que o dinheiro é importante por tudo o que nos proporciona, mas não duvidem que um negócio só faz sentido se fizer a diferença na vida de alguém e se nos gerar entusiasmo. Se estas duas premissas estiverem em sintonia, o dinheiro acaba por aparecer. E aparece de uma forma consistente, crescente e natural.

 

 As ansiedades que podemos ter fruto da pressão que a sociedade nos coloca existem e vão sempre existir. A melhor forma que encontro para as combater é ter um plano a curto, médio e longo prazo do meu modelo de negócio, ter muito assente na minha cabeça a visão e o mudança que quero provocar, ter os valores éticos do projeto e dos colaboradores alinhados com os meus e nunca, mas mesmo nunca, deixar de sentir o entusiasmo e  alegria por aquilo que estou a fazer (mesmo tendo a certeza que os momentos de desalento fazem para da jornada).

E a esta última eu apelo sempre à minha intuição – é ela quem me guia e me dá as coordenadas do caminho.

 

Depois disto, sinto-me pronta para começar a batalha dos meus sonhos, com a certeza que o caminho mais acertado é, muitas vezes, o mais demorado. Mas está tudo certo. Quando os valores que enumerei acima estão consolidados, eu só tenho de aplicar a premissa: confia no processo.

 

Lembro-me que quando terminei a minha licenciatura e pós- graduação em Comunicação e comecei a estagiar numa produtora e que ainda não estava certa do que queria fazer. Sabia que o meu chakra da comunicação iria ser a minha principal ferramenta, mas ainda não sabia bem como iria usá-la e com que finalidade. A minha curiosidade e vontade de aprender abriu-me caminho e deu-me pistas para encontrar o meu lugar.

 

Trabalhar em televisão foi o meu grande projeto de vida e foi ali que descobri que a caixa mágica é uma ferramenta fabulosa para aquilo que a mensagem chegue mais além. Mas também me fez descobrir, como é importante saber criar conteúdos genuínos e emotivos para a mensagem entrar no coração das pessoas.

 

Na Televisão descobri que aquilo que eu quero fazer neste Mundo é criar conteúdos que, através do poder da minha voz, possam inspirar corações e levar os outros a “fazerem acontecer”.

 

Mas que tipo de conteúdos?

 

Essa descoberta quem ma deu foi tudo o que vivi e construí paralelamente à minha vida como repórter e apresentadora de televisão.  

 

Gosto entender o que contribui para o meu desenvolvimento pessoal. Fruto da minha educação (dos exemplos que sempre segui) e das minhas vivências percebi desde cedo que uma vida assente numa alimentação verdadeira e atividade física regular são pilares imprescindíveis à nossa alegria e bem-estar. E esta minha crença e prática regular levou-me para outros voos: tornei-me autora de livros de alimentação natural, corro maratonas por adorar alta performance e criei novas marcas e projetos em prol da saúde e bem estar:

 

Se tenho no sangue a veia de empreendedora? Sim.
Se o meu propósito é ser uma empresária e gestora de áreas de negócio? Não.

 

O que estou a aprender com todas estas experiências como empreendedora é que, muito mais importante do que o meu trabalho como apresentadora de televisão e mulher com alguns negócios, é o que está na génese de tudo isto que eu já construi: a minha enorme e eterna paixão pela comunicação.

O que eu amo e quero fazer, no momento presente, é usar aquilo que tenho e faço de melhor – produzir e comunicar conteúdos – para impactar os outros de uma forma positiva.

 

E eu sinto que é possível fazê-lo através da televisão, das minhas marcas, do meu trabalho como oradora e como influenciadora (pelo Bem) com outras marcas.

E através deste canal que é a DoBem.

O que é que tudo isto tem a ver com a criação de um negócio?

Para mim tem tudo.

A minha incansável e prazerosa descoberta pelo meu eu – quem é que eu sou e o que vim cá fazer – está a levar-me a bom porto, com todas a conquistas e aprendizagens que isso implica.

Escutar os outros, estudar, gerar networking e adquirir experiências são passos muito importantes para criarmos algo. Mas nada disto te fará sentido se o teu foco estiver fora de ti. No final do dia é preciso parar e voltar a centrar. E questionar:

Estou a SENTIR que estou no caminho certo?
As pessoas que me rodeiam estão a valorizar-me e a ensinar-me a ser melhor?
Os valores que acredito estão a ser implementados?
Mesmo com tantos desafios e erros que estou a cometer, eu SINTO que o caminho é por aqui?
No meio desta maratona profissional, estou a ter tempo para me cuidar?

Esta última pergunta é a mais importante. Sem auto-cuidado não existe coragem, nem força nem resiliência. É preciso colocar a nossa saúde (física, mental, emocional e espiritual) no TOPO para mantermos o discernimento e o positivismo nos momentos duros e solitários da vida de um empreendedor.

Sabem… a DoBem é o meu mais lindo projeto enquanto comunicadora e criadora de conteúdos. O que está à vista (e o que vem aí) é sem dúvida muito bonito. Mas não imaginam o tempo, dedicação, força e esperança que tive de ter para o bebe vir cá para fora.

 

Mas valeu. É de uma enorme satisfação ver que uma semente lançada pode dar frutos tão bonitos. Para o meu Bem. Para o Bem de todos.

 

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Tudo o que senti durante um longo de 23 Km’s

https://youtu.be/uYSROc7e3mI

O MEU PRIMEIRO LONGO FORAM 23 KM JUNTO À RIA DE AVEIRO

À primeira vista este até podia ser mais um episódio de um treino longo a caminho de uma Maratona como já o fiz noutras preparações. Podem ver aqui alguns desses episódios. 

Porém, este tem contornos diferentes. 

A abordagem deste episódio não está focada na minha alimentação antes da prova, nem no descanso e suplementação. 

O que quero partilhar, através de momentos reais, sem qualquer tipo de edição de vídeo (nos momentos certos), é exatamente tudo o que sinto ao longo de vinte e três quilómetros. E isto só foi possível porque o Paulo e a carrinha do Run4Excellence acompanhou, ao segundo, toda a minha corrida com o meu camarada e “lebre” Licínio. Todo este trabalho de equipa tornou fácil para o Rodolfo (o editor de vídeo da DoBem) registar todos os momentos de várias perspetivas: ora a correr comigo, ora acompanhando a minha jornada na carrinha. 

E o resultado foi este: 

momentos de alegria e entusiasmo, mas também momentos de concentração e de muita resiliência para me aguentar de uma forma constante. Mesmo quando nos sentimos em forma, não deixa de ser duro. 

E sabem porquê? Porque a “máquina” não é só física: é mental e emocional. Se não soubermos trabalhá-la a nossa favor nunca vamos conseguir beneficiar das sensações que um treino nos traz. 

 

PORQUE DECIDI FAZER ESTE VÍDEO?

Porque queria mostrar-vos que custa a todos. Que muitas das vezes também me passa pela cabeça parar. Que muitas das vezes quem nos ajuda a superar não é a motivação nem a paixão pelo treino, mas sim a consistência. E mostrar também que a consistência também nos traz muitas alegrias e força. 

Sabem…por vezes pouco importa o ritmo a que fazem o treino. A superação não pode estar apenas no pace. Para corredores recreativos como nós, que têm uma vida com tantas outras obrigações e desafios, a superação está apenas em começar e fazer o melhor que conseguimos e sabemos, dentro do nosso contexto. 

E depois há dias em que conseguimos juntar o melhor de dois mundos. E aí a magia também acontece. Foi o caso deste treino. Este foi um momento lindo do meu dia. 

Cumpri ao mais alto níBel. Porque me superei e, sobretudo, desfrutei.

 

VOU CORRER UMA MARATONA NO DIA DO MEUS ANIVERSÁRIO

8 de Maio 2022. 

Neste dia completo 36 anos de vida e, por coincidência, vou correr a Maratona na cidade de Barcelona. 

Tenho bem presente no meu coração a forma alegre e motivadora como terminei a minha última maratona. Foi no dia 5 de Dezembro de 2021, em Valência. Foi precisamente por ter tido tão boas sensações que o Paulo, o meu treinador de corrida, me desafiou a correr uma próxima na primeira meta deste ano. E, ao contrário das outras vezes, a escolha de Barcelona teve simplesmente a ver com o melhor mês para mim, para fazer uma prova. E dentro do mês de Maio acabei por optar por Barcelona: uma escolha não apenas minha mas também das minhas camaradas de corrida.

Com certeza! Sozinha não vou. A Catarina, a Carla, a Fernanda e a Ana Filipa juntam-se a mim para esta aventura. E é também tudo isto que me entusiasma. Saber que durante os meses de preparação estamos todos a correr por um objetivo e que esse objetivo será feito em comunidade, mesmo sabendo que a jornada é só minha. 

 

 

MUDEI O MEU MINDSET: JÁ NÃO CORRO LONGOS DE 30 KM’S

Se há algo que me motiva desde que treino com o Paulo Colaço, é sentir e saber que a minha fadiga, seja ela qual for, nunca será fruto de excesso de treino ou falta de descanso. Por outro lado, tem sido surpreendente, durantes estes meses de preparação, as adaptações do meu corpo a uma nova forma de treinar e a mudança do meu mindset: 

O caminho para correr mais e melhor em distâncias de 42,195m não passa pelo excessivo volume de treino a nível de quilómetros nas pernas, mas sim pelas intensidades certas, ajustadas ao nosso ADN e estilo de vida. 

Longe vão os tempos em os meus longos eram entre 30 a 35 km’s. E ainda mais longe vãos os tempos em que os fazia mais do que duas ou três vezes durante a preparação. Não existe certo nem errado, mas sim aquilo que é o mais certo para nós. 

Hoje corro com mais intensidade mas durante menos tempo. Pode até parecer estranho e até acharmos que não faz muito sentido. Mas só quando nos predispomos a tentar e entregar a pasta a alguém que nos entenda (e que entenda do que está a falar), que realmente vamos sentir mudanças. E só depois de sentirmos essas mudanças é que podemos fazer um juízo de valor sobre o que resulta ou não. 

Eu abracei esse desafio, essa mudança de mindset. E a verdade é que hoje sinto-me mais feliz a correr.

Porquê?

Porque enquanto corro sinto uma velocidade prazerosa (em longa distância) fruto de umas penas leves e um core forte. E tudo isto torna-me muito mais económica a correr. E ser económica é conseguir correr mais e melhor recrutando muito menos energia. 

Eu em tempos disse ao Paulo que ele está a tornar-me, do ponto de vista de performance, na corredora mais sustentável do Mundo 😉

Vou deixar-vos aqui uma explicação muito simples do Paulo sobre este tema que acabei de partilhar:

 

A tentação de copiarmos o que fazem os melhores do mundo é muito grande, e como não conseguimos copiar a velocidade a que correm, optamos por fazer a mesma distância na realização de treinos longos. Mas se fazemos as mesma distância que eles fazem, e porque o vamos fazer de forma mais lenta, na verdade vamos correr muito mais tempo do que eles e fazer muito mais apoios para a mesma distância. Algo não bate certo… Se não estamos tão bem preparados, porque nos confrontamos com a mesma distância e não optamos pelo tempo de corrida? Porque não procuramos tirar a vantagem de assimilar uma corrida mais correta nesses treinos longos em vez de nos “arrastarmos” por distâncias desajustadas para a nossa realidade? O grande desafio é mesmo este, ou seja, entendermos o que encaixa no nosso treino e na nossa vida e não de copiarmos o que se faz noutros contextos bem diferentes do nosso.

Paulo Colaço, o treinador

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

O meu  roteiro de 5 dias nos Açores: a profunda comunhão com a Natureza e comunidades locais

“Férias” é, possivelmente, a palavra que deixa mais feliz a minha saúde mental!

Uma coisas são as pausas diárias onde privilegiamos os momentos que nos nutrem, outra completamente diferente são as férias de pelo menos 10 dias que te permitem desligar de tudo o que é a nossa rotina e ir à procura de inspiração. E aquilo que eu acho fundamental é ajustar as nossas férias às nossas necessidades atuais.

Lembro-me muito bem da altura em que fiz esta viagem aos Açores. Estava no início da preparação da Maratona de Valência (e por ser no início é que me permiti a fazer esta viagem) e com uma série de projetos a lançar. Eu tinha a cabeça tão cheia de coisas a navegarem de um lado para o outro que, honestamente, aquilo que eu estava a precisar era de uma G-R-A-N-D-E pausa para abrandar, reconectar, fechar um ciclo e energizar para iniciar o próximo. E para isto acontecer, no meu caso, só fazendo umas férias longe do telefone, em movimento e na natureza. 

 

Tal como as levadas que fiz na ilha da Madeira, esta viagem às Ilha de São Miguel e do Pico deram-me aquilo que adorava ter todos os dias na minha vida: contacto constante com a mãe natureza. Adoro correr, mas também adoro andar pelo meio de trilhos que me permitam sentir o cheio da terra, das arvores, os sons dos passarinhos e do mar e até a chuva e o vento a baterem neste corpo. Fazer isto durante vários dias dá-me centro, alegria e leveza. 

 

Recordo-me que quando cheguei ao continente, depois desta viagem, estava cheia de ânimo e vontade de regressar aos projetos que deixei em pausa, antes do roteiro. 

 

Depois, quando entramos novamente na rotina, temos tendência a esquecer aquilo que sentimos enquanto estávamos de férias. Eu contra mim falo. Honestamente estou a precisar de umas valentes férias. E digo-vos mais: só o facto de estar a escrever este roteiro está a dar-me ainda mais certezas daquilo que tenho de fazer nos próximos meses. Não é tirar uns dias: é permitir-me a gozar, à grande, de uns bons dias a fazer o que me apetece e o que mais gosto. 

 

Ainda bem que fiz este roteiro e sobretudo com os amigos que fui – a Joana e o André.

O André é um dos Mentores da DoBem e a Joana é a melhor amiga do André. Hoje uma das minhas bestie’s também. Somos os três da mesma fibra. Gostamos de pessoas simples, de andar, de desbravar, de alimento e de rir muito. Gostamos de aventura, de ver o dia a nascer e o sol ir-se embora…e conseguimos ver coisas belas nos detalhes mais simples. Ainda bem que fomos juntos para os Açores.

E ainda bem que a Top Atlântico me convidou a fazer este roteiro que está integrado na iniciativa deles das “Viagens Mais Planeta”. Eu nunca teria ido nesta altura, se não me tivesse sido feito o convite. Às vezes preciso de um empurrãozinho…

 

 

O QUE SIGNIFICA FAZER UMA VIAGEM MAIS PLANETA?

 

https://youtu.be/t375KplR0Oc

 

Existem vários roteiros organizados – dentro e fora de Portugal – e o foco é poder viajar de uma forma mais sustentável com uma menor pegada ecológica possível e maior responsabilidade social. Ou seja, a experiência é feita a pensar no planeta, nas comunidades e produtores locais.

 

Desde escapadinhas em Portugal, a expedições pelo Mundo a projetos de responsabilidade nacional e internacional – as ofertas são muitas. As opções são imensas e recomendo que passeiem por lá. 

 

A viagem que me foi colocada em mãos pela Top Atlântico, foi a dos Açores. Já estive em quase todas as ilhas, mas a verdade é que desta vez a experiência iria ser diferente:

Eu, a Joana, o André e a Rita (a parceira da DoBem que fez estes lindos vídeos e a reportagem fotográfica da viagem) tínhamos à nossa espera várias atividades em contacto com a natureza, interação com as comunidades e produtores locais e algumas surpresas pelo meio. 

 

E antes mesmo de partilhar o meu roteiro de 5 dias, deixo-vos aqui dois vídeos que representam os dois momentos mais marcantes desta viagem. Porque antes mesmo de lerem o que fiz em cada dia quero sobretudo que sintam tudo o que eu ali vivi. 

É esta ideia de viajante consciente – que privilegia os recursos que estão sempre ao seu dispor – que torna as experiências inspiradoras e memoráveis.

 

OS MEUS MOMENTOS NA NATUREZA

https://youtu.be/tkajfgAA0qU

 

OS MEUS MOMENTOS COM A COMUNIDADES LOCAIS

https://youtu.be/H2FyHbzkAnI

 

A REPORTAGEM FOTOGRÁFICA DA MINHA VIAGEM

 

O MEU ROTEIRO DE 5 DIAS NOS AÇORES
SÃO MIGUEL E PICO

O QUE VISITEI. ONDE DORMI E COMI.

 

DIA 1 – PARTIDA PARA SÃO MIGUEL

ALOJAMENTO: Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel.

RESTAURANTES: Restaurante Louvre Michaelense.

MANHÃ:

Visita a pe da cidade de Ponta Delgada onde percorri o centro histórico passando pelos locais mais emblemáticos da vila – Campo de São Francisco, Forte de São Bras, Palácio da Conceição, Igreja Matriz de São Sebastião, Portas da Cidade e Portas do Mar.

TARDE:

Partida em Jipe à descoberta da Zona das 7 Cidades – aqui conheci a Lagoa das Empadadas e do Canário; estive no Miradouro da Vista do Rei e na freguesia das 7 cidades e no regresso ao hotel ainda vi a Lagoa de Santiago.

DIA 2 – TREKKING NA LAGOA DO FOGO E TRILHO NASCENTE NA CALDEIRA VELHA

RESTAURANTE: Rotas da Ilha Verde.

MANHÃ:

Trekking na segunda maior lagoa da ilha e também a mais alta, classificada como Reserva Natural. Quando chegamos à base da lagoa encontrei um cenário de paz extraordinário e foi precisamente aí que marmitei o meu arroz integral com feijão azuki.  Enquanto comia apreciava a enorme caldeira de um vulcão adormecido.

TARDE:

Estive na Caldeira Velha onde mergulhei nas piscinas naturais. Fiz uma caminhada no Trilho da Nascente Termal que termina com uma incribel cascata  de água termal férrea. A queda de água quente aquece três piscinas naturais entre temperaturas de 26 a 38 graus.

DIA 3 – DIA INTEIRO DE CANYONING NA RIBEIRA DOS CALDEIRÕES

RESTAURANTE: Associação Agrícola de São Miguel.

Um dos mais divertidos e desafiantes canyonings da ilha que envolveu rappel, saltos e escorregas. O desafio estendeu.se a cascatas com cerca de 20 metros numa parte mais encaixada da ribeira. 

DIA 4 – OBSERVAÇÃO DE CETÁCEOS, FURNAS E PARQUE TERRA NOSTRA

RESTAURANTE: A Tasca.

MANHÃ:

Fomos até à Marina da Ponta Delgada para exploração de mares e observação de golfinhos e baleias junto à costa. Durante o percurso tivemos oportunidade de saber um pouco mais sobre os cetáceos e sobre as varias espécies avistadas, os seus hábitos e programas de proteção envolvidos. Esta viagem foi um misto de diversão, aventura e descoberta.

TARDE:

Estive na Lagoa das Furnas e Caldeiras para conhecer os fenómenos de vulcanismo secundário à superfície. Depois almoçamos o famoso cozido (existe opção vegetariana também). 

Depois do almoço fizemos uma visita ao Parque Terra Nostra, um dos mais belos jardins da Europa. Tem uma piscina de água termal a rondar os 25 graus e mais de 2000 espécies de arvores. 

DIA 5 – QUINTA DO AGRICULTOR E CHEGADA AO PICO

MANHÃ:

Estive na Quinta do Agricultor onde fiz uma verdadeira viagem no tempo e onde redescobri os aromas, os sabores e as atividades da antiguidade açoriana. Conhecemos a quinta com explicação das várias culturas e participamos na confecção de produtos locais

TARDE:

Partida para a Ilha do Pico …para a subida ao Piquinho. 

ALOJAMENTO: Hotel Alma do Pico.

RESTAURANTE: Cella Bar.

DIA 6 – SUBIDA À MONTANHA DO PICO 

RESTAURANTE: Ancoradouro.

Subimos ao ponto mais alto de Portugal com os seus 2351 metros de altitude. A Tripix foi quem nos acompanhou nesta aventura e foram excelentes guias de montanha. Foi uma ascensão desafiante, mas que nos deixa em perfeita harmonia com a natureza e em espirito de montanha. Depois de chegar ao Pico, tivemos o salto dos guerreiros até ao Piquinho. A vista é deslumbrante e conseguimos ver a três ilhas do grupo central: Graciosa, São Jorge e Faial. 

DIA 7 – WINE TOUR

RESTAURANTE: Casa da Âncora.

Visita de dia inteiro às vinhas do Pico. 

Passeamos pelas vilas de casas negras feitas de pedra vulcânica, vinhas e vinícolas para entendermos melhor a cultura do Vinho do Pico, Património Mundial da Unesco. 

Prova dos vinhos do Pico.

 

Praticamente todos os restaurantes onde estive foi em regime de jantar. Muitas das atividade que tínhamos eram em profundo contacto com a Natureza pelo que se tornou mais pratico fazer picnics e levarmos as nossas marmitas. Devo dizer-vos que comi a apreciar algumas das vistas mais bonitas do Mundo.  

 

Um agradecimento especial ao incrível Guia da Top Atlântico que veio connosco: O Pedro. É das pessoas mais prestáveis que conheci. 

 

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Como eu crio os meus looks quase sem gastar dinheiro em roupa nova

Muitas vezes, para criar looks incríBeis só precisamos de uma coisa: criatividade. É abrir o roupeiro, olhar para as peças e perceber como é que elas podem ser conjugadas entre si para lhes dar uma nova vida. É por isso que este look da “My Cleonice” é tão especial para mim.

Quando inaugurei o meu E-FIT Isabel Silva já vos tinha explicado porque é que adorava esta marca. Além de ser 100% portuguesa — as peças são todas feitas numa fábrica pequena em Lisboa —, a My Cleonice utiliza sempre materiais sustentáveis e os tecidos são, muitas vezes, sobras de materiais de fábricas maiores que de outra forma acabariam num aterro. Podem encontrar as peças deles à venda tanto no site da The Fair Bazaar — vejam aqui o site — como na Embaixada, no Príncipe Real.

Gosto de tal forma desta marca e das peças minimalistas, simples e intemporais, que não me canso de usar estes conjuntos nas mais variadas situações. As calças que usei no dia de inauguração do E-FIT já me acompanharam, com um outro top da “My Cleonice”, no casamento de um dos meus melhores amigos, por exemplo. Até cheguei a partilhar um desses looks completo no meu Instagram.

Já este conjunto, que parece um vestido, é outro daqueles que tenho usado e hei de continuar a usar até me cansar. Mais uma vez, é dos mais simples que tenho e que posso usar em várias ocasiões e com várias outras peças.

Adoro vesti-lo completo, porque dá a ilusão de ser um vestido e, nesse caso, posso usar umas sapatilhas, para um conjunto mais descontraído, como fiz neste dia, ou com uns saltos para um evento ou situação mais formal.

A vantagem de ser um conjunto, e não um vestido, é que posso usar o top, que é totalmente aberto nas costas, com um par de calças à escolha, com uma saia, uns calções, enfim, o que quiser, em vários looks. Outra das coisas boas deste conjunto é que, como é liso, sou totalmente livre de arrojar na parte de baixo, como fiz com estas calças que podem ver nas fotografias.

Já a saia, usei com esta camisola da Max Mara que já tenho há anos, mas que continua nova e bonita. Estas sapatilhas da New Balance também têm o mesmo tom da camisola, por isso ficam mesmo bem neste look. Têm a particularidade de serem de corrida, as Zante — podem encontrar aqui —, mas a verdade é que as acho tão bonitas, delicadas e leves que ando com elas no dia a dia.

Malta, estão a ver como não precisamos de muito para criar look novos e bonitos? É só termos as peças certas e, claro, imaginação. Da próxima vez que fizerem compras, pensem nisso.

AGRADECIMENTOS

The Fair Bazaar

Sparkl

FOTOGRAFIA

Joana Lemos

Etiquetas: Eu, isabel

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Querem levar os vossos animais de férias? Conheçam 10 alojamentos pet friendly

pet friendly

Este é daqueles artigos para guardar e nunca apagar. Para quem gosta de passar tempo de qualidade com os seus patudos, deixo-vos aqui algumas sugestões de alojamentos Pet Friendly para irem com os vossos cães. Não fui a todos, por isso peço-vos o vosso feedback se optarem por um destes.

 

Riscam-se os dias do calendário, os biquínis e vestidos ocupam o lugar das camisolas e dos cachecóis, o armário ganha outra cor e temos um único pensamento em mente: férias. E se férias é sinónimo de descanso, nada melhor do que o poder fazer com o seu animal de estimação ao lado. Contudo, impõem-se um desafio: encontrar locais pet friendly para onde possa viajar sem preocupações.

É que quem tem animais de estimação sabe que, quando se fala em marcar férias, são várias as questões logísticas que se levantam. Muitas vezes, os cães, gatos e não só acabam por ter de ficar fora dos programas familiares, acabando por ficar ao cuidado de familiares, amigos ou até mesmo em hotéis para cães. Contudo, esse não tem de ser o caso.

Existem cada vez mais alternativas de hotéis e turismos rurais pet friendly para onde eles podem viajar consigo durante as férias. E se estiver a pensar fazer refeições foram, não faltam também opções de restaurantes que pode visitar e que aceitam a entrada de animais de estimação.

Se ainda não marcou as suas férias, espreite as nossas dez sugestões de hotéis e turismos rurais pet friendly.

Craveiral Farmhouse

Situado no Alentejo, o Craveiral Farmhouse conta com várias opções. Desde o estúdio, ao T1 e T2, aqui poderá escolher o que melhor se adequa a si e à sua família. Para além das casas, contam ainda com restaurante, piscina interior e exterior, e um terreno de vários hectares onde pode desfrutar do ar puro, natureza e total descanso.

Pode ainda aproveitar algumas experiências, de marcação prévia, como andar a cavalo, de moto 4, ter aulas de surf ou, para os mais ligados, à natureza ir colher vegetais à horta, como se lê no site oficial.

Os preços variam consoante a época sendo que vão dos 100€ (duas pessoas) aos 500€ (casa T2, com capacidade para seis pessoas).

Morada: EM 501, Km 4, São Teotónio
Telefone: 918 100 837

Sobreiras Alentejo Country Hotel

Situado em Grândola, no Sobreiras Alentejo Coutry Hotel pode desfrutar de umas férias sossegadas e de conexão com a natureza. Tem 22 quartos e 2 suites onde o conforto e a privacidade estão garantidos.

Conta ainda com um restaurante, piscina e várias atividades como massagens, caminhadas, passeios a cavalo ou de bicicleta. Ao efetuar a reserva deve informar que leva um animal de estimação consigo.

Os preços variam consoante a época e o quarto escolhido e vão dos 110€ aos 155€ por noite. Ao levar o seu animal de estimação, poderá ser-lhe cobrada uma taxa adicional.

Morada: Caixa Postal 3143, Mosqueirões, Grândola – Portugal
Telefone: +351 269 109 930

Six Senses Douro Valley

Situada num dos patrimónios mundiais da UNESCO, o Vale do Douro, o Six Senses Douro Valley oferece uma estadia única. O espaço fica no meio da natureza e promete paisagens e momentos únicos para se desligar da rotina do dia a dia. O hotel apoia ainda várias atividades e iniciativas ligadas à sustentabilidade.

Áreas de relaxamento, piscina, massagens, saunas, biblioteca e um ginásio: estas são apenas algumas das coisas que pode fazer enquanto estiver alojado no Six Senses. Os luxuosos quartos contam com “vistas panorâmicas sobre o vale, as espaçosas suites com janelas rasgadas do teto ao chão, varandas privadas e pontes em madeira que conduzem a jardins secretos” como se lê no site oficial

Os preços diferem de quarto para quarto, mas variam entre 325€ e os 650€ por noite. Mediante o mês, os preços alteram. Na época alta, de verão, a estadia mínima é de duas noites.

Morada: Quinta de Vale Abraão, Samodães, Lamego
Telefone: +351 254 660 600

Santiago Hotel Cooking Nature

Como o próprio nome indica, o Santiago Hotel Cooking Nature fica em Santiago do Cacém, no meo do sossego e calma do Alentejo. Para além de ser um hotel pet friendly, pode ainda aprender e aperfeiçoar dotes culinários com o Chef Luís Batalha, cumprindo sempre as tradições alentejanas.

Os preços variam entre as épocas e os quartos sendo que o preço por noite mais baixo é de 75€ e o mais alto 221€.

Morada: Rua Cidade de Beja, Santiago do Cacém
Telefone: 269 249 900

Nature Forest – Herdade de Martingil

“O tempo vai à velocidade que quiser”, este é um dos conceitos da Herdade de Martingil, tal como se lê no site oficial. Este alojamento pet friendly conta com vários tipos de casas, desde as mais básicas com apenas uma suite às de três quartos.

Durante a estadia, pode passear no campo, ver as vacas, descansar e usufruir da piscina. Cada casa está totalmente equipada, sendo que ao levar animal de estimação pode ser-lhe cobrada uma taxa adicional. Trilhos, passeios de balão, massagens e ioga também estão disponíveis.

Os preços neste alojamento também variam consoante épocas sendo que tem 165€ e os 250€ por noite.

Morada: Herdade de Martingil, 2140-210
Telefone: 916 308 886

The Nest by Cooking and Nature Hotel

É o novo projeto da marca Cooking and Nature e oferece oito quartos duplos e 2 apartamentos. O melhor? Um deles é pet friendly. Fica perto do Emotional Hotel, garantindo o mesmo conforto e descanso.

Os preços vão dos 135€ e 250€ e, tal como nos outros hotéis, variam consoante a época e tipologia escolhida.

Morada: Rua Asseguia das Lages 181, Alvados, Porto de Mós
Telefone: 244 447 000

Casas da Lupa

Entre as 11 opções de alojamento por onde escolher, incluindo quatro Master Suites, três delas têm pátios privativos com uma pequena piscina cada. Situadas no Parque Natural do Sudoeste Alentejano, as Casas da Lupa, tem ainda várias sugestões para ocupar o seu dia, entre elas, caminhadas, passeios, prova de vinhos, pesca, canoagem, massagens e muitos mais.

Algumas das atividades estão sujeitas a marcação prévia.

Consoante a época e a tipologia, os preços variam entre 90€ e os 175€ por noite.

Morada: Herdade dos Currais de Baixo, São Teotónio
Telefone: 913 914 746

Cerca Design House

Situado no Fundão, mais precisamente entre a Serra da Gardunha e a Serra da Estrela, encontra-se o Cerca Design House: um espaço onde pode descansar com o seu cão ou gato. O espaço tem disponíveis quatro Villas com uma piscina exclusiva para os hóspedes das Villas.

Mas se, mesmo assim, as Villas não o convencem, não se preocupe, porque tem dez quartos à sua escolha, todos eles rodeados pela natureza e pelos encantos que o Fundão tem para oferecer.

Os preços vão dos 80€ aos 145€ por noite.

Morada: Largo da Praça, nº1, Chãos
Telefone: +351 275 759 060

Lisbon Marriot Hotel pet-friendly

Para os que preferem ficar pela cidade ou vão aproveitar as férias para conhecer a capital, também existe solução. O Lisbon Marriot Hotel dispõe de quartos ou suites, tem piscina e outros serviços dos quais pode usufruir para relaxar.

Se quiser levar o seu animal de estimação consigo, só precisa de avisar o hotel no momento da reserva.

Os preços variam entre os 99€ e os 269€ por noite, consoante o quarto e a época.

Morada: Avenida dos Combatentes 45, Lisboa
Telefone: +351 21 723 5400 

Monte da Barragem

Com vista para a barragem de Montargil, neste hotel pode contar com casas, quartos e suites panorâmicas, sendo que apenas algumas permitem a entrada de animais.

Durante a estadia, poderá aproveitar o melhor que o Alentejo tem para oferecer, bem como experimentar mais de dez atividades novas, entre passeios de bicicleta, de kayak, paintball ou até mesmo um jogo de petanca.

Ao reservar apenas uma noite para duas pessoas, o preço fica a 100€, fora a taxa que poderá ser cobrada por levar o seu animal de estimação. Os preços mudam consoantes a época consoante a escolha de quarto.

Morada: Monte da Barragem 3, Foros do Mocho
Telefone: +351 266 409 123

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Cumpri mais uma das minhas metas: ter uma horta na varanda

https://www.youtube.com/watch?v=7DJom_cvJuQ

Não posso dizer que sempre tenha tido a vontade de ter uma horta na varanda. Na verdade, nunca pensei muito no assunto até conhecido o André Maciel, fundador do projeto Hortas Lx. Conheci-o através de um programa de televisão, e a paixão que ele tem pela terra, pelas culturas e pelo seu crescimento é tão apaixonante que me contagiou. 

 

Uma coisa é pensar que um dia “até era giro” ter uma horta, outra coisa é sentir que algo despertou cá dentro para o fazer. E se ele lançou a semente no meu coração, então vai ser ele a ajudar-me a dar este passo. E assim foi. 

 

Uma horta traz muitos benefícios para nós e para o planeta. Ficamos a conhecer melhor como a natureza funciona e como ela, muitas vezes sozinha, traz os alimentos até nós. A ligação entre a natureza e o ser humano é cumprida quando há uma horta em casa. Cria bem estar e produz uma alimentação orgânica ao nosso cuidado. 

 

Se já confiava a 100% no que comia com os cabazes da Quinta do Arneiro e com os alimentos que compro no Alecrim aos Molhos, agora, para além de continuar a confiar no que como, vou ganhar ainda mais consciência, porque vou plantar parte daquilo que vou comer.

 

Uma horta traz saúde para todos, e não é de todo um bicho de sete cabeças ter uma em casa. Sempre que tenho dúvidas, o projeto Hortas LX ajuda no processo, seja através de uma videochamada ou de uma visita cá a casa. Para ter uma hora em casa, basta querer.

 

Mas afinal quais são os benefícios de ter uma horta em casa? De uma forma sucinta, seguem os seguintes pontos:

— Comida orgânica e biológica, ou seja, livre de MG e transgénicos;

— Os alimentos têm muito mais sabor;

— Há menos custos no supermercado;

— Contribui com mais oxigénio e para qualidade do ar que respiramos;

— Ajuda a diminuir as ilhas de calor que as cidades provocam;

— Ajuda a combater as alterações climáticas, já que as plantas são os melhores fixadores de carbono que está na atmosfera;

— Ter uma hora junta pessoas, oferece sentido de comunidade;

— Dá-nos mais para cuidarmos de nós e para criarmos bem estar na mente;

— Liberta-nos de uma vida sedentária e sem exercício

 

Malta, como diz o meu querido André Maciel, uma horta traz o campo para dentro de casa e nós trouxemos o campo para dentro de casa de todos: o nosso Planeta.

 

Estou grata por tudo isto. É lindo sentir o poder dos pequenos gestos. Como é que uma simples horta na varanda do meu T1 me traz tanta felicidade? Plantem uma e vão perceber.

 

Se quiserem ter uma hora como a minha, falem com o André e com o Hortas LX, e comecem também vocês a fazer a diferença. O e-mail é este: [email protected]

Etiquetas: Eu, isabel

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Trekking na Madeira. O que levei na mochila

Quando escolhi as férias que queria fazer este ano sabia que tinham de ser em contacto direto com a Natureza: que tal um Trekking na Madeira? Sabia também que ia com um propósito bem delineado: fazer algo que ainda não tivesse feito e que há muito desejava.

Na última vez que estive na Madeira com os meus amigos, em março deste ano, fiz, pela primeira vez, uma levada. A Madeira tem 57 quilómetros de comprimento e 23 de largura. Nesta área, área existem 2300 metros de levadas. Mais do que a maravilhosa poncha e o suculento bolo do caco, para mim, a imagem de marca desta ilha são as levadas e a experiência arrebatadora e única que elas conseguem proporcionar.

E agora vocês perguntam-me: mas afinal o que são levadas?

As levadas são canais de água que foram criados com o objetivo de transportar a água do norte (clima mais húmido) para o sul (clima mais seco) da ilha. São elas que fornecem água para irrigar os campos de cultivo e para consumo dos madeirenses.
Esses canais de agua estão inseridos em paisagens lindas, desde a floresta Laurissilva até às encostas mais rochosas.

Foi quando fiz a minha primeira levada – a das 25 Fontes – que a minha vontade para fazer um trekking por levadas e trilhos na ilha despertou. Na altura, o Fábio Castro, guia da Adventure Kingdom, aguçou a minha curiosidade e desafiou-me a conhecer a Madeira desta perspetiva.

Existem percursos para todos os gostos, para todas as idades e condição física. O que fiz foi adequado à minha vontade e experiência de quem organizou. Eu não queria só fazer as mais planas, mas sim intercalar com trilhos em altitude, levadas a norte e outras a terminarem na água. Enfim, queria palmilhar a ilha durante cinco dias apenas ali… na natureza e com a natureza.

A Joana e o André, amigos recentes e para a vida, embarcaram comigo neste trekking na Madeira e deixem-me dizer-vos que, se um dia quiserem fazer umas férias deste género, reflitam bem sobre as pessoas que querem levar convosco e no guia que organiza a vossa viagem.

Fazer um trekking na Madeira pede dias intensos onde o espírito de equipa, a tolerância e a resiliência devem estar bem presentes. Por muito que gostemos dos nossos amigos do coração, convém refletir se eles estão alinhados com o nosso propósito.

Bom… isto é só um pequeno “reminder” que convém reforçar, porque vai influenciar diretamente o vosso estado de espirito nesta aventura. No meu caso, o trekking na Madeira não podia ter corrido melhor.

Queríamos “desbravar mato” e estar no flow da caminhada, ou seja, ninguém pensava em chegar, mas sim em estar ali a caminhar, a observar a abundância das nossas florestas, a escutar o nosso guia e a partilhar momentos de risada e entreajuda – fosse entre nós ou com as pessoas que íamos conhecendo.

Nos primeiros dois dias de trekking na Madeira ficamos na Quinta do Furão, no norte da ilha, mas nos restantes dias optamos por ficar num apartamento para podermos organizar as nossas marmitas durante os dias de trekking.

O que levei para comer nesta viagem

A comida serve para:
— Nutrir
— Proteger
— Energizar

Para mim, tudo isto significa também que a comida tem de ser saborosa e colorida. E para curtir estes dias ao mais alto níBel, não duvidem de que aquilo que comemos é vital para nos dar a energia a mesma vontade de que precisamos. O segredo está em levar comida simples mas cuja matéria primeira seja de qualidade, com um elevado valor nutricional.

Por essa razão, ainda em Lisboa, comprei os meus essenciais para depois, na Madeira, poder cozinhar.

Esta lista que quero partilhar convosco foi pensada tendo em conta as caminhadas que íamos fazer, onde o desgaste físico é muito e não há restaurantes à nossa volta.

 

A minha lista de compras

Arroz Integral
Sem dúvida, o meu cereal favorito e o mais íntegro de todos. Os cereais integrais são uma fonte muito rica em hidratos de carbono e nutrientes, entre eles vitaminas do complexo B e outras, mas também de proteínas e minerais.

É bom para os intestinos, vias respiratórias, sistema nervoso, cérebro, olhos, pele e cabelo. É o melhor cereal para desintoxicar e dá-nos uma energia limpa e poderosa. Comprei arroz para três pessoas e para durar cinco dias. Basicamente, levei três quilos de arroz.

Cevada
É um cereal mineralizante e muito fácil de digerir. Agora é a altura dele e gosto de misturar com o arroz integral.

Aveia
Mais um cereal super nutritivo, rico em gorduras, proteínas e vitaminas do complexo B. É energético e calórico, ótimo para desportistas.

Feijão Azuki
Este “menino” é muito nutritivo. Para terem uma noção, 100 grama de azuki contêm 19.87 gramas de proteínas, 66 miligramas de cálcio, entre outros benefícios.

É ótimo para proteger do tempo frio e das doenças que o acompanham e é a conjugação perfeita para comer com o arroz e cevada.

Algas
São os chamados legumes do mar. Têm uma grande riqueza em minerais, particularmente em cálcio, vitaminas, entre elas B12, e hidratos de carbono. Basta serem hidratarem em água e adicionar aos vossos pratos.

Sementes e Frutos Secos
Gordura da boa, é disso que precisamos sempre, mas especialmente em dias mais desafiantes como estes. Levei na mala sementes de girassol e abóbora, amêndoas e nozes, figos e sultanas.

Barras energéticas
Neste ponto acho que todos adivinham: levei a minhas barras da IncríBel, sobretudo pela simplicidade dos alimentos e por serem ricas em hidratos e acúcares naturais. Escolhi as de Amendoim Salgado e Cacau e Quinoa Crocante.

Latas de atum ao natural
Adoro uma boa latinha de atum ao natural. Não tem nada que enganar. Proteína boa, simples e fácil de juntar às refeições.

 

As minhas marmitas

Fundamental levar as caixas das marmitas para lanches e refeições. A partir daqui, cozinhar nunca foi tão simples. A ideia não era tanto fazer pratos elaborados, mas sim ter comida simples, limpa, que me desse energia e que, claro, tivesse sabor.

Quando cheguei ao apartamento fui logo para a cozinha para demolhar as leguminosas e cereais. No dia seguinte cozi tudo, de forma a ter todas as bases preparadas para os cinco dias.

Uma das coisas que fiz quando cheguei à Madeira foi ir até ao supermercado mais próximo para comprar coisas que sabia que facilmente encontrava na ilha. Entre elas:

— Bananas da Madeira
— Legumes da época
— Batata doce
— Azeite
— Vinagre

Posto isto, partilho convosco as várias opções de comida que levei comigo nos diferentes dias. Confesso que não pensava muito nos momentos de almoço ou lanche. O importante é comer, com qualidade, independentemente da hora.

As minhas refeições durante o Trekking

— Arroz com cevada e feijão azuki. Como topping, sementes tostadas;
— Arroz com Atum, amêndoas e sultanas;
— Batata doce com feijão azuki e sementes;
— Legumes cozidos como brócolos e a famosa boganga (uma madeirense ofereceu-nos esta espécie de abóbora);
— Nabo ralado e cenouras;
— Arroz com tremoços, feijão e figos;
— Papas de aveia em água com banana, sementes e amêndoas ou amendoins salgados.

Esta foi sempre a minha base. Agora, como imaginam, tive dias mais desafiantes do que outros.

Posso dar-vos o exemplo do Trilho da Encumeada, um dos meus preferidos. Essa vereda (ou trilho) é de apenas 11 quilómetros, porém sobre a Crista do Maçico montanhoso central, em grandes altitudes.

Para fazer este percurso, são precisos açúcares lentos e rápidos. O Bolo de Mel da Madeira salvou-me nestes dias mais exigentes, acreditem que fez toda a diferença. Quando estamos numa determinada região, também é importante comermos aquilo que as pessoas da ilha comem. Comer aquele bolo ali, naquele contexto, soube mesmo bem, e acredito que ,se o fizesse no continente, não me saberia ao mesmo.

Da mesma forma que ter bebido duas Ponchas no Bar da Chupa em Maroços, no final dos cinco dias de Trekking foi das melhores experiências de poncha da minha vida. Ainda comi amendoins e tremoços picantes e se, inicialmente, podia achar que aquilo ia afetar o bem estar do meu estômago, pelo contrário, era exatamente aquilo que o meu corpo, físico e emocional, estava a pedir. Há momentos para tudo, e há bebidas e doces que só nos sabem bem em determinados momentos da nossa vida.

Foi tudo perfeito. E a aguardente que o pai do Fábio nos fez para bebermos com o café a meio do dia também foi o boost perfeito de energia para seguir caminho, alegres e soltinhos.

Para terminar, em jeito de balanço, faltou aqui adicionar um adjetivo ao propósito da comida: ela serve nutrir, proteger, energizar, mas também para despertar emoções. E se muitas das vezes a fome emocional nos leva para aquilo que não devemos ou sabemos que nos vai afetar pela negativa, então pensem que a comida também tem a capacidade de despertar emoções que contribuem para a nossa alegria, equilíbrio de foco. Não duvidem.

Tudo o que eu comi, no meio de ponchas e bolos de mel, caiu-me sempre bem, porque a base esteve sempre alinhada. Durante cinco dias escolhi os melhores hidratos, proteínas, mineirais, vitaminas e gorduras para este que este corpo, além de se aguentar, curtir à brava desta aventura numa ilha tão bonita e surpreendente como a da Madeira.

A minha sugestão, caso queiram fazer um trekking na Madeira: escolham um parceiro de confiança. Eu fui com a Adventure Kingdom e aconselho vivamente. E prova disso é que, ainda este ano, a Bélinha vai fazer outro Trekking, com um nível superior. Tudo aventuras que vou partilhar, com muito prazer.

AGRADECIMENTOS
Visit Madeira
Adventure Kingdom

Etiquetas: Eu, isabel

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Os IncríBeis: em Faro, com direito a um mergulho no mar

https://www.youtube.com/watch?v=1Yd6RcIRCIA

Esta última corrida da tour dos IncríBeis foi, claramente, a mais refrescante de todas, e tem tudo a ver com o dia que apanhei neste nosso último treino. Se não se recordam, quando cheguei a Braga, no primeiro treino, estava um bocadinho de vento, alguma chuva, um dia cinzento. Em Aveiro, havia sol, mas muito vento. Já em Faro, quando chegámos às 9 horas da manhã ao pé da Ilha de Faro para começarmos a nossa corrida, estava um calor que me fez sentir como se já estivéssemos no verão. O que vale é que levámos todos protetor solar para estarmos protegidos.

Desta vez atrasei-me a chegar ao local do nosso encontro. Não estava à espera disso, mas a verdade é que a zona da Praia de Faro é muito requisitada e, por isso, foi mais difícil conseguir chegar a tempo. Este foi o sítio que escolhi com a Ana Dias, que fez todo o percurso que íamos correr nesta manhã e que é atleta de maratonas. A Ana é uma pessoa muito especial para mim, uma das que conheci através da corrida e com quem acabei por fazer vários treinos ao longo dos anos, inclusive preparação de maratonas com ela e com o grupo de corridas que ela tem. Foram várias as vezes que fui até ao Algarve passar fins de semana para fazer os meus treinos longos de 30 quilómetros e, por isso, já havia alguma proximidade entre nós, até porque a Ana é uma pessoa extremamente generosa. Quando lhe liguei e pedi para traçar este último percurso da Tour dos IncríBeis, ela não só se prontificou a dar-me um percurso, como quis vir correr connosco.

Quando cheguei, atrasada, como vos disse, ela já estava à minha espera com a irmã, de quem também gosto muito. Com elas, claro, estavam os nossos três IncríBeis. Fiquei surpreendida ao ver que, quando cheguei, eles estavam todos a conversar. Como já vos disse nos outros artigos, quando marcamos estes encontros não conheço as pessoas que vão correr comigo, nem eles se conhecem uns aos outros. Foi muito interessante chegar e perceber que eles já estavam super enraizados, a conversar enquanto esperavam por mim.

E todos eles tinham — e têm — uma energia IncríBel. A Ju, a Ana Júlia, é médica oncológica que vê na corrida uma forma de libertação dos dias stressantes que ela tem e dos dias difíceis no hospital. O Tiago, que é PT, também gosta muito de correr e de desafios. Por fim, estava lá também o João Pedro Dias, um atleta que gosta mais de correr trail e que, curiosamente, é funcionário da EDP.

O que é que esta corrida teve de diferente de todas as outras? É que, como estávamos no Algarve e apanhámos um dia de sol e calor maravilhoso, terminámos o treino com um grande mergulho no mar. E foi um percurso muito giro que aconselho toda a gente a fazer.

Começámos ao pé da Praia da Ilha de Faro, passamos a ponte, e andámos ali a correr na zona do Ludo, que é uma zona que pertence à reserva natural da Ria Formosa. É, claramente, uma corrida com uma vista incríBel. Andámos também na zona da Quinta do Lago e passaram bastantes aviões por cima de nós, porque tem ali um aeroporto.

Foram 10 quilómetros muito interessantes porque não interessava o ritmo a que corremos, mas sim o tempo em que estivemos a conviver. Porque é para isso mesmo que serviu esta tour: para conseguir conhecer melhor os IncríBeis de todo o País. Foi também por isso que, quando lancei este passatempo, quis saber quais eram os ritmos de cada pessoa, para que conseguíssemos estar todos confortáveis e conseguirmos conversar para nos irmos conhecendo. E o que é realmente interessante é perceber que consigo falar com todos eles e conhecer um bocadinho melhor cada um daqueles atletas durante os dez quilómetros.

Quando terminámos o percurso, eu sentia que já sei um bocadinho sobre cada um deles, sobre a Júlia, o João e o Tiago. E é muito interessante esta partilha, que até acaba por ser uma inspiração para mim. Gosto de ver a forma como cada uma destas pessoas integra a corrida nas suas vidas e como fazem do desporto uma prioridade para elas, porque lhes traz bem-estar.

Por outro lado, também é uma oportunidade de mostrar aos outros um outro lado da Isabel. A Isabel Silva não é só comunicadora, não é só apresentadora de televisão, não é só criadora de conteúdos. É uma pessoa, uma mulher de 35 anos, que também coloca a corrida como prioridade na sua vida pelo bem-estar que lhe provoca e é muito interessante estarmos ali todos a falar e percebermos que somos todos iguais neste aspeto. Todos temos os mesmos sentimentos de alegria, de ansiedade, de tristeza, de frustrações e todos olhamos todos para os treinos da mesma forma. É uma lufada de ar fresco. Quando termino a corrida sinto-me mesmo bem por ter conhecido estas pessoas.

E o final foi incríBel. Já não me lembrava da última vez que tinha dado um mergulho no mar, porque desde o início da pandemia que ganhei outros hábitos. Ganhei o hábito de correr ao pé de minha casa, não corro sempre à beira-rio, nem à beira-mar e, neste dia, tive a oportunidade de voltar a dar um mergulho. Malta, a água está ótima, a uma temperatura fabulosa, estivemos ali todos nos mergulhos e, no final, tirámos fotografias.

Já vos disse e volto a dizer: não preciso de muito para ser feliz, ninguém precisa. Basta um dia de sol, uma corridinha, um mergulho no mar, agradecer ao universo e está tudo certo! Assim se reúnem todas as condições para ser uma manhã incríBel. Porque incríBel é também isto, não é?

Ser incriBel é isto e foi, de facto, um mês muito emocionante. Foram três fins-de-semana em que percorremos o País de norte a sul mas, por agora, vamos fazer uma pausa. Contudo, podem ter a certeza de que em breve vou voltar à estrada para chegar a mais cidades, porque isto dá-me um prazer enorme.

Não é só a corrida, é também o deslocar-me e ir ao vosso encontro, ter oportunidade de vos conhecer, o que se calhar não seria possível porque muitos não têm disponibilidade para vir até Lisboa correr. E é uma oportunidade, também, para eu descobrir mais um bocadinho do nosso incríBel Portugal, que é mesmo uma caixinha de surpresas tanto a nível de paisagens como de recursos. É por isso que uma das coisas que eu vou querer partilhar convosco em breve são os percursos que fiz nas cidades de Braga, Aveiro e Faro, para que vocês também conseguirem fazê-los, porque valem a pena. O nosso País é mesmo fabuloso e temos todas as condições necessárias para correr, basta querermos.

Quero agradecer, agora do fundo do coração, não só a todos os incriBeís, mas sobretudo, à incríBel disponibilidade dos Run4Excellence, e aqui tenho de falar do Licínio que veio connosco fazer os percursos de Aveiro e Braga. E claro, à Ana Dias, que também se mostrou disponível para nos acompanhar neste dia em Faro.

A tour não acabou, vai fazer aqui uma pausa, e em breve vamos voltar, outra vez, à estrada com a mesma energia de sempre: a da EDP. Que mergulho no mar delicioso!

AGRADECIMENTOS
Ana Dias Runners Club

VÍDEO
Rodolfo Franco

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.