Este é o segredo para chegarmos aos 30 anos com um metabolismo de uma pessoa de 20

Quando era miúda, e podia comer tudo o que me apetecesse, ouvia sempre aquelas boquinhas que anunciavam a desgraça: “come agora enquanto podes, porque o teu metabolismo queima tudo, mas quando fores mais velha vais ver”. Quem nunca? É um facto que esta frase que anda por aí na boca de muita gente tem qualquer coisa de verdadeiro, mas ao contrário do que muita gente julga, ou quer crer, isto não é uma fatalidade. Não é verdade que tenhamos de chegar aos 30 ou 40 anos e começarmos a engordar só porque sim.

Claro que as mudanças físicas, mas também emocionais ou intelectuais, são naturais ao longo da vida. Lembro-me bem da minha adolescência, que foi uma época emocionalmente mais complicada, em que, como quase todos os jovens, tendia a viver as coisas com mais intensidade, sofreguidão ou ansiedade. Faz parte da idade. Os anos, trazem-nos a serenidade, e essa serenidade ensina-nos a gerir as emoções de outra forma. Com o organismo é igual. Ou seja, acontecem mudanças ao longo da nossa existência (umas mais desejáveis que outras, é certo) com as quais temos de aprender a viver, que temos de saber aceitar e, sobretudo, temos de conseguir lidar com elas sem stresses.

Depois dos 30 anos, o nosso metabolismo tende a ficar mais lento, verdade. Os nossos ossos, hormonas ou produção de colagénio também se alteram, é por isso que muita gente começa a aumentar ligeiramente de peso, as rugas começam a aparecer e as preocupações também. Muita gente tenta emendar isto começando a levar hábitos de vida mais saudáveis, a comer melhor, a praticar exercício. E ainda bem. Porque o caminho é mesmo este. Pode não resolver o problema, mas vai seguramente retardá-lo, adiá-lo por muito mais tempo.

Mas ninguém explica melhor estas coisas do que a minha nutricionista, a Mentora Iara Rodrigues. Antes de tudo, é importante explicar o que é isto de uma alimentação equilibrada.

“Simples. É uma alimentação que passa muito por limitar o consumo de açúcares e gorduras ditas más”. A fórmula, embora boa, não resolve tudo sozinha. “É por isso que é importante praticar regularmente exercício físico e optar por hábitos e comportamentos saudáveis, como não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas em excesso e privilegiar o sono (é muito importante dormir bem!)”.

E é este o segredo. É isto que torna o nosso metabolismo super rápido, dinâmico, e pronto a queimar tudo e mais alguma coisa, até porque a matéria que ele tem para queimar é, já por si, baixa em calorias, ou seja, metade do trabalho está feito.

“Sim, estes são os pilares fundamentais para evitar problemas futuros com o metabolismo. Quanto mais prevenirmos e mais saudáveis formos na juventude, menos sinais e sintomas vamos acusar ao longo do nosso processo de envelhecimento”, explicou-me a Iara.

Ou seja, tudo o que fazemos ao longo do nosso percurso de vida tem consequências para o nosso corpo, para a nossa aparência, e para a nossa saúde e bem-estar. Mas é certo que conforme vamos envelhecendo, e sobretudo após os 25 anos, temos de ter ainda mais cuidados e darmo-nos menos a exageros.

É importante sabermos que é entre os 20 e os 30 anos que o nosso metabolismo energético atinge o seu ponto mais alto. Explicou-me a Iara que é nestas altura que “chegamos ao auge em termos do consumo de oxigênio, capacidade muscular e resistência física em geral”. E é nesta fase também “que atingimos o pico da nossa massa óssea”.

Depois dos 30, a maior dificuldade é mesmo a de emagrecer. “Sim, um emagrecimento sustentável é um desafio, porque é quando se iniciam processos orgânicos e fisiológicos característicos do processo de envelhecimento celular, tais como o declínio hormonal e ósseo. No caso dos homens, geralmente, este processo surge de uma forma mais lenta e gradual. Nas mulheres, acrescem, ainda, outros fatores que podem potenciar negativamente o metabolismo, como a gravidez, o pós-parto e a menopausa”, explica a Iara.

Portanto, é um dado adquirido que o nosso metabolismo se altera, para pior, quando chegamos aos 30 e o segredo para evitarmos consequências mais pesadas para o nosso corpo e saúde é tentarmos ser sempre saudáveis. Dentro das nossas limitações (estilo de vida), é claro. O que é que isto significa? Dormir bem, beber muita água, comer na quantidade e com a qualidade necessárias e, claro, temos de nos mexer.

Eu cá faço a minha parte. E vocês?

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

O meu bolo de anos foi feito sem açúcar e sem desperdício. Ora vê como!

A sexta-feira, 8 de Maio, foi um dia muito importante para mim. Além de ser o dia em que a DoBem nasceu, foi também o dia em que celebrei 34 anos de vida. Tive o privilégio de ter o presente que mais desejei nesse dia, e apesar de a DoBem ser muito importante para mim, como já disse na carta que escrevi no dia do lançamento, houve algo ainda mais especial. Nessa manhã, e com toda a prudência e segurança que este momento requer, rumei ao Norte, a Santa Maria de Lamas, para passar o fim de semana ao lado da Lola e do Vítor, os meus pais. Avisei a minha mãe uns dias antes de viajar e disse-lhe: “Mãe, trata do jantar, que eu levo um bolo de anos, um bolo DoBem.”

E assim foi. Comigo — e com o Caju — viajou um bolo preparado pela mercearia do meu bairro, o Alecrim aos Molhos. 

Acho que já começa a ser tradição o meu bolo ser preparado pelo Alecrim. Quando fiz 33 anos o bolo também foi preparado por eles. Tinha sabor a cacau e a uma fruta cítrica e, se não me falha a memória, tinha courgete e beterraba, que ninguém dava por elas. Se acham que é uma combinação estranha, desenganem-se. Estava uma maravilha e não sobrou muito para contar a história. Desse resto, guardei uma fatia que ainda está no congelador, desde maio de 2019. 

Nunca tinha feito este ritual, até que a minha amiga Laura me surpreendeu com ele há dois anos. Nessa altura, fomos fazer um piquenique e ela levou um pedaço do bolo de casamento que tinha guardado no congelador durante um ano, e tive o privilégio de o partilhar com ela nesse dia. Posso garantir que estava incríBel. “É tradição e dá sorte, muita sorte, comê-lo passado um ano”, dizia a Laura. E acredito que sim.

Aquilo ficou-me pensamento e acabei por lhe seguir as pisadas. Bem sei que não é um bolo de casamento, da mesma forma que a minha vida não gira à volta destas superstições e dizeres, mas senti vontade de o fazer. E ainda bem. Esta semana provo o meu bolo de 2019 e partilho o meu parecer. 

 

Tudo isto para dizer que em equipa vencedora não se mexe. Este ano, a família do Alecrim perguntou-me como gostaria que fosse o meu bolo de anos. E eu não tive dúvidas:

“Quero um bolo redondo, não muito grande. Um bolo adoçado com a fruta mais madura que tiverem. Um bolo que tenha pelo menos um legume e que brilhe com ingredientes que são usados por vocês diariamente. Se tiverem laranjas com fartura e bananas muito maduras, aproveitem-nas. E se for para usar um fruto seco, usem as amêndoas sem casca do produtor de Trás-os-Montes, que são ótimas.”

Por momentos eles acharam que eu estava a brincar. Mas só por momentos, porque depois perceberam que, na verdade, um bolo com este propósito ia torná-lo ainda mais especial. 

 

Foi o Carlos quem fez o bolo. O Carlos que me ensinou a fazer massa mãe e aquele que, para mim é o melhor pão do mundo. Criou-o de raíz, sem ler livros ou inspirar-se noutras receitas. A inspiração, diz ele, nasceu com os ingredientes, as frutas e os legumes da mercearia. Mais, aproveitou-se tudo aquilo que, mais tarde, poderia não ser aproveitado. 

É DoBem porque foi feito sem qualquer desperdício.

É DoBem porque não tem qualquer açúcar refinado.

É DoBem porque o sabor é natural, real e delicioso.

É DoBem porque está lindo.

É DoBem porque é simples. E o simples é sempre mais.

O meu bolo de anos foi feito com amêndoas, cenouras e laranjas e foi adoçado com banana. E este creme branco é feito com milho e baunilha.

Curiosos? Vejam a receita. Mas atenção, porque aqui o truque é sempre aproveitar o que temos cá em casa.

Se quiserem encomendar o vosso bolo, podem ligar para o 215 864 718.

 

Bolo de Anos do Alecrim

Ingredientes:

— Uma chávena de bebida vegetal de amêndoa

— Um terço de chávena de sumo de limão 

— Um terço de chávena de azeite

— Uma banana (bem madurinha, diz a Mariana do Alecrim)

— Quatro a cinco colheres de sopa de mel ou pasta de tâmaras

— Raspa de casca de um limão 

— Uma colher (chá) de extrato de baunilha

— Uma chávena e meia de farinha de espelta

— Uma chávena de amêndoas trituradas ou farinha de amêndoa 

— Duas colheres de chá de fermento

— Uma pitada de sal

— Canela a gosto

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180 graus. Juntar os ingredientes húmidos primeiro, depois os secos. Envolver tudo muito bem e colocar numa forma previamente preparada com papel vegetal ou untada e levar ao forno durante cerca de meia hora ou até cozer. 

Se quiserem fazer de cenoura, basta substituir a amêndoa por cenoura ralada. Podem usar laranja e substituir o sumo de limão por laranja.

Enquanto o bolo está no forno, esmaguem a banana. É o que vai dar um toque docinho ao bolo. Quando estiver pronto, abram ao meio e utilizem esta papa para o rechear.

Para decorar, podem utilizar o que preferirem. Ganache de cacau é uma boa opção. Neste caso, o Alecrim preparou um creme branco de milho e colocou frutas frescas por cima.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Alecrim aos Molhos

Mercearia biológica

No espaço Alecrim aos Molhos podes encontrar produtos provenientes de agricultura biológica certificada, que privilegiam a sazonalidade e a proximidade, de modo a oferecer produtos e refeições mais saborosas, frescas, saudáveis e sustentáveis.

Aqui tudo conta: da água que é utilizada, ao amor que é colocado na preparação das refeições, à seleção da diversificada oferta da Biomercearia e da Biocafetaria. Aqui ou em casa, podes ter acesso ao melhor que a natureza tem para te dar!

“É a mercearia e cafetaria do meu bairro. À parte da qualidade que lhe é inerente, o que me liga ao Alecrim é a família que ali trabalha…que me faz sempre sentir em casa.” – Isabel Silva

Sopa doce de lentilhas e beterraba, um snack saudável e nutritivo

Quando preparamos sopas, devemos fazê-las sempre numa quantidade que dê para alguns dias, já que se podem guardar de forma segura no frigorífico e estão prontas a comer em poucos minutos. É só tirar, aquecer e já está. No caso da sopa doce de beterraba e lentilhas esta também pode ser consumida fria, sobretudo no verão.

Uma das que mais gosto de preparar, principalmente para os meus lanches, é esta sopa doce de beterraba e lentilhas, que publiquei no meu terceiro livro, “Eu sei como ser feliz”.

A beterraba, que é o ingrediente que dá cor a esta sopa, é um dos alimentos com mais ação anti-inflamatória que podem encontrar, além de ser diurética, digestiva, um desintoxicante natural e ajuda a purificar o sangue.

À beterraba, junto lentilhas, uma leguminosa rica em proteína e que pode ser utilizada para substituir alimentos de origem animal. É também rica em fibras, para regular o nosso intestino, zinco, que fortalece o sistema imunitário, e ferro, para evitar a anemia.

A receita é muito simples. Se quiserem fazer como eu e ter sempre em casa, dupliquem a receita para durar mais algum tempo.

Sopa Doce de Lentilhas e Beterraba

Ingredientes:

(para 2 pessoas)

— Meia chávena de lentilhas (ou 120 gramas), demolhadas durante 6 a 8 horas

— Quatro cenouras (ou 400 gramas)

— Duas beterrabas (ou 250 gramas)

— Uma cebola roxa pequena (70 gramas)

— 1,25 litros de água

— Sal q.b.

— Azeite q.b.

Preparação:

Cozer as lentilhas numa panela pequena durante 35 minutos. Escorrer e reservar.

Lavar, cortar os legumes e levá-los a cozer numa panela durante 50 minutos, juntamente com o sal.

Triturar a sopa com a varinha mágica, adicionar as lentilhas e regar com um fio de azeite. 

 

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Os IncríBeis. Vamos correr juntos, de norte, a sul do País

Em Dezembro de 2019 pensei em como a atividade física é, aliada à alimentação, um poderoso meio para melhorarmos a nossa saúde física e mental. Basta pensarmos que, quando praticamos desporto estamos a recrutar mais oxigénio que, por sua vez, vai pedi ao coração e ao pulmão para trabalharem mais. E isso é excelente. Temos de estimular o nosso corpo. Ele é uma máquina.

Quando, neste caso, corremos, libertamos endorfinas, a hormona do prazer e da felicidade. Isso deixa-nos mais alegres e, do ponto de vista mental, mais criativos e atentos. Melhora a nossa auto-estima e faz-nos pensar POSITIVO! Nesta altura, então, isto faz-me todo o sentido.

Gostava tanto de repetir agora estes momentos que vivemos.

Este foi o 1º Treino d’Os IncríBeis. Mal sabíamos nós que em breve teríamos de estar isolados uns dos outros.

Adiante.

Por tudo isto, e porque acho que toda a gente deve ter estas boas sensações, valorizando a prática de atividade física, eu e a EDP tivemos a brilhante ideia de organizar não só um treino isolado, mas sim uma TOUR!

Uma TOUR, malta! Ao género das bandas que andam pelo mundo fora a dar concertos, sabem? A ideia é mesmo essa, mas fazê-lo a correr em Portugal. De norte, a sul.

As datas vão estar disponíveis com a devida antecedências, assim como todas as informações necessárias para estarem presentes no treino. Mas é muito simples, basta aparecer na hora e local indicados. Tal com aconteceu neste primeiro encontro, o objetivo é simplesmente: desfrutar de uma corrida na melhor das companhias.

Não imaginam a quantidade de pessoas fabulosas que eu conheci neste dia de treino dos IncríBeis. Apenas neste dia.

Conversámos, tomámos o nosso pré-treino, tirámos fotografias, corremos e, no final, ainda tivemos direito a uma massagem. E o mais bonito de tudo, falo por mim, é sentir que está toda a gente feliz naquele momento, toda a gente presente, a desfrutar daquela manhã.

A mancha de T-shirts multiplicou-se neste dia. Tão bom!

E é isto que eu e a EDP queremos fazer. E já temos tudo pronto. Arrancou o primeiro e, não duvidem, que mais cidades vão receber-nos.

Gostava muito de vos dizer quando. Mas entendem o porquê.

Agora é tempo de sermos resilientes, conscientes e pensar que o isolamento é a arma mais poderosa para, muito em breve, voltarmos a estar todos juntos.

Até lá não deixem de ver estas fotografias, o vídeo do meu Instagram e tantos outros conteúdos que têm sido partilhados nestes últimos dias e que valorizam o que de mais importante há nesta vida: a saúde e o capital humano.

Capital Humano. É ele o detentor da melhor energia.

E mantenham-se ativos. Corram, se isso vos faz bem, mas sempre em segurança: na hora certa, nos locais certos — sempre à beira das vossas casas —, e com a distância certa. Alonguem o vosso corpo.

Não deixem a preguiça falar mais alto. Há dias e dias bem sei, mas não deixem de coloca

r a atividade física na vossa rotina. Ter uma boa rotina, nesta fase, é o segredo para a nossa sanidade mental.Estamos juntos.

E vai ficar tudo bem, IncríBeis.

Até já

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Run4Excellence

Clube desportivo

O projeto Run4Excellence teve início em Janeiro de 2014 e é desenvolvido por técnicos, que têm em comum uma enorme paixão pelo treino desportivo e em particular pela corrida.

Trata-se de um projeto sem fins lucrativos, que procura concretizar três grandes objetivos: desenvolver as melhores estratégias para ajudar atletas de diferentes desportos envolvidos com o projeto; suportar e criar oportunidades a novos treinadores, promovendo as melhores práticas para o seu processo de aprendizagem num ambiente estimulante para o seu conhecimento no treino desportivo; e desenvolver estudos aplicados ao treino com projetos que sejam transferíveis para a prática diária.

“Para todos os que querem aprender a correr e para todos os que já correm mas que queremos correr melhor, vão encontrar neste Centro de Treino de Corrida uma oportunidade de evoluir ao serviço do vosso bem-estar.” – Isabel Silva

O meu ramen preferido – que agora também pode ser feito em casa!

É no Koppu que como aquele que, para mim, é o melhor ramen da capital. O caldo quentinho de shitake, a combinação da alga kombu com espinafre, com o tofu marinado e o ovo “Ajitamago”, que é maravilhoso.

Durante a quarentena passei algum tempo a sentir saudades deste ramen que me aquece o estômago, e a alma também, que a comida também serve para nos deixar felizes. Entretanto, recebi a boa notícia de que o Koppu estava a aceitar encomendas para takeaway e a fazer entregas em casa. Não tardou muito até encomendar o meu ramen. Foi só montar a minha taça, aquecer o caldo, deitar por cima e saborear.

Não sei se gostam tanto de ramen como eu, mas se sim, pedi à Susana Borges, chef do Koppu, que partilhasse comigo a receita daquele que costumo pedir.

Malta, eu não me vou aventurar a fazer este ramen, prefiro encomendar, mas se há por aí quem goste de se aventurar, então, está aqui a sugestão. Deixo-vos até um desafio: se prepararem este ramen, partilhem comigo os resultados. Publiquem nas redes e mencionem-me, para conseguir ver os vossos pratos!

Ramen, ao “meu” jeito

A receita tem vários passos e leva algum tempo. Lembram-se quando vos falei do pão do Alecrim neste artigo? Esta receita também precisa desse ingrediente tão especial: o tempo, e muita paciência. No final, vai valer a pena.

Caldo de Shitake

— Cogumelos Shitake

— 4 Cogumelos Shitake grandes e secos

— 600 a 800 mililitros de água

Colocar os cogumelos frescos e secos numa panela funda e deixar de molho durante a noite ou, se tiverem pouco tempo, adicionar água quente por 10 minutos.

Espremer os cogumelos e, em seguida, removê-los do caldo. Reservar o caldo durante 2 a 3 dias. Pode usar os cogumelos como “topping“ ou guarnição do ramen.

Taré de soja, que vai servir para marinar os ovos e temperar o nosso ramen. Nesta opção usamos tamari, para uma ver~soa sem glúten.

— 400 mililitros de tamari

— 100 mililitros de sake

— 100 mililitros de mirin

— Duas colheres de sopa de açúcar mascavado ou moreno

— 10 centímetros de alga Kombu

— 3 centímetros degengibre descascado e laminado

— Um  alho descascado e sem pele

— 200 mililitros de água

Juntar todos os ingredientes líquidos, numa panela. Sissolver o açúcar, juntar os dentes de alho pelados, o gengibre descascado laminado e aalga kombu. Levar a lume brando durante, aproximadamente, 20 minutos até o álcool do sake evaporar.

Reservem o “taré” num recipiente no frigorífico. Descartar a alga kombu. Reservar o alho e o gengibre que podem usar como topping ou guarnição do vosso ramen.

Ovos Ajitamago”

— Quatro ovos furados

— 800 mililitros de água

— 500 ml de taré de soja já preparado previamente

Colocar uma panela média ao lume com a agua até ferver. Furar 4 ovos e, quando a água estiver a ferver, colocar os ovos com uma espumadeira, e contar entre 5 minutos e meio a 6 minutos com a panela tapada. O ponto de cozedura dos ovos depende muito da panela utilizada e da temperatura. Podem ter de ajustar.

Enquanto os ovos cozem preparar um recipiente com água e gelo. Terminado o tempo de cozedura retirar os ovos da água a ferver e colocar no recipiente com gelo de modo a parar o processo.

Aguardar para que esfriem e descascar. Após retirar todos os excessos de casca, lavar e secar os ovos com papel de cozinha e colocar no taré previamente preparado por 10 a 24 horas a marinar no frigorífico.

Preparar o tofu para o topping

— 250 gramas de tofu

— 100 mililitros de molho hoisin

Cortar o tofu em cubos e juntar o molho hoisin, deixar marinar no frigorífico entre 10 a 24 horas.

Caldo de legumes para o ramen vegetariano

— Um alho francês inteiro com rama

— Um aipo inteiro com rama

— Quatro cenouras médias

— Uma cebola

— Uma cabeça de alho

— Um pedaço de aproximadamente 5 centímetros de gengibre

— 10 centímetros de alga kombu

— Um pimento pequeno

— Três litros de água

— Uma pitada de sal

Colocar a água fria ao lume e deixar levantar fervura, Lavar os legumes e cortar todos grosseiramente com cerca de 3 a 5 centímetros de espessura e com casca. Cortar a cebola em quatro com casca. Colocar um pimento pequeno sem sementes e cortar grosseiramente.

Cortar uma cabeça de alho com casca ao meio e colocar no caldo. Laminar o gengibre com casca e colocar no caldo. Colocar o sal e a Alga Kombu.

Após levantar fervura deve manter-se em fervura baixa durante 3 horas. No final juntar o “dashi” de shitake ao nosso caldo.

Preparar os toppings ou guarnições para o nosso ramen e começar a servir

Podem colocar os ingredientes a gosto, obrigatório de usar será sempre a cebola primaveril ou ceboleto.

Lavar e cortar cebola primaveril em lâminas finas.

Preparar o nosso tofu marinado, colocar uma colher de chá de óleo de sésamo e 1 colher colher de óleo vegetal, juntar uma colher de chá de gengibre e alho ralado e saltear o tofu previamente marinado.

Laminar os cogumelos previamente hidratados, colocar uma colher de óleo de sésamo e óleo vegetal com 1 colher de chá e gengibre e saltear os cogumelos, juntar uma colher se sopa de caldo “dashi” de shitake e meia colher de sopa de sake.

Preparar duas ou três folhas de couve bok choi escaldadas em água a ferver e um punhado de espinafres frescos, também escaldados. Cortar em juliana um pouco de alho francês

Juntar o gengibre e o alho, cortados em tiras que resultaram da execução do nosso “taré” de soja.

Retirar os ovos do frio e cortar ao meio e adicionar também alga nori aos pedaços.

Cozer 120 a 130 gramas de massa de arroz por pessoa em água a ferver. Leva apenas dois minutos.

Na taça, colocar duas a três colheres de sopa do taré de soja, um dente de alho, 250 a 300 mililitros do caldo a ferver, juntar o alho, o ovo, o ceboleto, o tofu e os restantes ingredientes que escolherem.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Nem sempre precisamos de um ginásio para treinar. Podemos fazê-lo em casa

Continuo a fazer coisas que tanto adoro, como deitar-me pelas 21h30 ou 22 horas e acordar bem cedo para ver o dia nascer. Há qualquer coisa neste silêncio da manhã que me deixa feliz. Saio com o meu Caju e, juntos, vemos os primeiros raios de sol. Depois disso, é hora de regressar a casa. A minha sala transforma-se no meu pequeno estúdio, onde faço muito trabalho de respiração, alongamentos, mas também faço treinos como os que fazia no ginásio com alguns equipamentos que tenho em casa.

Aqui não há eletroestimulação — e que saudades que eu tenho destes treinos, recorda aqui os benefícios — mas tenho tudo o que preciso para conseguir fazer exercício e seguir as indicações dos meus PT’s, seja o meu treinador de corrida, o Paulo Colaço, ou o Luiz Santana, que me acompanha nos treinos do E-Fit.

Quando percebi que tinha de começar a treinar em casa tinha um objetivo: replicar os circuitos que já fazia todos os dias no ginásio, mas num espaço mais limitado, com os equipamentos que tinha em casa e sem ter um PT ao meu lado. Não imaginam a sorte que temos em viver numa época onde tudo está à distância de uma chamada por FaceTime, até um treino com o PT.

Foi isso que fiz com o Luiz. Falámos e pedi-lhe que adaptasse os meus circuitos de ginásio aos equipamentos que tenho em casa ou que poderia facilmente encomendar, e só precisei de três coisas:

— Um arco de Pilates (o TAL anel de que já falei tantas vezes nas minhas redes)

— Um elástico para trabalhar os braços (podem encontrar com várias tensões, adaptem à vossa condição física)

— Um tapete (pode ser daqueles que se usam no ioga)

Depois disso, foi só começar a treinar. Já tinha partilhado estes treinos no meu Instagram, mas deixo-vos aqui estas infografias para verem bem como podem utilizar capa equipamento. Falei também com o Luiz, que me explicou qual o objetivo de cada um destes circuitos

ARCO

Como disse no vídeo que podem ver aqui no meu IGTV, este é o circuito “Luz ao Fundo do Túnel”. Uso este arco de pilates — ou anel de pilates, como preferirem, e trabalho ao mesmo tempo o interior da perna e o meu core, a zona abdominal. São três ou quatro rondas de quatro exercícios, com 15 repetições de cada e 10 segundos de descanso entre exercícios. Em cada ronda, descansam 45 segundos antes de recomeçar.

“Este circuito é pensado para fortalecer o core, ou seja, toda a zona do abdómen”, diz o Luiz. “Aqui fazemos um trabalho combinado dos abdutores, os músculos na parte interior da perna, onde está o arco que vai sendo apertado, com o trabalho de tronco e de abdominal.”

ELÁSTICO

Aqui é para ficar com os bracinhos a arder, malta. Não há desculpas. São só três exercícios com dez segundos de descanto entre cada um e, como no do arco, faço três a quatro rondas. Entre cada ronda descansam os tais 45 segundos. Este é um bom circuito para trabalhar o braço, mas também o tronco e as costas, como explica o Luiz.

“Aqui trabalhamos a parte superior do corpo, sobretudo o braço, nos bíceps”, conta o Luiz. “Mas também estamos a trabalhar as costas, a zona do grande dorsal, do trapézio. Fazemos também as elevações laterais e circulares que vão trabalhar a zona do ombro.”

TAPETE

Este é o tipo de treino que faço quando preciso de parar. Não por estar cansada, mas por estar acelerada e precisar de relaxar. Depois de fazer estes exercícios que me aconselhou o Mentor Paulo Colaço, dos Run4Excellence, meu treinador de corrida, sinto-me mais leve e, sobretudo, mais serena. São exercícios que pedem concentração, equilíbrio e força, mas nunca isto fez tanto sentido para mim.

Como podem ler na página dos Run4Excellence, estes são exercícios que trabalham principalmente a mobilidade da anca. Fundamental num altura como estas em que passamos mais tempo sentados. Experimentem e, depois, contem-me como se sentiram.

Como estão a ver, não precisamos de ter assim tantos equipamentos para treinar. Acima de tudo, há que ter motivação. Quando temos algo que nos move, damos um jeito, seja como for. E, agora que há tempo, não há desculpas.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Run4Excellence

Clube desportivo

O projeto Run4Excellence teve início em Janeiro de 2014 e é desenvolvido por técnicos, que têm em comum uma enorme paixão pelo treino desportivo e em particular pela corrida.

Trata-se de um projeto sem fins lucrativos, que procura concretizar três grandes objetivos: desenvolver as melhores estratégias para ajudar atletas de diferentes desportos envolvidos com o projeto; suportar e criar oportunidades a novos treinadores, promovendo as melhores práticas para o seu processo de aprendizagem num ambiente estimulante para o seu conhecimento no treino desportivo; e desenvolver estudos aplicados ao treino com projetos que sejam transferíveis para a prática diária.

“Para todos os que querem aprender a correr e para todos os que já correm mas que queremos correr melhor, vão encontrar neste Centro de Treino de Corrida uma oportunidade de evoluir ao serviço do vosso bem-estar.” – Isabel Silva

Estou sozinha, mas não estou só. E quero explicar-te porquê

Olá queridos leitores!

Sempre fui uma criança de afetos e hoje, como mulher, preciso desse alimento para o meu coração. Por outro lado, e é curioso até, habituei-me de tal forma a estar sozinha e a viver distante dos “meus” que, muitas das vezes, só me lembro da falta que eles me fazem quando estamos juntos.

Ganhei o hábito de estar sem, o que pode ser perigoso, se não estiver atenta aos sinais.

Com o passar dos anos, reflito mais, silencio o que me rodeia para me escutar. E é aí que percebo que grande parte da ansiedade, irritação e melancolia que por vezes sentia — e ainda sinto — vem da saudade escondida dos meus pais. É por isso que agora a saudade já não se esconde. Agora já aprendi — porque senti na pele — que os laços têm de ser alimentados com a nossa presença.

É em Santa Maria de Lamas que estão as minhas raízes, e preciso de ir às minhas raízes mais vezes. Voltar a casa mais vezes, para que a Lola e o Vítor estejam a par das minhas rotinas diárias, para termos mais conversas de circunstância, para rirmos mais sobre o nosso dia a dia.

Estou a trabalhar nisso, e sou muito mais feliz.

É por isso que as épocas festivas como o Natal e a Páscoa são tão importantes para mim.

Hoje é dia de Páscoa. Hoje seria o dia em que todos nos juntávamos em casa do Avô Ramiro e da Avó Cecília, que fez anos na sexta feira, e esperávamos pela chegada do Compasso Pascal. Abríamos a porta, e, depois da benção, beijávamos a Cruz de Cristo. Depois da visita era hora de almoço, que durava o dia todo, com todos à mesa a fazer o que mais adoramos: comer com satisfação, conversar, rir e amar.

Ser feliz é tão simples, não é!? Há coisas tão simples e que, sem que percebamos, são tão valiosas.

Só damos o real valor às coisas quando não as temos, ou quando não as podemos ter na altura que queremos. Como acontece hoje.

Não vejo a minha família há algum tempo, muito antes de haver Estado de Emergência. E a realidade é que este COVID-19 desafia as minhas emoções todos os dias. Cada vez mais, à medida que os dias vão passando. E é exatamente neste ponto que está o meu (e o teu) desafio: continuar a manter-me serena e positiva no isolamento.

Sei, e todos devemos saber, que é para o bem comum, e isso dá-me mais força. Mas não deixa de ser isolamento.

Quem já sabe — ou sempre soube — estar sozinho, está bem. Não está num estado de entusiasmo e de felicidade, mas está tranquilo e vê, também, o lado bom deste isolamento que somos forçados a cumprir. Quem sabe estar sozinho tem, seguramente, laços fortes com os outros. Quem sabe estar sozinho já aprendeu a gostar de apreciar o silêncio, de escutar o que pensa sobre si próprio, e sente que está em equilíbrio com o seu eu interior.

Se tu ainda não sabes ou ainda não entendeste a importância de estar sozinho, então és bem capaz de te sentires só porque, na verdade, estás sem estímulos de fora, estás por tua conta.

Para mim, o clique para saber aprender a estar sozinha passou por aprender a deixar passar aquela a que chamo “a hora do lobo”. Para te explicar melhor esta expressão, tenho de  recuar 7 anos.

Como aprendi a estar sozinha

Vivi uma relação de cinco anos e meio onde fui muito feliz. Mas, quando o amor e a paixão acabam, temos de ter em mente que o nosso propósito nesta vida é só um: aproveitá-la ao máximo, na sua verdadeira essência e plenitude.

Isso já não estava a acontecer e, por isso, tivemos a coragem de sair da nossa zona de conforto, de deixar a rotina de apego que tínhamos um com o outro. E seguimos a nossa jornada. Cada um com o seu caminho.

Lembra-te sempre disto: partilhar só faz sentido quando estás profundamente alinhado contigo. Ou seja, quando sabes quem és, gostas de ti e sabes para onde queres ir.

Se hoje digo, com toda a certeza, que desde que voltei a estar sozinha, tive a mais incrível experiência de sempre do ponto de vista do desenvolvimento pessoal (um dia explico o porquê), também sou a primeira a dizer que, para chegar onde estou agora, tive de saber lidar com esta nova etapa e aprender apreciar a famosa “hora do lobo”.

Quando quebramos um laço, há sempre a fase em que estamos rodeados dos nossos amigos e familiares, que estão lá para nós todos os dias. As nossas pessoas, que, se for preciso, até mudam as suas rotinas para estarem mais tempo connosco, com medo que fiquemos sozinhos. Jantam e almoçam ao nosso lado, passam um fim de semana inteiro em nossa casa e não há limite para o tempo ao telefone. O importante é sentirmos que temos colo.

Mas, depois entra a fase em que temos de ser o nosso próprio colo. E isso passa pela nossa atitude, porque somos nós que fazemos acontecer.

Recordo-me de um dia, talvez um mês depois da minha separação, ter chegado a casa e ter desatado a chorar sem razão aparente. Tinha chegado do trabalho e, na verdade, não me apetecia sair de casa para estar com alguém. Queria mesmo estar em casa, mas não estava a suportar a ideia de estar ali sozinha. Não sabia estar sozinha naquele espaço que nunca foi meu, foi nosso, um espaço onde todas as rotinas que tinha eram feitas a dois.

Naquele dia, sentei-me num dos bancos da cozinha e chorei cheia de vontade e agonia. Senti um sufoco, um nó na garganta que parece que nunca vai passar. Sabes aquele momento em que já não tens mais lágrimas para deitar cá para fora, mas ainda assim, continuas a chorar? Foi exatamente nesse momento que tive vontade de pegar no telefone e pedir colo. A ele, talvez, ou a um amigo ou familiar. Mas não o fiz porque, na verdade, só estava perdida porque não ter uma rotina. Tudo era novo naquele momento.

Sempre ouvi dizer: “primeiro estranha-se e depois entranha-se”. É normal estranhar e é perfeitamente normal doer e ter medo. Mas é também nessas alturas que tenho de pensar no porquê de ter feito a escolha de estar sozinha.

Afinal, já não sabia estar sozinha, mas pensei para mim mesma “vou ultrapassar esta ‘hora do lobo’”, até porque, depois disso, vem o discernimento, a clareza e predisposição para me reencontrar e perceber onde são as minhas zonas de conforto. Minhas, não nossas.

E consegui.

A partir dali foi sempre a somar.

Ganhei novas rotinas que hoje são a base para ultrapassar momentos desafiantes, tristes e traiçoeiros, como aqueles que viemos hoje, por exemplo.

Comunicar e estar com os outros, faz parte da nossa natureza, mas o excesso também pode sufocar. Para a minha vida ser feliz, tenho de comunicar, como bem sabem, mas a necessidade que tenho de estar com os meus pensamentos é enorme. Porque é aí que me questiono e me percebo.

Gosto, verdadeiramente, de estar sozinha, e gosto verdadeiramente de viver em partilha, em comunidade. Sou feliz a 100% quando sinto que as minhas atitudes contribuem para um mundo melhor, mas para dar e estar com os outros, é preciso gostarmos do que temos cá dentro. Entendes?

Numa altura em que estamos privados de estar com quem mais gostamos, de estarmos na rua a passear livremente, de irmos ao cinema, a um concerto, de fazermos uma viagem inspiradora, de jantarmos num restaurante que adoramos, de irmos à praia e não darmos conta do tempo passar, entre tantos outros momentos que, seguramente, também estás a recordar, é fundamental sentirmo-nos ativos, mas igualmente úteis em tempo de quarentena.

Para lá da importância que dou à atividade física, à alimentação natural e nutritiva de que já aqui falei tantas vezes, e às chamadas por FaceTime que faço aos pais e amigos, umas das coisas que tenho necessidade é tornar-me útil e produtiva, para não me sentir só e não entrar em melancolia. 

Ajudar a comunidade, com o meu trabalho e valores, aproveitar o tempo para desenvolver ideias de projetos e, não menos importante, viver o presente, sem estar constantemente focada no futuro. É importante garantir aquilo que conseguimos controlar e, quanto ao resto, é aguardar e saber dar tempo ao tempo. Porque é o tempo que nos vai curar.

Acredito que é por tudo isto que consigo aguentar esta distância daqueles que amo com tanta serenidade e leveza. São estes detalhes que me fazem não sentir só.

As saudades apertam e há momentos em que não me apetece dizer “vai tudo ficar bem”, e então?!

Também me permito a esses sentimentos e acredito que são importantes para valorizarmos os outros. Não é altura de sermos felizes. Já me mentalizei e aceitei. É, sim, altura, simplesmente, de estarmos bem e serenos. Porque só assim nos mantemos positivos.

Para isso, só é preciso sabermos estar sozinhos.

Desliga o WhatsApp a partir de uma certa hora.

Não estejas sempre a ver notícias.

Desconecta-te das redes.

Não estejas horas e horas ao telefone.

Não ouças musica a toda a hora.

Reserva todos os dias um momento contigo. Só contigo. Qual? Isso agora é contigo. Todos temos o nosso. Investe o teu tempo a descobrir, agora que o tens.

Faz sentido?

Um beijo nos vossos corações.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Empadão de batata-doce: perfeito para o vosso conBíbio de domingo

Sexta-feira santa é sinal de que só faltam dois dias para a Páscoa. E, este ano, a Páscoa vai ser bem diferente do habitual porque muitos de nós não vamos poder partilhar este momento com a nossa família e amigos. Se não estivéssemos sob estado de emergência, muito provavelmente estaria neste momento a caminho de Santa Maria de Lamas para passar a Páscoa com os meus pais, os meus avós, tios e primos. De preferência, a comer um prato bem português, como o meu empadão de batata-doce.

Certamente que muito de vocês também tiveram de mudar os vossos planos para esta Páscoa, mas o conBíbio vai sempre acontecer, mesmo que seja através de uma videochamada com a família e os amigos. E por esta altura, muitos de vocês estão-se a questionar sobre o que vão preparar para tornar esta Páscoa especial. Tenho a receita perfeita para vocês, e é bem portuguesa: o meu empadão, que partilhei no meu terceiro livro.

Quem não adora um belo empadão? É um prato muito português e que a mim remete para a minha infância. Nos refeitórios das escolas, todas as semanas havia empadão. A junção das lentilhas (leguminosa) com a batata-doce fica uma delícia.

Claro que não poderia ser um empadão qualquer, porque tinha de o preparar ao meu jeito, como mostro no meu livro. Este é um empadão feito com puré de batata-doce e lentilhas, uma leguminosa rica em proteína, que ajuda a fortalecer o sistema imunitário, a tratar a anemia e cuidar da saúde do intestino. Já vos falei do quanto é importante ter o intestino a funcionar bem, lembram-se desse artigo? Além disso, escolhi a batata-doce por ter o dobro da fibra da convencional.

Tomem nota da receita e, depois, partilhem comigo algumas fotografias do vosso conBíbio da Páscoa. O meu vai ser bem caseirinho, com o meu Caju, mas certamente que vamos ter tempo para falar com a família.

Empadão de Batata-Doce

Para o puré

— 1,3 kg de batata-doce
— Um terço de chávena de água
— 3 colheres de sopa de azeite
— Sal q.b.
— Pimenta-preta q.b.
— Noz-moscada q.b.

Para o recheio

— Meia chávena de lentilhas verdes/castanhas (70 g), demolhadas por 6-12 h
— Uma cebola roxa picada
— Um dente de alho picado
— 350 gramas de cogumelos laminados
— 240 gramas de tomate aos pedaços
— Uma colher de chá de mostarda de Dijon
— Azeite q.b.
— Sal q.b.
— Pimenta-preta q.b.
— Paprica q.b.

Preparação:

Lavar a batata-doce e colocar a assar, inteira e com alguns golpes, no forno pré-aquecido a 180 °C, durante 45 minutos ou até amolecer. Ao mesmo tempo, colocar as lentilhas a cozer, também durante 45 minutos.

Numa taça média ou prato fundo largo, esmagar a polpa da batata-doce já cozinhada e adicionar os restantes ingredientes para o puré. Envolver e reservar.

Fazer um refogado com a cebola roxa e o alho e saltear os cogumelos durante cerca de 10 minutos. Temperar, juntar o tomate, as lentilhas já cozidas e a mostarda e deixar cozinhar por mais 5 minutos.

Numa travessa, espalhar o salteado no fundo. De seguida, colocar o puré por cima, distribuindo-o uniformemente. Levar o empadão ao forno, pré-aquecido a 180 °C, durante 1 hora ou até que a superfície comece a tostar.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Não quero mais correr cansada. Quero correr mais, e melhor, dentro dos meus limites

Não olho para as maratonas que corri como erros, mas sim como uma forma de aprendizagem. Sermos capazes de nos descobrirmos e conhecermos entusiasma-me e faz de mim melhor pessoa e melhor atleta.

Muitas vezes, e tal como aconteceu na Maratona de Londres corri com a cabeça noutro lugar, e cansada. Com esta prova, a primeira que fiz em 2019, aprendi o quanto era importante para mim perceber, de acordo com a fase da vida em que estava, quais eram os meus limites. Aprendi que, além de continuar a escutar os sinais do meu corpo, como aqui já falei tantas vezes, há mais coisas para as quais tenho de olhar e às quais não estava a prestar a devida atenção.

A 3 de novembro corri a minha última maratona. Foram 42,195 metros que não foram exatamente o que estava à espera. Mas a vida tem destas coisas. Mas semanas antes de partir para Nova Iorque, falei aqui no blog de como ter feito um teste de limiar anaeróbio foi tão importante para mim naquela fase de preparação para a maratona. Foi graças a ele que comecei a perceber como podia correr melhor, menos ansiosa e mais feliz.

Foi nesta altura que conheci o Mentor Paulo Colaço, dos Run4Excellence. E mal eu sabia o quanto este encontro ia mudar a minha vida.

Depois de Nova Iorque, estabeleci uma meta comigo mesma para 2020. Não quero voltar a correr correr cansada, e já não importa a distância, mas sim a qualidade. Em 2020, esta é a minha meta desportiva: correr MELHOR!

É por isso que agora confio o meu plano de treinos ao Paulo e aos Run4Excellence. O Paulo olha para mim como um todo, como mulher, como profissional e como atleta. Treinamos juntos há um mês e meio — à distância, mas sempre juntos — e, da última vez que estive com ele, estava na altura de reavaliar os resultados do teste do teste de limiar anaeróbio.

A minha evolução a correr no teste de Limiar Anaeróbio

Aqui, partilho convosco os resultados dos últimos testes que fiz com o Paulo.

Do lado esquerdo conseguem perceber a evolução dos últimos três testes que fiz — outubro, janeiro e março. De notar que, em outubro estava no pico de forma para a Maratona de Nova Iorque. Os dois últimos testes já representam a minha nova e atual fase de treinos.

Sem saber, neste mesmo dia, acabei por fazer uma avaliação sobre os meus níveis de força explosiva e resistência. Nunca o tinha feito. Fiz este teste antes do início do Estado de Emergência, por isso, vai ser interessante perceber o que perdi ou o que consegui evitar de perdas com os treinos que estou a fazer em casa.

Do lado direito podem ler toda as observações do Paulo aos meus testes. E não podia estar mais feliz.

Realmente, quem trabalha conquista. E são estas pequenas conquistas que me tornam mais feliz, confiante e motivada para correr, mas não só. A atividade física tem esta capacidade de nos transformar: basta querer para poder, basta focar para lá chegar.

Muitos de vocês perguntam “qual é a tua próxima Maratona”, mas deixem-me dizer-vos que, para já, não estou focada nesse momento. Apesar de saber que, mais tarde ou mais cedo, vou escolher uma. Mas a verdade é que, estou tão entusiasmada com esta nova forma de correr e com tudo o que estou a aprender, não só com o Paulo, mas também com a sua comunidade de treinadores e alunos, que agora só quero aprimorar a minha técnica, com trabalhos específicos de reforço muscular, entre outras coisas, para depois sentir que correr é o mesmo que voar. Desculpem, “buuuuuuaaarrrr”.

Nem todos os dias são dias bons, mas esses são importantes para trabalharmos o nosso espírito de resiliência e dar valor ao esforço que investimos. Há coisas que levam tempo, e temos de ter capacidade para esperar. Porque “quem espera, sempre alcança”, não é verdade? E quando alcançamos as coisas por nós, com o nosso suor, caraças, ainda sabe melhor.

Não é correr para ganhar, cortar a meta e sacar a medalha. É correr para desfrutar e sentir que o corpo esta feliz, saudável e motivado.

São estes os ensinamentos da corrida  que eu levo e aplico todos os dias nas outras áreas da minha vida.

Por isso digo, vezes sem conta e com todas as minhas forças:

“Mexam-se! Façam acontecer! Pela vossa saúde.”

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Run4Excellence

Clube desportivo

O projeto Run4Excellence teve início em Janeiro de 2014 e é desenvolvido por técnicos, que têm em comum uma enorme paixão pelo treino desportivo e em particular pela corrida.

Trata-se de um projeto sem fins lucrativos, que procura concretizar três grandes objetivos: desenvolver as melhores estratégias para ajudar atletas de diferentes desportos envolvidos com o projeto; suportar e criar oportunidades a novos treinadores, promovendo as melhores práticas para o seu processo de aprendizagem num ambiente estimulante para o seu conhecimento no treino desportivo; e desenvolver estudos aplicados ao treino com projetos que sejam transferíveis para a prática diária.

“Para todos os que querem aprender a correr e para todos os que já correm mas que queremos correr melhor, vão encontrar neste Centro de Treino de Corrida uma oportunidade de evoluir ao serviço do vosso bem-estar.” – Isabel Silva

É possível compostar num apartamento? Claro que sim, e quero mostrar-vos como

O Rodrigo é o presidente do Instituto Lixo Zero no Brasil, fundador e mentor do movimento Zero Waste Youth. É um homem com uma alegria e serenidade deliciosas, e tive a oportunidade de o conhecer no ano passado quando estive no Congresso CouraVeg. Estivemos horas à conversa e um dos temas de que falámos foi da minha vontade em compostar em casa.

A verdade é que a Mentora Eunice Maia, responsável pelo projeto Maria Granel — que tem duas lojas, uma em Alvalade e outra em Campo de Ourique e uma loja online —, e autora do livro “Desafio Zero”, já me tinha dado umas luzes sobre como fazer isto em casa. Mas, sabem, às vezes não basta dizerem-nos como fazer, e não basta termos vontade de fazer. É preciso realmente fazer acontecer. E eu nunca tomava esse passo, porque a minha cabeça estava cheia com outros projetos, pessoas e profissionais.

E isso não tem mal nenhum, certo? Não temos de fazer tudo ao mesmo tempo. É bom ter metas, mas tão importante quanto tê-las é priorizar e irmos por partes.

Uma das minhas metas para 2020, antes mesmo de imaginar que estaríamos numa pandemia, era começar a compostar. Decidi que este seria o ano para o fazer e que não ia deixar passar mais um ou dois meses. Tinha de ser agora. E se tudo me parecia complicado, cheguei à conclusão de que as coisas só realmente o são até metermos a “mão na massa”.

“Querida Belinha. É tão simples. Vais ver”, disse-me a Eunice, vezes e vezes sem conta.

“Isabéu eu te ajudo. Eu vou em sua casa e coloco lá três baldes para teres o teu composto”, disse-me o Rodrigo.

E assim foi, malta! O Rodrigo veio cá a casa e, para além de me trazer o compostor, ainda me deu uma explicação de como devemos fazer.

Obrigada, Rodrigo. Era deste empurrão que eu precisava. Agora os restos de vegetais, frutas, folhas verdes, cascas de ovos, partes que não tenha conseguido aproveitar de hortaliças, pão e cascas cá de casa transformam-se em fertilizantes naturais.

E o que vou fazer com o composto resultante deste processo? Posso pensar em produzir o meu próprio adubo para fazer um canteiro com as minhas flores e aromáticas ou, simplesmente, oferecer ao jardineiro cá do prédio, por exemplo.

Mas afinal, o que é a compostagem?

A compostagem doméstica faz sentido para todos, mas, falando do meu caso, vocês não imaginam a quantidade de resíduos orgânicos que eu acumulo na minha cozinha. Eu cozinho muito, e mesmo os meus lanches, para além dos almoços e jantares, são sempre confecionados por mim. Sou capaz de lanchar uma sopa, ou legumes escaldados com uma proteína e sementes ou, até mesmo, fazer uma refeição igual às principais. Porque adoro comer comida de verdade.

Portanto, faz todo o sentido dar utilidade às sobras e evitar que diariamente elas sejam enviadas para um aterro. Estejam atentos ao que descascam e vão perceber que, cerca de metade do nosso saco do lixo é constituído resíduos orgânicos. E sabem o que é que acontece a estes resíduos? Disse-me a Eunice, e tal como escreveu no seu livro, citando um especialista — Paulo Conett (autor de “Zero Waste”), que quando a matéria orgânica é enterrada, como acontece quando vai para os aterros, “desfaz-se por um processo anaeróbio, gerando gás metano, bem pior do que dióxido de carbono”, quem diria! Ou seja, ao enviar para aterro estes recursos, estamos a contribuir para a poluição e aquecimento global, em vez de, de forma circular, devolver à terra o que dela veio e gerar novamente vida.

A compostagem é um processo biológico no qual os microorganismos transformam a matéria orgânica numa substância parecida com o solo, à qual chamamos composto que é, como diz a Eunice, um adubo rico em nutrientes que fertiliza o solo e melhora o crescimento de plantas, relvados e jardins.

O que podemos compostar? 

Segundo diz a Eunice no seu livro, existem dois tipos de resíduos que precisamos de usar para compostar e para que o processo resulte. Precisamos de equilibrar então os castanhos (matéria seca) e os verdes.

Castanhos (seco)

Folhas, relva seca, cascas de batatas (que devem secar durante a noite), palha, restos de podas, papel sem tinta nem cola, serradura, aparas de madeira, raminhos pequenos e finos e madeira não tratada.

Verdes

Folhas verdes, relva seca, ervas daninhas, vegetais e frutas, borras de café. Não devemos colocar citrinos nem produtos ácidos, carne e peixe, comida temperada, medicamentos, beatas, excrementos de animais, cinzas nem alimentos com gordura.

Agora, como posso compostar num apartamento?

Para fazerem um compostor caseiro, com minhocário, isto é, a compostagem que acontece graças aos microrganismos como as bactérias e fungos e com a ajuda de minhocas, tudo começa com baldes, que podem ser novos ou reutilizados.

Têm de ter, no mínimo, três compartimentos. Será nos dois primeiros, os digestores, que toda a transformação acontece e, por isso, não se esqueçam de fazer alguns furos por baixo destes dois baldes. É graças a eles que os líquidos vão ser escoados e que as vossas minhocas vão conseguir circular para cumprirem a sua missão. Para garantirem a ventilação e oxigenação, façam também uns furos mais pequenos perto das tampas dos baldes.

Para começarem, coloquem um pouco de terra já compostada com minhocas num dos vossos baldes digestores — os tais com furinhos. É essa camada que vai servir para gerar fungos e bactérias necessários ao vosso composto.

Depois, têm de ir intercalando os resíduos húmidos (verdes) com secos (castanhos). Cada camada deve ter cerca de três dedos de altura, e repetem o processo até chegarem à tampa. Depois, voltam a fazer tudo novamente no segundo balde.

Tenham sempre atenção à humidade do vosso balde. Não deve estar muito húmido e, se estiver, coloquem mais um pouco de secos para manter tudo equilibrado. Depois, é deixar a natureza, e as vossas minhocas, fazerem o seu trabalho.

O adubo está pronto quando a terra estiver escura, molhada e sem cheiro.

Se tiverem mais espaço, podem optar por compostar sem usar um minhocário. Podem ver aqui o passo a passo, mas não difere muito do processo anterior.

Imagem do livro “Desafio Zero”, da Eunice Maia, feita pela Helena Loução

Fatores que influenciam o processo?

Tempo. O tempo é, sem dúvida, dos fatores mais importantes. Não esquecer que, como em tudo na vida, compostar é um processo, e vai levar o seu tempo. Há que ter paciência e saber que não vão ver resultados de hoje para amanhã. Mas, se aceitarem investir esse tempo, tudo se faz.

Claro que há coisas que devem ter em conta antes de começarem a compostar. Primeiro, evitar colocar no vosso compostor todas as coisas que mencionei em cima, porque podem comprometer a saúde das vossas minhocas e o processo natural de compostagem dos resíduos. Depois, tenham o cuidado de não deixar o vosso minhocário ao sol, nem à chuva. Muito importante. O ideal, mesmo, é que ele fique na varanda, numa zona resguardada onde não seja incomodado.

Tenham também atenção à circulação de ar, que é muito importante. Por isso é que devem fazer aqueles furinhos de que vos falei acima. É graças à presença de oxigénio que os microrganismos fazem o seu trabalho e promovem a compostagem.

Cuidado também com a humidade. Não deixem o vosso compostor ficar muito seco nem muito húmido. A ideia é que tudo esteja equilibrado. Podem fazer um teste muito simples: peguem num pouco dos vossos resíduos e apertem com as mãos, se pingar, está muito húmido, metam mais secos, se acharem muito seco, mais verdes e água, se for preciso.

Compostores Comunitários — onde encontrar?

Existem já vários compostores comunitários em várias zonas urbanas. Deixo-vos aqui alguns onde podem depositar os vossos resíduos!

Lisboa

Alcântara: Calçada Ernesto Silva, junto às hortas comunitárias

Campolide: Avenida Conselheiro Fernando Sousa, junto ao muro do antigo quartel

Areeiro: R Presidente Wilson, logradouro Oeste, perto da Praça de Londres

Olivais: Rua Cidade Lobito, Quinta Pedagógica dos Olivais

Encarnação: Rua Sargento Armando Monteiro Ferreira, Junto ao posto de Limpeza da Junta de Freguesia

Amadora: Parque Central da Amadora (junto ao Eco-Espaço)

Odivelas: Parque Integrado da Ribeirada, Odivelas.

Odivelas: Parque Verde das Colinas do Cruzeiro

Vila Franca de Xira: Hortas urbanas do Ecoparque, atrás da Rua do Tejo

Porto

Podem consultar aqui a lista de locais de compostagem comunitária

Façam também uma pesquisa online, vejam junto das vossas juntas de freguesia e câmaras municipais e percebam se há projetos a decorrer nas vossas zonas. Quem sabe o vizinho do prédio da frente não se lembrou de criar um compostor e vocês podem contribuir para isso!

Ainda estou no processo, mas estou muito feliz com esta conquista. Agora que comecei, percebo a importância deste pequeno gesto e dou conta do poder e riqueza da mãe natureza. Ela faz coisas incríBeis. Nada se perde. Tudo se transforma.

Este artigo serve apenas para partilhar convosco uma das minhas metas. Não digo com isto que vocês agora devem começar já a compostar nas vossas casas. A ideia não é essa. Mais importante é entendermos o que é e os benefícios que pode trazer para nós e para o nosso Planeta. Só depois devemos agir, sempre em conformidade com o nosso propósito.

Nunca se esqueçam: baby steps. Cada no seu ritmo e com as suas prioridades. Interessa sobretudo entendermos o que estamos a fazer.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.