Fala-me da tua velocidade… OK. Vou falar-te do meu treino de séries!

Meias e Maratonas são as minhas distâncias preferidas. O treino de séries envolve estratégia e permite-me fazer aquilo que mais prazer me dá na corrida: correr a ritmo progressivo. Começar de forma confortável, aumentar naturalmente de velocidade e terminar a “todo o gás”, “como se não houvesse amanhã com o sorriso mais rasgado de sempre…

OLHA…

Exatamente o sorriso que eu tinha ao km 37 na Maratona de Roma. Esta é a melhor fotografia que alguma vez me tiraram numa prova – um italiano que ali estava junto às baias de segurança a fotografar os heróis que passavam na calçada. Procurou-me, através do meu dorsal, e partilhou a fotografia na minha página. Estou-lhe tão grata, nem ele imagina o quanto – é que… Eu estava a 5 Km do Coliseu de Roma… A 5 Km do fim e sentia-me com aquele power de quem sabe que vai terminar “em bom”, a espalhar saúde por todo o lado. Lembro-me de cortar a meta, tentar parar de correr, mas o meu cérebro ainda não tinha dado ordens às minhas pernas. Pudera… Foram 3h15 a correr…

Adiante…

E eu já sei: se quero ter velocidade numa Maratona não chega calçar os ténis e simplesmente ir correr. Queres ganhar velocidade? Ok. Então faz corridas progressivas; faz rampas; e faz SÉRIES – longas e curtas! Nesta quinta-feira eu fiz 3. “Apenas?” Sim, porque foram de 2000. E depois, amanhã espera-me um longo de 32 Km progressivos e a minha premissa é simples: correr “com muita saúde nessa hora”.

Treino de séries não é propriamente o treino que mais prazer me dá. Mas, ao mesmo tempo, o que me dá gozo é “dar corda” às sapatilhas de forma progressiva e atingir a velocidade ideal que me faz sentir que estou a “buuuuaarrr”. E eu adoro “buar” com B e não com V – tem graça e parece mais fácil – E isso só acontece se eu “rasgar o pano” no tartan.

Custa imenso, principalmente nas séries curtas porque tens mesmo de dar tudo. E na altura, enquanto estou a dar tudo na pista, penso: “anda Isabel… Tem de ser, depois no dia da prova vai ser só curtir”.

E na realidade é isto mesmo. Para fazermos aquilo que mais gostamos, muitas vezes temos de “engolir alguns sapinhos” e fazer coisas menos prazerosas – neste fase lembro-me muito do ditado que o meu avô Ramiro diz vezes sem conta – “Semeia para depois colher”.

E fazer séries é um dos treinos que fazem parte do meu compromisso com a Maratona de Sevilha. Bem sei que tenho uma vida para além das corridas, mas há treinos que não posso abdicar NUNCA (a não ser que esteja muito doente). Nem mesmo na minha semana de férias.

Por isso, nesta semana fui correr, pela primeira vez, na Pista de Atletismo de Faro.

A Pista de Atletismo de Faro

Podes usar a pista gratuitamente e aproveito para elogiar, em primeiro lugar, as instalações: bons balneários, tartan em excelente estado e, por último e não menos importante, a gente que ali trabalha. De qualquer das formas, tens uma folha de inscrição para preencher.

Qual não foi o espanto da Dona Margarida quando recolheu o meu formulário: “AAAHHHHHHH!!!!! Não acredito! É mesmo a Isabel. Eu não a reconheci. A sua voz era muito familiar, mas fisicamente não estava de todo a ver bem… Gosto muito de si” – não percebi bem se sou mais “gira” ao vivo ou na televisão. Quero muito acreditar na segunda opção e que a maquilhagem e uns saltos altos tornam as pessoas mais… Mais… Senhoril vá. Uma riqueza a Margarida. Super calorosa, mas eu naquele momento estava era com os “calores”, em ansiedade para começar o treino. Fico sempre assim quando faço as séries. Como sei que custa, só quero é começar: “quanto mais cedo começar, mais cedo vou terminar”. Eheheheheh. Podem achar meio parvo, mas naquele momento faz todo o sentido na minha motivação.

Está na hora!!!

Bom… Lá fui fazer 20 minutos de aquecimento nos arredores da pista. Não sabia bem por onde ia, mas fui correndo e, sobretudo, aquecendo. Esse era o objetivo – 20min a 4:50min/km. Depois, fui ao balneário buscar as águas e a minha longsleeve para os 10 minutos a trote no final do treino (o que seria “rapar frio” no final e arriscar uma constipação). Agora, vamos lá ativar – 4 retinhas. Tau!! Bom, e agora… AGORA É QUE É!!!! Ativar no relógio o treino programado: 3×2000 (7’51’’; 7’48’’; 7’31) com 3’ de descanso. “Choca aí João. Até já”. E começou!!!

Bom… Devo confessar que me custa muito mais treino de séries de 400 ou 800 do que treino de séries longas. Quanto mais curtas, mais rápidas, logo estas seriam em velocidade, mas controlada. Para além do mais, tenho o segundo dedo do meu lindo pé ligeiramente inflamado e não convém desafiá-lo hoje porque no domingo tenho um longo à minha espera. E a prova da minha ponderação é o intervalo de descanso entre as séries, assim como o próprio ritmo. Treinando assim sabia que não ia comprometer o meu rendimento nos dias seguintes (um dia falo-vos desta necessidade de respeitar os ritmos de treino. Hoje não há espaço na folha).

E não comprometi. E curti tanto fazer séries ali. Adorei este treino de séries!

Eu sou muito de rotinas, e às vezes não me agrada muito correr em locais diferentes e em pistas que desconheço. Mas também não vou deixar de gozar uns dias de férias porque não conheço a pista de Faro. Se é uma pista de atletismo, há por ali gente a correr e gente que gosta de correr, logo, dificilmente irei arrepender-me. E acertei. Em cheio. Conheci a Sandra, irmã da Ana Dias, ex-atleta do Sporting. Foi ela quem nos tirou uma destas fotografias. Mas isso foi mesmo só no fim, porque antes disso, depois do meu mega treino, estivemos à conversa sobre aquilo que é inevitável. E é tão prazeroso e estimulante falares com camaradas da corrida que olhem para este desporto da mesma forma que tu olhas – com respeito, foco, dedicação e muita loucura lá pelo meio.

Então mas… Eu também quero conhecer a Ana Dias!!!

Deu-me o contacto dela e hoje tive o privilégio de a conhecer na “Ana Dias Runner’s Club” – uma loja de desporto para corredores muito simpática, no centro de Faro. Bom

… Só para perceberem ela devia ter fechado a loja às 13 (isto porque hoje a Ana tinha a Corrida dos Reis aqui em Faro) e eu só saí de lá por volta das 14h00.

Não falámos nem metade daquilo que desejávamos, mas já assumimos um compromisso: amanhã vamos correr juntas. Eu e a grupeta dela. Tenho 32 Km para fazer e ela acompanha-me nos primeiros 16 Km – por caminhos que só ela sabe…

Eh pah… Eu bem sei que gosto de rotinas, ainda para mais em treinos tão desafiantes, mas estas aventuras com gente que sabe aquilo que está a fazer tem logo outra motivação.

Estou ansiosa que chegue amanhã. O meu foco são 32 Km. E é apenas isso – calçar os ténis e correr 32 Km.

A desfrutar da companhia e da natureza.

By the way…

Depois de sair da Pista de Atletismo tinha outro compromisso, daqueles que aqui, no Algarve, NUNCA podes falhar (a não ser que estejas doente) – um belo mergulho no mar.

Ah pois… E mais uns alongamentos finais (a juntar aos que ja tinha feito na pista) também não fazem mal a ninguém.

Ai… Nada cai do céu, minha gente. E ainda bem. Caso contrário, não tinha metade do prazer!

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Não quero preparar-me sozinha para uma Maratona

…Principalmente nos treinos longos

Foi no dia 29 de Dezembro de 2016, quinta-feira, às 9h30 da manhã no café à beira da minha casa, antes de rumar até Sintra para correr 12 Km, que um homem veio ao meu encontro para falar comigo sobre… Corridas!! Diz ele, lá pelo meio da nossa conversa: “adorava fazer uma Maratona mas não sou capaz. Um dia fui correr 17 km sozinho e pensei – o que é que eu estou aqui a fazer? A correr para chegar onde?”.

Eu na realidade compreendo-o perfeitamente. Preparar-me SOZINHA para uma Maratona, NUNCA NA VIDA. Explico-vos porquê no seguimento do meu treino longo mais desafiante, a caminho da Maratona de Sevilha.

Importante considerar….

Vamos lá ver, eu gosto de companhia na corrida, não porque vá a “pôr a conversa em dia”, até porque descontrola a minha respiração, mas porque gosto de saber que alguém está comigo a fazer o mesmo treino que eu. E se formos a um ritmo semelhante, melhor ainda. É saberes que tens ali um camarada que também vive esta experiência com a mesma emoção que tu. Por vezes acontece perder algum colega de vista por termos ritmos diferentes, mas não interessa: começamos juntos e vamos terminar juntos também. E no final sabemos que há um mergulho no mar, uma marmita pós-treino e um diálogo acerca do mesmo e, por conseguinte, uma reflexão sobre o que correu bem e mal e o que poderá correr melhor nas próximas corridas. Mais… “Ondékeuboooouuuuu” almoçar depois de um treino longo? Este último ponto assume a máxima importância na minha vida, tal é o apetite descomunal que eu tenho. Sou capaz de comer o Mundo.

Bom… É um facto que não conseguimos treinar sempre todos nos mesmos dias e às mesmas horas mas, antes da preparação para uma maratona, assumimos um compromisso: os treinos longos têm de ser sempre ao fim de semana e de manhã bem cedo para treinarmos todos juntos. Só assim faz sentido para mim – os desafios devem ser partilhados. E acreditem: quando corremos juntos, ninguém desiste!! O que seria…

Na véspera já estou focada no treino

Dia 30 à noite tinha o jantar de aniversário de uma das minhas melhores amigas. Fez 30 anos e o jantar era as 21h30 num restaurante de Petiscos.

Tinha longo no dia seguinte às 8h30. Ora, a minha cabeça pensa assim – “para começar a correr as 8h30 tenho de acordar as 6h00 da manhã porque as 6h30 tenho obrigatoriamente de tomar o pequeno almoço para depois dar tempo de ir à casa de banho e iniciar o treino sem nada no intestino. Preciso de dormir, 7 horas, logo tenho de me deitar as 23h00. O que comer? O melhor, nestas vésperas, é sempre ser eu a cozinhar, assim já sei o que estou a comer. Bom, perante isto não posso ir ao jantar”. Não há frieza neste pensamento. Há apenas um compromisso com uma prova que eu desejo fazer e que tem uma importância considerável na minha vida (por esta razão, faço apenas uma Maratona por ano, com este foco). Não posso nunca falhar os treinos longos e para além do mais, o Rui Geraldes, o Pereira de Ascensão, o João e o Duarte estavam a contar comigo às 8h30 para os lados de Sacavém.

31 de Dezembro. 8h30 da manhã.

35Km – de Sacavém à Praia de Carcavelos. Que pena os meus Insta Stories já não existirem. Foram apagados, depois de 24 horas disponíveis, e eu esqueci-me de guardar. Nesses vídeos percebia-se muito bem o frio que estava.

Muita calma nessa hora!!! Eu só começo a correr depois do nosso café e do nosso diálogo de 10 minutos a definir a estratégia. Há que aliviar a tensão e soltar umas gargalhadas. O Pereira de Ascensão e o Duarte, como são os estreantes nesta preparação, estavam mais ansiosos. A juntar ao meu entusiasmo, tinha tudo para dar certo.

A minha estratégia

A minha ideia era simples: começar a 4h35/4h40 e nos últimos 10 Km se estivesse bem, alterava o ritmo para 4:15/4:20 min/km. Esta era a minha ideia. O Rui não estava certo se conseguia acompanhar o meu ritmo. Mas eu já tinha decidido (e não lhe disse nada) que ia com ele, neste que era o treino mais importante para a Maratona de Sevilha. E assim foi.

Tudo estava muito bem organizado – logo a seguir ao Lux, lá estavam 2 colegas nossos com águas, assim como no Padrão dos Descobrimentos. A chegar a Caxias também tínhamos águas à nossa espera. Faz toda a diferença a hidratação em treinos como estes. Tenho a certeza que sem estes abastecimentos, nunca terminaria com uma média de ritmo 4:33 min/km. E já que estamos a falar de hidratação, acrescento o gel que tomei ao km 14 e ao km 26. E nunca deixo que o meu corpo me peça o gel. Se acuso cansaço ao km 17 e se, por sua vez, só sinto o efeito do gel 15 minutos depois de o ter tomado, então, nesse caso, tomo o gel mais cedo (desculpem este desvio de pensamento, mas achei por bem escrever já para não me esquecer mais à frente).

Felizmente, sou bastante racional e ponderada em treinos longos. Arrisco, mas sempre de forma segura. Se quero terminar em grande, não me entusiasmo no início. E assim foi. Estava pouco vento, uma temperatura amena e um espírito super alegre, não fosse também esta a última corrida do ano. Apesar de juntos, vim sempre mais colada com o Rui. Ele lá ia ele a curtir a sua música com rasgos de entusiasmo lá pelo meio do treino. E eu, sempre focada a desfrutar da paisagem (corro, até à data, sem música. É uma hábito. Gosto de ter a perceção de tudo o que se passa à minha volta. Um dia experimento correr com música). Correu tudo conforme combinado por sermos os dois bastante ponderados, acho. Lembro-me de falarmos ao km 27: “Estás bem Rui?” – pergunto-lhe. “Estou bem Chica. Estou a guardar-me para a subida do Alto da Boa Viagem”.

Pois, até eu. Aquela subida depois de tanto km ia ser um desafio. Mas foi superado. De tal forma que, nos últimos 10 km fomos gradualmente aumentando velocidade até chegarmos, finalmente, à praia de Carcavelos. Estava sol, gente na água e a esplanada cheia. Fiz o último km a 4:10 min/km tal era a ânsia de chegar e dar um mergulho no mar. Gritaram pelo meu nome a 2 km do fim e acho que isso também me deu um “boost” de energia.

Cheguei à areia. Descalcei as sapatilhas. Splash!!!!! Água ao mais alto nível com direito a crioterapia.

Uau! Estava tão bem!!

O Pereira de Ascensão chegou 2 minutos depois de mim e, mal me viu disse – “Obrigado Bélinha. Só consegui este ritmo porque não corri sozinho”. Reparem, este sentimento é algo que eu partilho todas a vezes que corro com o João Catalão e com o Rui Geraldes. Neste dia, fui eu a lebre e também foi graças a ele que eu nunca quebrei. Estamos juntos nisto. Ninguém disse que era fácil. E há momentos que custa. Mas eles passam, sabem… E rapidamente chegas a essa conclusão quando concluis o teu compromisso para aquele dia. Não quero com isto dizer-vos que não conseguiria correr 35 Km sozinha. Na realidade isso seria possível. Mas, se eu não tiro prazer com isso, porquê estar a fazê-lo? Não quero ser escrava da corrida. Quero amá-la e admirá-la todos os dias da minha vida. Por isso, vamos lá lidar com ela ao jeito da minha personalidade.

Depois do treino, alongamos e marmitamos na praia. Durante uma hora… Não fosse o frio, mais tempo ali ficávamos. Fomos felizes para casa. No nosso grupo do Whatsapp já estamos a combinar o local e hora do próximo longo de fim-de-semana. Ehehehehe.

NOTA: Se gostaram do que leram, comentem e digam se querem mais partilhas como estas. Dêem as vossas sugestões. Assim posso ir ao encontro das vossas vontades/desejos/curiosidades.

 

Que venha a próxima maratona!

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

O meu sumo de pêra e curcuma: DoBem!

O meu sumo de Pêra e Curcuma

Estava eu num restaurante, olho para a ementa e vejo a sopa do dia – sopa de pêra e curcuma! “Comoàssim???!!” Nunca tal combinação me tinha passado pela cabeça. A partir daqui criei o meu próprio sumo: é leve e fresco. Depois destes dias de asneiras diárias, tomar este sumo com regularidade faz-me sentir melhor. Não vivo sem curcuma (muitos também lhe chamam açafrão das índias) pela sua riqueza nutricional e a pêra é uma das minhas frutas preferidas. Alguma coisa boa tinha de sair desta combinação… Experimentem e partilhem comigo!!!

Imagem e edição de Samuel Costa

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Grande Prémio de Natal EDP: Consegui! Sou sub 40 aos 10 Km

Nunca neguei e cada vez mais estou certa disto: eu gosto é de correr provas de 21 e 42 Km. São as distâncias mais aliciantes para mim porque envolvem foco, estratégia e força mental a longo prazo, quer no dia da prova, quer ao longo da preparação. No que toca às maratonas faço 1 a 2 por ano e, na altura da preparação, tenho sempre, pelo menos, 2 provas-teste para avaliar a minha performance. O Grande Prémio de Natal no passado dia 11 de Dezembro foi uma delas, a caminho da Maratona de Sevilha.

Sou muito realista em relação ao meu lado “runner girl”. Sei que sou dedicada, mas quando te preparas para provas longas, é inevitável perderes velocidade. Por essa razão, pensar que um dia iria correr 10Km a 3.59 min/km, achava completamente impossível – “isso só em séries de 1000 metros”. Nunca me senti tão feliz por estar redondamente enganada!

Já iniciei a minha preparação para a Maratona de Sevilha. Mas devo confessar que, apesar de não ser a maior adepta de provas rápidas, tinha muita vontade de correr 10 Km em menos de 40 minutos. A última vez que corri uma prova de 10 Km foi no ano passado, na São Silvestre de Lisboa e tive uma “dor de burro” tão grande ao Km 6 que acabei por afundar a minha motivação, e fiquei pelo 42 minutos. Tinha de resolver esta situação, ainda este ano. Vamos a isso.

Grande Prémio de Natal EDP

Este ano o percurso era diferente – começou em Benfica e terminou na Praça dos Restauradores. Um dia de Outono cheio de sol, temperatura amena e muito espirito natalício. Junto à partida, às 9h15 da manhã eram já muitos os corredores que aqueciam, a música de Natal e os próprios animadores vestidos a preceito animavam, não só os corredores mas toda a gente que por ali passava. Não dava para ficar indiferente. Sendo uma prova que contava com a presença da TVI, acabei por distrair-me com as entrevistas, com o entusiasmo da câmara e quando olhei para o relógio já só tinha 20 minutos de aquecimento. Pouco tempo para provas rápidas. Quando falamos em percursos de 10000 metros tens de ir sempre na tua melhor velocidade e, para tal, precisas de terminar o aquecimento já a suar. Isso não aconteceu. Mas fui quentinha.

10h30. Partida.

Logo nos primeiros metros fomos todos surpreendidos com uma subida, logo para “abrir a pestana”. Foi tudo tão rápido que só consegui estabilizar o meu ritmo ao Km 4. Foi nesse momento que olhei para o relógio: 3.54 min/Km! Aí pensei logo em abrandar um pouco com medo de quebrar até porque a minha estratégia era manter-me até ao km7 nos 4.10 min/km e depois, como era praticamente descer a Avenida da Liberdade, seria mais fácil aumentar a velocidade. Mas não abrandei. E a culpa é do João e do Rui. Eu não lhes pedi, mas eles quiserem estar literalmente ao meu lado, neste meu objetivo tão pessoal.

“Mantém agora este ritmo. Estás bem” – diz o João com muita tranquilidade. O outro (o Rui) enquanto corria, espalhava magia saudando os corredores que íamos encontrando. Naquele momento só pensei, e foi muito rápido para não me distrair do foco – “como assim, falar e até conversar a este ritmo?”.

Fui surpreendida com o melhor combustível de energia à entrada do primeiro túnel: trapezistas e malabaristas exibiam a sua performance e sorriam para nós – “Vamos. Está quase.”. Bom…isto do “está quase” para quem está parado a ver os outros a correr… Só quem corre é que sabe. Mas, confesso que foi estimulante e motivador (todas as provas deviam de ser assim).

Quebrei na subida do último túnel. Bem sei porquê: custa muito. Não estando no limite, estava cansada de correr a uma média de 3.50min/Km. Por essa razão, distrai-me com a respiração e apareceu aquela dor terrível que me irrita profundamente – a famosa “dor de burro”. Desci para 4.10min/km. “Inspira e expira todo o ar que tens nos pulmões. Levanta o peito e foca-te na meta. Esta quase.” – diz o João. O Rui sempre ao meu lado. Mas eles também já sabem que comigo, não adianta falarem muito. Só o essencial e eu capto a dica. Caso contrário começo a ficar irritada. Muito irritada com o mundo. Acho mesmo que é a falta de oxigénio no cérebro. Mas não desisti. Abrandei um pouco e pensei “Isabel, são apenas mais 2 Km e grande parte do tempo é sempre a descer”. Percebi, uma vez mais, que a minha dificuldade são as descidas. Descontrolo facilmente a respiração e a minha tendência é abrandar. Tenho de treinar esse lado. Mas a força e a determinação estão lá. Não desisti. Tinha um compromisso comigo e também com eles.

Consegui porque não corri sozinha 

A 300 metros ouvi muitas vezes o meu nome: “Força Isabel. Vamos lá!”. É nesta altura que olho para a meta e percebo que falta 1 minuto para chegar aos 40 minutos. Percebi que ia conseguir e fiz aquilo que achava impossível – aumentar a velocidade ainda mais um bocadinho!!! Cheguei. 39’14’’. 10 Km. 3.59 Min/Km.

Eu sei que sou dedicada e também não é novidade a minha paixão incondicional pela corrida. Mas tenho a clara certeza que este record só aconteceu porque eu nunca estive sozinha. Eles nunca me deixaram quebrar e nunca desistiram de mim. Para muitos é apenas mais uma prova. E não deixa de ser. No dia seguinte volto às minhas rotinas diárias. Mas são estas pequenas conquistas que me tornam numa mulher mais determinada e corajosa.

Mas deixem-me confessar-vos: o meu único prazer foi o da superação porque, tão cedo, não faço uma prova de 10 Km a ritmo de competição. Mas isto é apenas aquilo que eu acho agora, no dia seguinte à prova, sentada em frente ao computador a desejar desesperadamente por uma massagem no meu rico Urbano, o meu massagista que vale ouro (em breve partilho convosco os momentos de riso e sofrimento nas minhas sessões de massagem desportiva).

 

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Uma FIT Girl treina assim

Eu faço muita coisa e gosto sempre de receber novos estímulos e ser desafiada. Não gosto nada de estar sempre a fazer a mesma coisa: para além de me fartar, começa a tornar-se fácil, trabalhas sempre os mesmos músculos. E os outros? Adormecem, pois. Estou numa fase da minha vida em que a corrida assume destaque, por isso, tento, neste tipo de treino com a minha PT, trabalhar outros músculos. Até podemos trabalhar os mesmos, mas com estímulos diferentes. Hoje são halteres, elásticos e cordas, mas amanhã a Ana já me surpreende com bolas, barras, step e TRX… Nunca sei o que me espera. A única coisa que eu sei, é que ela sabe o meu objetivo e sabe aquilo que eu gosto e preciso de fazer. A partir daí, a palavra de ordem é: Arranca!!

— São 45 minutos a dar tudo! São só 45 minutos do teu dia! Saíste da cama mais cedo para estares aqui. Depois disto não podes treinar mais!

Basta isto, para dar sempre o meu melhor. Na realidade só isso importa. Não é seres o melhor. É dares o melhor de ti! Ah! E nunca te esqueças de te divertir no teu treino. No dia que não o fizeres, tudo perde sentido.

Imagem e edição de Samuel Costa

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Isabel Silva

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A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

A minha Tapioca é a maior!

Tapioca! A-DO-RO! Sou capaz de comer uma todos os dias… Confesso que chego às duas por dia em algumas alturas. E porquê? Primeiro porque é simplesmente fácil de preparar, é uma das alternativas aos crepes/wraps/pão e não tem glúten. Depois, porque o recheio pode ser aquele que tu quiseres: doce ou salgado. Isto permite-me tomar como pequeno-almoço uma tapioca com recheio de banana, sementes de chia e mel, ou almoçar, por exemplo, uma tapioca com frango desfiado e legumes. A cozinha é a zona mais criativa de uma casa, por isso dêem asas à vossa imaginação. Quantas vezes no meu pós-treino eu não levo uma recheada com queijo fresco e mel (principalmente nos treinos longos em fase de preparação para maratonas).
Sim. A tapioca, apenas, não tem sabor, mas isso é muito mais interessante porque tu é que lhe dás personalidade. Vejam só a personalidade da minha. Fiquem atentos à próxima receita, uns crepes com tapioca e um recheio que vos é muito familiar. Simples e gostoso. 😉

Tapioca de uma runner

Serve 1 dose // 5 minutos


Ingredientes

óleo de côco
3 colheres de sopa bem cheias de tapioca hidratada
1/2 banana
1 kiwi
1 colher de sopa de granola
1 colher de sobremesa de manteiga de amendoim
nozes picadas

Método

  1. Colocar a tapioca numa frigideira ainda fria untada com um pouco de óleo de côco e espalhar com a ajuda de um garfo.
  2. Levar a lume alto durante aproximadamente 2 minutos, até a tapioca unir e começar a levantar da frigideira.
  3. Retirar a tapioca para um prato e rechear com os restantes ingredientes.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Porque é que eu corro

Durante toda a minha vida sempre pratiquei exercício físico: primeiro porque a D. Lola e o Sr. Vítor me incutiram este estilo de vida e, consequentemente, ganhei amor ao desporto. Amor, sim. Faço com prazer sem nunca pôr em primeiro plano a operação biquíni do ano XPTO. Também ajuda, não nego, mas a prática regular do desporto é muito mais que isso: é sermos mais felizes, é rirmos mais, é trabalharmos melhor, é amarmos mais e melhor, é contagiarmos quem está ao nosso lado, é termos boas energias para dar e vender e ainda sobra. Eu gostava de propor ao meu chefe uma cláusula no meu contrato de trabalho que inclua a prática desportiva, pelo menos, 3 vezes por semana. É “certinho e direitinho” que vou ser mais rentável.

Com 4 anos já andava na ginástica rítmica, depois foi a natação, o ténis, o basquetebol (sim, o basquetebol. Posso adiantar-vos que não ficava a limpar o banco!), as danças no Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, as danças urbanas e latinas e, por fim, o ginásio. Com o ritmo de trabalho comecei a perceber que o ginásio seria a melhor opção. E de facto, ainda continua a ser. Eu escolho, consoante o meu trabalho, o meu horário de treino. Nem sempre é fácil conjugar, mas quando se ama algo, isso passa a ser uma das prioridades na tua vida. Não é assim? Agora estou a lembrar-me da quantidade de amigos e conhecidos que me dizem não ter tempo para treinar. Eu respondo sempre:

“Treinar é uma questão de prioridade. Só não temos tempo para aquilo que não queremos.”

 

Gosto de desafios e de sair da minha zona de conforto. Gosto de aprender novas modalidades, novos exercícios e sentir que estou sempre a crescer e a melhorar a minha performance. Por causa disso e também pelo respeito ao meu corpo e saúde esforço-me por conciliar treinos cardiovasculares com treinos de força e de flexibilidade. Há uns que gosto mais do que outros, é certo. Mas para fazer melhor o que mais gosto preciso, muitas vezes, de treinar o que não gosto tanto. E o melhor exemplo disso, no meu caso, é o meu espírito de Runner Girl.

Foi no meu ginásio que conheci o Fernando e a Filomena. Hoje são amigos do coração, são os meus anjos da guarda e as minhas duas inspirações. Gosto tanto deles quanto eles gostam de praticar desporto. Fazemos todos o mesmo: aulas de bicicletas, aulas intervaladas de alta intensidade em 30 minutos, estabelecemos desafios, fazemos reforço muscular… Só uma modalidade nos separava: eles corriam e eu não.

– Isabel, tens de experimentar. Vamos na segunda-feira para Monsanto e corremos 1 hora. Vais gostar, confia… – dizia o Fernando muito motivador.
– Eh pah… Não sei se aguento.

Mas, caramba, se eles aguentam e gostam tanto, há algo então que me está a escapar. Vamos lá! E lá fomos. Monsanto. Comecei da melhor forma. Na melhor das companhias e numa atmosfera perfeita. Lembro-me que no dia anterior choveu e lembro-me de correr com “cheirinho a terra” no pulmão de Lisboa. Há que tempos não treinava na rua, há que tempos não sentia aquele ventinho a bater-me no rosto e que bom que é mudarmos a rotina do nosso treino. O meu coração de atleta permitiu-me concluir aquilo a que me propus: 10 Km. E não sentir as pernas no dia seguinte? Excelente. Sinal que estava demasiado acomodada aos meus treinos semanais, sinal de que já não saia há muito da minha zona de conforto.

– Já está! Já ninguém me tira daqui.

Tudo isto aconteceu no início do ano de 2014. Desde então nunca mais paramos: eu, o Fernando, a Filomena…e todos os outros corredores que fui conhecendo.

Quem corre é mais feliz

Correr não é uma moda. É muito mais que isso. Gosto sobretudo da comunidade de corredores e não estou a falar só dos atletas profissionais, estou a falar de todos: desde os mais novos aos mais velhos, o estado de espirito é o mesmo. Gosto de correr sozinha, mas gosto muito mais de correr acompanhada – temos um ombro amigo e que está ali para te impor ritmo e não te deixar desistir – gosto de terminar a corrida e perder 15 minutos com os meus companheiros a fazer um resumo sobre o nosso treino, enquanto comemos bananas e frutos secos. Rimos tanto às vezes… Quase sempre. É o cansaço bom a falar mais alto.

Gosto de correr em provas porque cria um objectivo para aquele dia e isso incentiva-te a treinar mais e melhor. Gosto de terminar a prova e conhecer gente que tem este amor e depois, também vou correr com eles se me convidarem. Caso contrário, convido eu. Gosto de terminar e prova e sentir-me orgulhosa de mim própria. “Conseguiste. Prova superada”. Gosto de acordar com as galinhas ao fim-de-semana para correr longas distâncias nos locais mais bonitos de Portugal. Há tantos grupos de corrida, é só juntar-me a eles e escolher. No final, criamos todos uma ligação. E a culpa é da corrida.

Corro com saúde

Não quero cá lesões. E não permito que o entusiasmo fale mais alto que o cansaço, muitas vezes acumulado, do corpo. Durmo bem. Como bem. Não falho massagens semanais e o descanso também é treino. E só tens prazer a correr se treinares com qualidade. 3h15m na Maratona de Roma e um sorriso rasgado à chegada foram o resultado de muita paixão, dedicação e respeito pelo corpo. Eu quero ir a provas de 10 Km, de 22 Km, de 42 Km, aqui e lá fora. Quero melhorar os meus tempos nas subidas, nas descidas e quero muito correr para o resto da minha vida. Eu não escondo este meu entusiasmo doido. Eu vou conseguir fazer tudo isto. Mas tudo tem o seu tempo. E eu tenho todo o tempo do mundo.

Haja energia!

 

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

O meu amor pela Quinta do Arneiro

Da terra para a mesa…

Tenho uma profunda admiração pela Mentora DoBem Luísa Almeida. Tenho um carinho único pelo Duarte. Adoro a companhia do Rodrigo e do Tomás. Sou completamente apaixonada pela Quinta e pela forma como eles se dedicam a ela. Sinto todos como família.

E, pondo de parte os cabazes do bem que todas as semanas chegam a minha casa, a minha história com a Quinta é outra. São muitos os sábados e domingos que fazemos estes encontros. Eu chego, abraço e converso. Vou à terra e tiro tudo aquilo que o Duarte me sugere. Vamos todos para a cozinha e inventamos com o que a Terra nos dá. Temos a mesa à nossa espera. E o sol… Até ele se pôr. É tudo tão bom que sinto sempre que deveria de fazer isto, ainda mais vezes. Eles dizem-me sempre o mesmo.

Vídeo Samuel Costa

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Quinta do Arneiro

Cabazes biológicos

A Quinta do Arneiro situa-se na Azueira, em Mafra. Iniciou a produção do primeiro hectare de hortícolas biológicos em 2009. Em 2020 completou a conversão de toda a área, sendo atualmente 24 hectares.

O projeto biológico vende toda a sua produção diretamente ao consumidor final, através de cabazes que são entregues à porta em toda a área da Grande Lisboa, nos mercados que a Quinta do Arneiro dinamiza ao sábado em Lisboa e em Cascais e na loja da própria quinta.

Para reduzir ao máximo o desperdício fazem a transformação dos excedentes da horta em forma de sopas, sumos, conservas. Além disso, a quinta tem também um restaurante, que serve almoços durante os fins de semana.

 

“O meu apego à Quinta começou pela Luísa e pelos filhos. Depois pela comunidade que ali trabalha. É tanta paixão e respeito pelo ciclo da natureza que é isso que torna os cabazes tão especiais em relação a tantos outros.” – Isabel Silva

Meia Maratona de Valência: o treino antes da prova

Os 21 km começam aqui…

Muitos preferem o descanso total, mas eu gosto sempre fazer um treino ligeiro antes de uma prova longa (meia ou maratona). Correr uma distância de 5 a 7 Km de intensidade leve e moderada, no meu caso, ajuda bastante. Em primeiro lugar porque, se correr fora de Lisboa, ajuda a adaptar-me ao clima e a aliviar a ansiedade que teima em aparecer perto das provas. Mas atenção: nunca comprometo o ritmo da corrida numa pré-prova, pois posso prejudicar a minha performance no dia seguinte.

Depois da corrida ligeira também tenho por hábito alongar durante cerca de 20 minutos. O meu descanso tem de ser sempre activo, caso contrário, se estiver totalmente parada, sinto que no dia da prova estou completamente adormecida. “Acho que já não sei correr” – disse isto na Maratona do Porto. Desde então, nunca mais cometi o mesmo erro. E a prova está neste treino inspirador em Valência. Estava a caminho… Dos 21 Km.

Vídeo
Samuel Costa

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Na cozinha com a Iara: um Gaspacho à minha medida

Ela sabe muito…

Não é por acaso que a Iara é a minha primeira convidada para esta rubrica. Foi ela que “apurou” o meu gosto pela comida DoBem. E a minha prazerosa e constante descoberta é sempre partilhada com ela. Fazemos muita coisa juntas e falamos sobre tantas coisas boas. Mas este tema é sempre especial: temos o mesmo respeito e amor pela comida DE VERDADE.

Gosto do jeito dela: simples, prático e saudável na cozinha. Diz ela que quando olha para mim vê “a comida do bem”… Considero-me elogiada. É uma refeição. Mas não só: este é um dos meus truques para aqueles lanches tardios a pouco mais de uma hora da refeição principal. Aqui fica uma Dica DoBem. Estejam atentos ao segundo vídeo deste nosso encontro, onde a Iara nos ensina a fazer um tártaro de salmão com beterraba e pêra-abacate.

Imagem e Edição: Samuel Costa

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Isabel Silva

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A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.