Os 10 sítios onde me podem encontrar a correr

 

Há quem tenha aquela versão poética de que para se correr não é preciso nada, basta calçar uns ténis e sair de casa à aventura. Malta!, alto. Não é bem assim. Ou melhor, até pode ser, se formos aquilo a que o pessoal das corridas chama de corredores de domingo, que são os que correm uma vez por semana sem qualquer tipo de objetivo, só para se mexerem um bocadinho. Nada contra, atenção! Aliás, quanto mais corredores de domingo houver melhor, porque é sinal de que o pessoal está preocupado com a saúde e o bem-estar, e isso é muito bom. Mas quando se começa a correr com alguma disciplina, com objetivos definidos, quando se quer melhorar tempo, começar a correr distâncias maiores, então, a coisa já não pode ser assim tão poética, e o jardinzinho do bairro já não é suficiente para se treinar.

Eu tenho as minhas rotinas, e elas são fundamentais para que eu consiga evoluir. Tenho os meus sítios preferidos para fazer treinos mais curtos, mais longos, passeios a trote, e depois a pista, onde a malta dá tuuuuuuudo, até ao limite, porque na pista não se corre, pessoal, na pista treina-se. São coisas diferentes.

Então e vamos lá a saber onde é que eu faço os meus incríBeis treininhos em Lisboa. Sabem em que sítios me encontram quase todas as manhãs? É aqui.

Pista e circuito da Cidade Universitária

Não me peçam para fazer um treino regenerador de 50 minutos na Cidade Universitária. Muito menos para fazer uma corrida superior a uma hora e meia. É que andar ali às voltinhas naquele circuito não é propriamente motivante. Agora, se vamos falar de séries na pista, então, este é o meu sítio.

Só para contextualizar aqui um bocadinho. Os treinos de séries são fundamentais para que o nosso corpo se habitue a velocidades elevadas. Por isso, quando falo de séries estou a falar de corridas em pista, curtas, que podem ir de séries de 200 metros até séries de dois quilómetros. Raramente vou além disso. A ideia é conseguir manter uma velocidade elevada nestas distâncias mais curtas, porque é assim que o corpo, as pernas e o coração se habituam a andamentos velozes, e depois não estranham quando puxamos mais por eles em treinos de estrada.

Em todos os treinos de séries, começo sempre um aquecimento de 20 minutos. Diria que este é o limite de tempo em que consigo correr com prazer no tal circuito da Cidade Universitária. Mais do que isso não, “palize”! Tenho um trajeto já definido (para o aquecimento) e depois sigo para a pista de atletismo. Em tartan. Com 6 corredores. Excelente! E é aqui que dou tudooo!

Centro Desportivo Nacional do Jamor

Também gosto de fazer treinos de séries na pista do Estádio Nacional. É outra excelente opção. No entanto, no Jamor já consigo fazer outro tipo de treinos, nomeadamente treino de escadas, corrida de corta-mato e treinos regeneradores, que são aqueles que normalmente faço depois de outros mais intensos.

 

 


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Para além disso, este é um excelente local como ponto de partida para treinos mais longos. Por vezes, vou na direção da Ponte 25 de Abril, por outras sigo para Oeiras. É sempre à beira mar, ou à beira rio. Ah!, outro pequeno grande pormenor: tem um café com uma esplanada linda. Não começo a minha corrida sem um café polvilhado com canela.

Caxias e Paço de Arcos

Correr junto ao mar é absolutamente inspirador para mim. É importante que se corra num local de que se gosta para que se consiga manter a motivação e a inspiração lá no alto. Acredito mesmo que os resultados são sempre melhores. Sempre que corro pelas zonas de Caxias ou Paço de Arcos, seja verão ou inverno, dou sempre um mergulho no mar.

Num sítio ou no outro, faço sempre treinos, como eu costumo dizer, rasgadinhos, dependendo dos meus objetivos — maratonas, meias maratonas ou simplesmente correr sem nenhuma prova em mente.

Tanto posso fazer um treino longo de 30 km, a começar e a terminar em Caxias (na Baía dos Golfinhos), como posso fazer um treino de escadas para trabalhar a força — nestes casos começo aqui, vou até ao Jamor, faço o meu bloco de escadas, e regresso. Isto é apenas um exemplo.

 

Em Paço de Arcos, por exemplo, gosto muito de correr entre 12 a 18 km constantes e terminar os últimos quilómetros em jeito progressivo, ou seja, a acelerar e a baixar os tempos. Aqui, depende também da hora a que vou correr. Mas já sabem, eu acordo mais cedo do que as galinhas! Gosto de ter a estrada só para mim.

Há uma coisa em comum nestes dois pontos : o IncríBel mergulho no mar. Não há nada melhor do que a sensação térmica ao mergulhar no mar, logo a seguir à corrida. Só tenho tempo de tirar as sapatilhas e as meias e depois…. tchuuuuucaaaa! Revigorante! Amo demais!

MAAT

Junto ao rio, lá está! São dois locais lindos para correr. São muitos os lisboetas e os estrangeiros que correm por aqui. Lisboa é linda, pessoal! Tem uma luz magnífica, seja ao nascer ou ao pôr-do-sol.

Estes dois locais tanto podem ser o ponto de partida como de chegada, ou mesmo de passagem. Normalmente quando tenho menos tempo também prefiro correr por aqui. Os treinos por aqui são variados, mas por exemplo, no MAAT também faço treinos de escadas. Subir um lance de escadas e, ao descer, ter na linha de visão  o rio e a ponte 25 de Abril é o melhor gel que se pode ter para manter a melhor energia do nosso treino.

Guincho

O meu rico Guincho! Quando quero trabalhar o meu core, a minha resistência, vou para o Guincho. Os treinos mais desafiantes são aqui. E é aqui que faço grande parte dos meu treinos superiores a 90 minutos, principalmente os longos.

Nesta fase de preparação para a Maratona de Berlim, começo sempre aqui, na Estalagem do Muchaxo. Podem ser 20, 25, 30 ou 35 km, mas este é sempre o ponto de chegada. Por norma, corro os longos aos fins de semana, por essa razão, é porque tenho mais tempo, depois do treino vou regenerar para as águas geladas do Guincho e por ali fico, pelo menos uma hora a saborear o meu pós-treino e a partilhar com os meus camaradas de corrida as sensações do treino mais desafiante da semana.

Se algum dia correrem um longo no Guincho, lembrem-se: se estiver vento contra, vão ter o vosso melhor treino de core de sempre, entre a Casa da Guia e a Praia do Guincho. Experimentem que vão ver.

Parque das Nações

Outro local excelente para começar os treinos longos. No Inverno, tenho esta zona como ponto de partida. Agora na altura do Verão não me apetece tanto começar ali, até porque quero sempre terminar junto ao mar. Ainda assim, como estou perto do EFIT, por vezes faço ali na zona um treino regenerador.

Há tempos, organizei aqui um treino solidário com amigos e desconhecidos… que ficaram amigos. Corremos 10 km no sentido Expo-Lisboa. Foi uma manhã maravilhosa.

Sintra

É a chamada corrida ou treino mágico. O microclima da Vila de Sintra torna tudo encantador. Por vezes, esqueço-me de que estou a treinar, só penso em desfrutar. Apesar do sobe e desce, aqui todos os percursos que faço passam em três tempos.

A Corrida do Fim da Europa, por exemplo, é difícil, bem sei (já corri a prova três vezes — podem ver aqui), mas corre-se praticamente dentro de um pulmão, cheio de vida. O ar que se respira é regenerador e quer chova ou faça sol, não estou nem aí. Estou sempre a correr com prazer.

Porém, para quem corre sempre em terreno plano, convém trabalhar a força antes  de se aventurar nestes trajetos. Treinos de escadas, por exemplo, são uma excelente opção. Aqui gosto de correr, por norma, 15 a 18 km. 

Monsanto

E por falar em Pulmão… temos este no coração de Lisboa. A primeira vez que corri 10 km foi aqui, em Monsanto. Sugiro que leiam o meu artigo “Porque é que eu corro”. Lá conto-vos porque é que decidi correr aqui,  assim

como os amigos que se juntaram a mim nesta aventura. Sim, naquela altura eu não sabia se estava capaz de correr 10 km. Era a minha primeira vez. E consegui! Foi lindo. E o local onde corri, acreditem, ajudou muito ao meu foco e motivação!

Para treinos de 60 minutos, sem ritmos, é um sítio perfeito. É tudo tão verde e inspirador que me esqueço de que estou em Lisboa.

Espinho

Sempre que vou ao norte passar o fim de semana com os meus pais, corro em Espinho, junto ao mar. Quando chego, comunico ao energético grupo Running Espinho e são muitas as vezes que corremos todos juntos. Normalmente faço entre 15 a 20 km progressivos.

Começo sempre junto ao Restaurante A Cabana e sigo para o Senhor da Pedra. Regresso e vou direta ao mar da praia da Baía de Espinho. Posso dizer-vos que esta fotografia foi tirada no dia 24 de Dezembro. E a água não estava assim tão fria… até porque terminei este treino de 15 km a 4:20min/km. E quando é assim… tudo sabe bem!

 

Estes são os sítios onde costumo correr!

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Muffins de chocolate negro e banana – uma “gordice” saudável

Sempre gostei de sobremesas, como muffins de chocolate negro e banana. Quantas são as vezes em que vou a um restaurante e a primeira coisa que faço quando abro a ementa é começar pelo ver logo o que está no final. Admito que por vezes controlo-me nas entradas e no prato principal só para me poder desforrar na sobremesa.

Então e quais é que são aquelas coisas que eu amo mesmo de paixão? Gelados com bolacha, chessecakes e quente e frio (adoro todas as sobremesas que tenham este contraste).

Mas quem me conhece, e quem me segue há algum tempo, sabe que não sou mulher de consumir açúcar só porque sim. Aliás, para mim, o bom açúcar é aquele que está naturalmente presente nos alimentos, e não aquele que adicionamos. Nunca fui habituada a comer muitos açúcares refinados (que são os piores, os que viciam e não acrescentam nada, aliás, só acrescentam gordurinhas aqui e ali). O meu paladar é simples e modesto — basta-me uma tâmara, uma banana madura, uma manteiga de frutos secos ou um fio de geleia de agave e eu já fico feliz. Aliás, é importante que toda a gente perceba isto: o paladar é algo que se trabalha. Mesmo aqueles que dizem que não conseguem beber café ou chá sem açúcar, que não conseguem comer nada sem sal, só precisam de ter consciência de que isso acontece porque habituaram o paladar a isso. Mas da mesma forma que o habituaram a excesso de sal ou açúcar, podem habituá-lo a alimentos com menos sal e menos açúcar, e vão ver que em pouco tempo tudo vos vai saber igualmente bem, mas os alimentos que consomem serão muito mais saudáveis.

Com o açúcar em tento não exagerar. Por vezes, não me consigo conter e como mais do que devia, sobretudo em dias em que também abusei do exercício e sinto que mereço essa recompensa. Mas atenção, que mesmo sendo comidas do bem, quando ingeridas em excesso, podem engordar. Mas maaaalta!, a ter que ter gorduras a mais… que sejam do BEM. Ai…

Serve esta introdução para vos dizer que todos os dias tenho de ter um mimo bem docinho. Às vezes é o corpo que o pede, uma necessidade fisiológica, noutras simplesmente é o coração que quer.

Mas porque não posso estar sempre a comer sobremesas altamente calóricas, apesar de serem boas a nível nutricional, convém ter alguns truques. Agora, por exemplo, que estou a preparar-me para a Maratona de Berlim, tenho sempre imenso apetite. E vocês dizem “com o que tu corres, podes comer tudo”. E eu respondo: “Não!”. Não posso comer tudo quando quero ter resultados, quando quero atingir a minha melhor performance, e ter um corpo para o esforço que eu lhe exijo. Quero comer bem, mas continuar leve e ágil para correr com prazer. Para isso, não posso estar a consumir mais do que aquilo que gasto. Mesmo que gaste muito. É assim que eu me sinto bem, e isso é sempre o mais importante. Este é o meu jeito. Cada um terá o seu. 

Apesar de não ter gordices em casa (não as posso ter, senão como-as, vocês sabem o que isso é), procuro ter ingredientes que me permitam criar receitas simples e rápidas para “matar o bicho do doce”. 

Esta é uma delas: muffins de chocolate negro e banana!

Como descobri esta receita

Simples. Foi-me dada pelo Luís, o meu amigo e PT do Efit, do Parque das Nações. Um dia, depois do treino, ele levou estes muffins deliciosos para o estúdio e eu adorei-os. Ele gosta de fazer estas coisas em casa – já provei as panquecas, os waffles, os gelados, e desta vez, ele levou esta delicia que tanto podemos comoer como lanche ou como sobremesa. Gostei tanto que comecei a fazer em casa.

Estão a ver aquele momento em que acabam de jantar, se sentam no sofá, não têm grande fome mas vai começar a vossa série preferida e querem “ratar” qualquer coisa sem culpa? Pronto! Sinto isso vezes sem conta. É nestas alturas que mando abaixo um destes muffins, que costumo acompanhar com uma infusão. É tão confortável sentir que estamos aconchegados e que não pecamos. Até vamos para a cama mais felizes.

Vejam bem esta receita e experimentem em casa. Depois digam-me se o Luís  é ou não é incríBel. 

Receita

Muffins de chocolate negro e banana


Ingredientes

  • 1 Banana; 
  • 2 colheres de sopa de Farinha de Aveia; 
  • 2 ovos;
  • 2 colheres de sopa de coco ralado;
  • 1 colher de chá de fermento (opcional);
  • 1 colher de chá de essência de baunilha (opcional);
  • 2 quadrados de chocolate negro sem açúcar.

Método

  1. Juntar todos os ingredientes secos.
  2. Esmagar a banana com a ajuda de um garfo e picar/partir o chocolate negro.
  3. Juntar todos os ingredientes e envolver bem.
  4. Untar 6 formas com óleo de coco, dividir a massa e pôr no forno durante 20 minutos a 180 graus.

 

Agradecimento ao Luís do E-FIT, que ensinou a receita.

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Um vestido para as 4 Estações

 


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Este nunca sai de lá. Na verdade, ele não é quente, mas cabe tudo dentro deste vestido. É todo “soltinho” e quando corre uma aragem fresca eu visto uma camisola bem justinha e, de repente, transforma-se num look de outono ou de verão – para noites frias. 

Mantenho a minha linha… a mesma cor em diferentes tons. Nesta fase é só o que me apetece. Aprecio bastante o pormenor das minhas sapatilhas… ali atrás, sentem? Aquele Rosa mais escuro que quase parece a cor da beringela dá, a meu ver, o sainete que faz a diferença. É por isso que eu adoro a Freakloset: menos é mais, e sempre com conforto. 

Fiz uma trança! Gostam? Eu gostei. Pelo menos, sinto-me!! Entendem? E só isso importa – estarmos plenamente bem com aquilo que temos!

NOTA: Espreita este ARTIGO, ainda a respeito deste lindo vestido. Já lá vai algum tempo… mas é para verem como ele dá para várias ocasiões. É daqueles vestidos dos quais nunca me canso, por poder usá-los de diferentes formas!

 

Ténis Freakloset + produção e fotografia de Joana Lemos

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

A Maratona de Boston de 2018: a força da mente

Acho que todos os heróis que correram estes 42.195m pensaram desta forma. Mesmo os corredores mais competitivos, que correm para bater recordes e para melhorarem as suas marcas, certamente acordaram na madrugada de 16 de Abril (sim porque, para o tiro de partida acontecer às 10h00, envolve uma logística que, no meu caso, me fez acordar às 4 da manhã) pensaram duas vezes na sua estratégia de prova: não ter, simplesmente. E tudo porque esta foi a Maratona com a piores condições climáticas na história da Maratona de Boston.

  • Temperatura de -1ºC
  • Sensação termica de -4ºC
  • Chuva forte
  • Vento de frente

…ao longo de TODO o percurso, num constante sobe e desce. Com este cenário, o meu objetivo era simplesmente terminar… chegar ao fim da linha e colocar ao peito a minha primeira medalha das Six Major* (*são 6 as maratonas que fazem parte da World Marathon Major, e Boston é uma delas. Ainda tenho Tóquio, Berlim, Londres, Chicago e Nova Iorque à minha espera… mas muita calma nessa hora. Uma de cada vez, e cada uma tem de ser vivida com a intensidade que merece. Eu tenho tempo…só preciso de saúde, certo?!).

Era só isto que me movia. Foi apenas este o meu foco durante as 3h33… bem sei que valeu pela superação, por ter sido uma prova de sobrevivência e de muita força mental…mas a verdade é esta: eu não desfrutei, eu não sorri (do jeito que a corrida merece), muito menos senti o prazer de correr uma Maratona. Não chegou o fantástico calor humano dos apoiantes, da mesma forma que não chegou o carinho e dedicação dos voluntários da prova. Ou se calhar foram mesmo eles que me ajudaram, também, a chegar ao fim… e o meu foco, claro. O tal lado raçudo que herdei da minha família paterna – aquela teimosia do bem que te leva até onde tu acreditas que consegues…

 Okaaaaayyyyy! Faz sentido…

Mas agora penso: é só por isto que eu corro? Para me superar e para dizer que cheguei ao fim com um medalhão? Nem pensar! Eu tenho de curtir pessoal! Eu tenho de sentir a DOR PRAZEROSA, a ADRENALINA em ALTA e o CORAÇÃO a chorar de alegria e entusiasmo… porque é isto que move a minha vida pessoal e profissional. Não sei se me consigo explicar… é a tal “cena” de viver o momento enquanto corro e não estar constantemente projetada no objetivo final. No fundo, é sentir o apoio, lembrar-me dos rostos de quem sorriu para mim, de quem me deu um “give me 5”, lembrar-me das localidades por onde passei, conseguir bailar com o “ombrinho”, suavemente, quando passas pela banda que está a tocar para ti, conseguires ler alguns cartazes com frases que te motivam e emocionam… é conseguires correr sem teres a chuva INTENSA a tapar-te a visão e o vento a travar-te os movimentos (e olhem que o meu core estava fortíssimo e tinha nas pernas alguns treinos de escadas e de serra)…

Eu não tive nada disso! Eu corri a pensar no Km em que ia começar a sentir os meus pés, a pensar no frio horroroso e implacável que sentia nas mãos (mesmo com luvas) e como seria o momento em que tinha que tirar um gel da minha flipbelt para me alimentar. Não dava para “sacar” do gel… as minhas mãos não tinham sensibilidade! E o meu corpo não tolera o frio…

Tive momentos que me apetecia parar de correr. Não porque estivesse fraca, não porque não estivesse preparada… simplesmente porque estava triste por correr naquelas condições. Foi tão dura a minha preparação – por causa da minha lesão e do pouco tempo de treino – e no final não tive prazer absolutamente nenhum. Foi por isso que chorei descontroladamente ao cortar a meta!! Recebi um abraço caloroso de uma corredora e retribuí com uma beijoca repenicada. Ela falou comigo e sei que disse coisas lindas, até porque senti naquele momento… mas já não me … eu estava cega e já só queria a minha medalha!! Foi ela que me valeu. E foi só mesmo quando a vi que, aí sim, eu explodi de alegria e senti-me a mais incríBel Maratonista do Mundo… e arredores.

NOTA: Avançando um pouco no tempo, dia 28 de Abril, fiz a minha segunda corrida depois da Maratona de Boston. Fomos todos: Rui Catalão, Rui Ascensão, João Catalão, Catarina Coito, Carla Ferreira e Fernanda Prim – foi tão bom! Vejam só, foi aquele dia apenas para, juntos, tirarmos a tão aguardada fotografia com a t-shirt e a medalha da Maratona. No dia da prova era impossível, não só pelo mau tempo e por chegarmos a horas distintas, mas também porque aqui a vossa amiga, mal cortou a meta, estava a “rapar” tanto frio que entrou em hipotermia… mas já lá vamos. Durante os nosso 10 prazerosos quilómetros a revivermos, novamente, a nossa aventura em Boston, dizia-me o Rui Catalão:

“Sabes, eu vivi alguns anos em Amesterdão e todas as preparações das minhas Maratonas foram em condições semelhantes ao tempo que apanhamos em Boston. Por essa razão, eu não sofri da mesmo forma que tu sofreste. Eu consegui, apesar das adversidades, curtir a prova e manter-me sempre muito positivo”

Isto para vos dizer que, a minha experiência certamente é diferente de tantos outros corredores. Lido melhor com o calor do que com o frio. O Rui é exatamente o contrário (dou o exemplo da minha Maratona de Roma. Nesse dia estava muito calor e para mim, ao contrário dele, nem sequer foi um problema). Resumindo e baralhando: é esta a magia das Maratonas. Nenhuma é igual à outra e mesmo que sejam iguais, cada corredor é único e terá sempre uma historia diferente para contar. 

 

Malta… isto foi só uma introdução! Vou continuar….

1º: Porquê chegar a 11 de ABRIL ?

Este foi o nosso dia de chegada a Boston! É a primeira Maratona fora da Europa, neste caso, nos Estados Unidos e a diferença horária é de 5 horas, logo, tivemos o cuidado de chegar com algum tempo de antecedência para o corpo se habituar ao clima, ao fuso horário e à própria dinâmica da cidade. Acreditem que tudo conta para estares na melhor forma possível no dia da prova. 

Estávamos todos tão felizes neste dia! Não fui só eu com uma lesão. Posso dizer-vos que o Rui Catalão lesionou-se a meio da preparação e desde o início de Março que praticamente não corria; o Rui Geraldes passou pelo mesmo duas semanas antes e a Catarina, esse furacão de mulher, tinha apenas como treino longo, por exemplo, uns modestos 12 kms. Cada caso é um caso e, na verdade, todos nós já temos, pelo menos, duas maratonas concluídas, o que nos permite ter um melhor conhecimento e consciência das capacidades e limites do nosso corpo. Temos memória muscular e sabemos o que podemos encontrar depois do km 30 e isso, de certa forma também nos dá alguma confiança. Para além do mais, esta é a Maratona que qualquer corredor deseja. Ela é a mais famosa e tradicional corrida de longa distância realizada em todo o MUNDO. É a segunda mais antiga (a primeira Maratona foi realizada em Atenas) e acontece sempre no Dia do Patriota. Alguns dos maiores corredores da história já marcaram presença aqui, como a nossa poderosa ROSA MOTA! Para além disso, para participar nesta prova, o atleta tem de se qualificar e ter o tempo exigido para a sua faixa etária.

Agora pensem: feliz por ter sido a seleccionada e a dobrar porque levo comigo a minha família das corridas! Não aguento! É bom demais para ser verdade! É uma viagem única e merece todo o respeito e dedicação. Desde Outubro que sabíamos do nosso apuramento (e agora assim de repente senti-me uma super atleta de elite com o que acabei de escrever), por essa razão, não correr em Boston não podia acontecer!! E fomos. E corremos. E todos temos a medalha. Oh yeeaaahh!!! 

“We are Boston Strong”

Estão a ver? Também “curti”!!! Foi uma experiência arrebatadora que vou guardar no meu coração para sempre. Mas… serve este BLOG para desabafar, certo?… e a pessoa tem de deitar tudo cá para fora. Já passaram 4 semanas e eu ainda tenho tudo tão vivo na minha cabeça…

Agora de repente lembrei-me do momento em que estava, depois do final da prova, à espera da minha mochila com a muda de roupa… ao vento e à chuva e cheia de frio, pedi ao homem que estava ao meu lado para me abraçar. Chorava de frio e chorava muito porque sentia dor. E dizia – “Abraça-me por favor. Não aguento o frio!!!”. Eu tremia tanto que o senhor não teve coragem de ficar indiferente. Pelo contrário… foi um querido! Isso… eu disse “senhor”: infelizmente podia ser meu pai! Imaginem que era um pito descomunal e acontecia ali “amor à primeira vista”?! Seria incríBel. Ficava logo em brasa!! Só que não… dali, quem me aqueceu foram os cobertores a vapor, na tenda dos cuidados médicos. É porque não tinha de ser… ’né?

2º: semana do tapering 

As semanas de tapering são sempre as duas últimas antes da Maratona. E, nesta fase, o teu treino já esta feito. A partir daqui é reduzir a carga e ritmo para potenciar o teu desempenho no dia da Maratona. Reduzir o número de treinos, sim, e quanto a estes, devem ser curtos e intensos para o corpo não adormecer.

E não duvidem, se estiverem lesionados (muitas vezes estes azares acontecem a dias da prova) não se preocupem: mais importante do que treinar é descansar, dormir e comer, porém, este último ponto, tem de ser sempre na dose certa. Se o teu organismo não está a queimar tanto, não precisas de comer mais pensando já no dia da prova. Não concordo com o “enfardanço”, com a desculpa de que “precisas de acumular energia para o dia da prova”. Calma! Precisas de sentir que tens um touro para soltar e não um elefante, certo? Convém não engordar nesta fase – basta 1 kg a mais para eu sentir logo no rendimento. Comer bons hidratos, legumes, proteína, mas evitar tudo o que sejam lambarices com açúcares refinados, gorduras, refrigerantes, etc. Falo por mim! Se vem o desconsolo, mando abaixo o meu delicioso chocolate da Iswari ou o meu salame de noz e cacau (a receita está no meu segundo livro – A Comida que me faz Brilhar).

A grupeta ficou toda na mesma casa. Alugámos um Airbnb a cerca de 40 minutos do centro e foi nessa zona que fizemos os nosso 3 treinos. Treinamos quinta-feira, sábado e domingo. E só no último é que percebemos o temporal que íamos apanhar na manhã de 16 de Abril…

 

QUINTA-FEIRA: Um dia de sol e calor. Corremos 50 minutos a um ritmo muito confortável. Esta era as traseiras da nossa linda casa.

SÁBADO: Um dia de sol. Mais frio. Corremos 30 minutos + 5×100 metros.

Este treino soube mesmo bem. E aqui sublinho a importância das rectas para ativar o organismo. Até às duas últimas semanas o nosso corpo está habituado a treinos de alta intensidade. De repente, reduzes em 70% a tua carga e intensidade. Se juntares uma viagem com um fuso horário de 5 horas, é normal que o teu corpo esteja “baralhado” e precise de um “empurrão” para despertar. Foi isso que fizemos. Eu e o João gostámos tanto que quisemos repetir a dose no domingo. Os Ruis preferiram descansar e porque, na verdade não sentiram essa necessidade. Escutar os sinais do corpo é fundamental. Temos ritmos e energias diferentes, logo, os treinos não devem ser todos iguais.

DOMINGO: Vejam bem a nossa roupa neste dia. Muito frio, sensação térmica de -2ºC e… NEVE!

 

Acho que nunca tinha corrido com neve. Foi a primeira vez e, confesso, como era um treino curto, de certa forma tornou-se prazeroso. Quando chegamos a casa, aí sim, ficamos apreensivos. Estava o Rui Catalão sentado na mesa a beber um chá e a analisar a meteorologia para o dia seguinte:

“Bom… se vocês acham que hoje estava frio preparem-se porque amanhã vai estar muito pior: não vai nevar, é certo. Mas contem com chuva intensa, vento forte e temperaturas negativas.”

O Rui também ia correr e, apesar de ter vindo de uma lesão, tinha uma “ligeira” vantagem: está habituado a correr com muito frio (as tais memórias das preparações no inverno rigoroso da Holanda). Quem manda viver num Portugal maravilhoso? A malta não está habituada! E foi a partir daqui que comecei a ficar preocupada… pela simples razão de perceber que talvez não conseguisse desfrutar da prova do jeito que eu idealizei…

Todos temos um ponto fraco, e o meu é não saber lidar com o frio. Lembram-se da minha Meia Maratona de Paris há dois anos? Essa foi outra bastante desafiante para mim. Não tanto pelo percurso, mas sobretudo pelas baixas temperaturas. Eu que adoro sensualizar de top e calção, nesse dia, minha gente, eu corri de calça preta, longsleeve azul, luvas e fita na cabeça, a tapar as orelhas.

 

 

6 de Março de 2016 – Meia Maratona de Paris. 

Para que saibam… tirando os últimos dois quilómetros da Maratona de Boston, nunca na vida tinha corrido com tão pouco estilinho. E explico-vos porquê.

3º: OutFit da Maratona

Sabia que ia estar frio no dia da prova, mas nunca ao ponto de quebrar a tradição do meu outfit de maratonista:

  • Top
  • Calção preto justo, com aquele comprimento médio sem dar a mínima hipótese do calção subir e dar ênfase à coxa. É que se for muito curto, eu que tenho uma coxa bem torneada e consistente, não fica elegante porque, por vezes, o interior das minhas coxas roçam uma na outra e faz ferida. Soltei agora uma gargalhada com este desabafo, mas certamente que alguns de vós estão a concordar comigo. Isto só não me acontece quando não tenho retenção de líquidos.
  • Flipbelt para guardar os meus 5 géis
  • Peúga de runner mas aquela curtinha, sabem?
  • Sapatilha para “buuuuaaarrr”

Na verdade, tudo isto é verdade. Mas para esta Maratona, o meu kit não está completo. Decidi, 30 minutos antes de sair de casa, que afinal ia levar uma longsleeve, um gorro e um buff. E não ficamos por aqui!! Mas já lá vamos. 

Eram 22h30 quando me fui deitar e ja tinha deixado tudo pronto. Ao lado da minha cama tinha tudo o que precisava para correr a Maratona. Mais, até já tinha colocado no top o meu dorsal – 9557. Porém, não estava 100% confiante quanto à roupa. E isso estava a tirar-me algum entusiasmo. Não suporto ter frio e sabia, pela experiência na Meia de Paris, que esse sacana podia prejudicar-me no que toca ao meu entusiasmo ao longo da prova. Malta!!! Não é à toa que o parto da D. Lola durou 15 horas – “Bélinha, tu estavas no quentinho e não querias sair”. Pois não! Mas saí… a ferros. Saí e aqui estou eu. Sou super friorenta! Um dia destes mostro-vos os cobertores da minha cama nos meses de Verão. Lembrem-me para partilhar…

Adiante!…

Acabei por adormecer. E dormi profundamente. Por acaso, ao contrário de muitos corredores, eu durmo sempre bem na véspera da Maratona. Durmo tão bem que, quando o despertador toca eu, por momentos, penso em continuar ali, de pestana fechada mais 5 minutinhos (tenho sempre essa opção no despertador… ele toca, mas eu sei que posso estar na ronha mais um pouco… daí a nada toca de novo). 4h00 da manhã. Tudo a acordar! Despertei bem, a sentir-me confiante. Fui à casa de banho e fiz logo o número 2. Check!! Bom sinal. Sinal de que me alimentei bem na véspera (já vos mostro o meu jantar pré-maratona) e que comi na dose certa. Equipei-me, preparei o pequeno-almoço para levar comigo, vesti o fato de treino… e sentei-me à espera do resto do grupo. Entretanto diz o Rui Catalão:

“Ora…vai estar o pior tempo de sempre alguma vez visto nos últimos 30 anos da história da Maratona de Boston”, estou a ver na meteorologia.

Táaaaa beeeimmmmm! Mau tempo já eu apanhei tantas vezes e, interessa saber, nas provas o calor humano e a dose extra de entusiasmo também aquece. Verdade!

“Sensação térmica de -4ºC!” – diz o Rui Catalão

“Eu já decidi… vou levar uma camisola” – diz o Rui Geraldes

“Eu vou levar duas camisolas” – diz a Catarina Coito

Então e eu? Vou de TOP, simplesmente?! Comecei a ficar ainda mais assustada. Pior! Stressada! Nervosa! Indecisa! Porém, nunca insegura! Apesar das minhas dúvidas, e acreditem que muitas das vezes são imensas, há sempre uma certeza: quando não estou segura quanto a algo, não arrisco. E portanto, acabei por decidir levar uma longsleeve que, ainda por cima, só tinha feito um treino comigo, há bem pouco tempo, de 50 minutos. Nunca levar roupa nova para a Maratona. Levar sempre aquela à qual estas mais habituado a fazer longos. Quebrei esta regra. E quebrei porque, mesmo sendo verdade, nós é que criamos as nossas próprias regras e só nós conhecemos o nosso corpo melhor do que ninguém. Se desistisse da prova por hipotermia, eu nunca me iria perdoar. Nunca perdoaria o meu descuido e o pouco respeito que tive pela mãe Natureza. Vesti a camisola, coloquei o dorsal na frente e vamos embora!! Verdade seja dita – o meu sexto sentido nunca me deixou ficar mal. E bendita seja hora em que coloquei no saco, à ultima hora, o buff e as luvas. Foi o que me valeu.

Depois da maratona, quando fui tomar banho, só senti uma assadura e foi na coxa direita. De resto, impecável! Minha rica longsleeve, minha rica Asics que nunca brinca em serviço. Era, literalmente, uma segunda pele. Moldava-se ao corpo e, apesar da chuva, não “pesava” no meu corpo. Corri sempre “solta” em moBimentos aerodinâmicos! Mas a sofreeeeeer! Agora rio… só para não chorar!

Valeu o Buff do trilho dos Açores que fiz há 3 anos. Valeu o gorro…mas entendem o estilinho Imaginem esta fotografia sem o aparato que eu tinha na cabeça? É que eu aqui, até estava a mostrar os dentinhos… eu pareço uma ninja! Só me falta “sacar” da espada e cantar o genérico das Tartarugas!

 

4º: Chegada a Hopkinton – Ponto de Partida

Apanhámos o autocarro das 6h00 da manhã, no centro de Boston, rumo à localidade de Hopkinton. Não passávamos despercebidos! Todos tínhamos um impermeável cor-de-rosa que comprámos nos chineses, ainda em Portugal. E faz todo o sentido ser de uma cor a dar sainete. No meio de tantos atletas, se nos perdêssemos, sabíamos sempre onde estávamos. 

 

Quase uma hora de viagem. Acabei por adormecer… e amolecer. Foi bom aquele momento. Mas depois foi terrível chegar, abrir a pestana, meter o pé na rua e realizar aquilo que me esperava – eu vou correr uma Maratona neste cenário “de guerra”! Estava taaaaanto frio, chovia taaaanto e eu estava tão agasalhada! Só imaginava o momento em que tinha de me despir… mas aguenta coração, porque ainda é cedo. Eu só arrancava às 10h25 e o meu relógio ainda não tinha chegado às 8h00.

Há imagens que valem mais do que mil palavras – vejam o tal “cenário” de que vos falo. Estávamos dentro destas tendas, rodeados por lama, à espera da nossa partida. O que vale é que chegou a hora do pequeno-almoço e serve este aconchego para motivar… assim como, e considerem este ponto muito válido para mim, casas de banho sem fim. Não há filas… UAU! Excelente organização. É mesmo chegar, fazer e vencer! 

 

O meu pequeno-almoço

Bom, devo dizer-vos que foi insuficiente! E tudo por causa do tempo. Nunca, em tempo algum, tinha corrido naquelas condições, por essa razão, não tinha a real noção do meu desgaste. Foi tudo tão difícil que, acredito claramente, se tivesse mais reservas de energia teria sido, não mais fácil, mas talvez menos difícil. Valeram os géis da CLIFF dados pelos voluntários… porque os meus estavam na flipbelt “congelados”… e ali ficaram, até chegar a casa. 

Comi, como sempre, duas horas e meia antes:

  • No meu tupperware tinha papas de arroz integral com feijão Azuki + Banana + 1 colher de Despertar de Buda + Canela + Limão

Este é o meu pré-treino ideal para longos e provas. Claro que, 45 minutos antes, ainda como uma banana e, logo a seguir ao pequeno-almoço tomo sempre um café e 2 a 3 quadrados de chocolate (neste dia levei o de menta e chocolate da Iswari – podem comprar no site e usem o meu código ISILVA para ter um descontinho, é sempre uma ajuda). Conseguimos tomar um café porque, nas três tendas dos atletas tínhamos à nossa disposição café, mas também:

  • Chá
  • Bagel
  • Barras
  • Géis
  • Pão

Ali ninguém passava fome. Excelente organização e, sobretudo, torno a realçar a simpatia e o olhar carinhoso de todos os voluntários. Ali, minha gente, nós somos uns heróis. Basta estares ali… se ali estás, é por mérito teu. Vales pelo teu esforço e os americanos reconhecem isso. Por outro lado, convinha ter espírito positivo e motivar a malta… é que o cenário era negro. Tudo isto para também vos dizer que, idealmente, antes de ter saído de casa, deveria ter tomado outro pequeno-almoço. Aí sim, teria sido melhor. Mas eu não tinha noção… eu não tinha noção daquilo que me esperava….

A minha roupa do aconchego

Serve este ponto para vos dizer que, desde que deixámos a nossa mochila na chegada, ainda em Boston, só estávamos autorizados a levar para a partida o nosso pequeno-almoço assim como a roupa que tínhamos no corpo. Fomos todos muito agasalhados para não passarmos frio enquanto esperávamos pelo início da prova. Eu levei umas calças de fato de treino, duas camisolas térmicas, uma casaco bem quente e ainda o sensual corta-vento cor-de-rosa. So não levei cobertor porque a malta disse que eu era exagerada! Mas afinal quem é que sabe?… por vezes até são eles. Acabei por não levar. Toda esta roupa seria entregue, posteriormente, a Associações que necessitassem de roupa. Por essa razão, nunca estaria a deitar nada fora. Tudo seria aproveitado. Ah! Também levei um “tenuxo”… supostamente para não molhar os ténis da maratona até começar a prova. Na verdade, não adiantou muito… quando a prova teve início, eu já estava um pinguim. E bastou sair da tenda dos atletas. Uma coisa boa no meio de tudo isto: fiz o “serviço” três vezes. Limpinha para correr! Siga! Está na hora!

A partida

Não fomos todos aos mesmo tempo. Somos 30 mil atletas. Imaginem todos a arrancarem ao mesmo tempo? Não ia correr bem! Eu pertencia à WAVE2, Corral2! E fui sozinha! Fiquei tão triste! A pessoa é independente mas, neste tipo de situações, eu preciso sempre de partilhar, de sentir o companheirismo… a “cena” de “estamos todos juntos nisto”. Mas tudo bem… também são só 500 metros até à partida. E lá fui eu a “trote” que serviu logo de aquecimento. Quando cheguei, ainda não tinha aquecido. Estava gelada e, pior, não sentia os pés, já para não falar das mãos. E aqui esta a minha grande preocupação! Começar a correr já nestas condições e saber, garantidamente, que o mau tempo ia prolongar-se por toda a manhã, tirou-me todo o entusiasmo e só acrescentou algum medo e receio.

Durante os 5 minutos que estive parada à espera da “largada” pensei em tudo isto. Confesso que estava triste e até um pouco frágil. Mas também depois pensei… “E ENTÃO? Vais fazer o quê? Desistir nunca estará nos teus planos, portanto, vamos indo e vamos vendo. Não deixa de ser A INCRÍBEL Maratona de Boston. E se isto fosse fácil, tu não estarias aqui. Começa lá a contar a tua história e falamos do resto daqui a 3h… e 33 minutos”.

Durante

Hopkinton – Ashland – Framingham – Natick – Wellesley – Newton – Brookline – Boston

Foram estas as localidades por onde passei. Sempre em frente, mas a subir e a descer, principalmente entre o Km 25 e o Km 33 – aqui levas com 4 colinas duras que culminam com a “Heartbreak Hill”, com 600 metros de subida neste último Km. E interessa saber que, nesta fase, muitos dos atletas já estão cansados e por essa razão, aqui vi muita gente a “bater no muro”. Eu, inclusive. Mas acreditem – não tanto pelo percurso, mas principalmente pelo vento de frente, o sacana que nunca abrandou. Era uma dificuldade a dobrar. Nesta fase, recordo-me que dei a mão a duas mulheres que estavam claramente no seu limite. E tomei esta atitude porque gostava que fizessem o mesmo comigo. Correr é superação, é ir na bolina, mas também é uma jornada que, apesar de ires por ti, os “outros” também te movem e também te fazem correr…mesmo quando achas que não consegues. Não sei se terminaram, mas apesar do meu “empurrão”, acabaram por parar no Km33. 

Depois há coisas que não entendo, honestamente. A pessoa vai para ajudar, nomeadamente com águas e bebida energética, e uma delas por exemplo, daí a 30 segundos começa a acelerar… na subida! E lá passou por mim… ”Ela não está bem”, pensei! E não estava… acabei por passar novamente por ela… mas dei outro “empurrão”, a ver se ela se juntava a mim e, assim, se fôssemos juntas, sempre era mais fácil. “Tá beeeeimmmmm!!!!” Então não é que a moça tenta novamente arrancar na “bolina”? E assim foi…durante cerca de 10 segundos… A minha pergunta é: para quê? É que ainda faltavam 8 km… Ainda sorri para ela… e ela nem olhou para mim! Tentei!! Não posso correr pelos outros! Depende de nós querer ou não chegar ao fim! E eu queria taaaaanto! Sabia que, se passasse o Km 33, ia conseguir… nem que fosse “de gatas”.

Andei sempre nisto, infelizmente! Não a “curtir” a prova – o percurso, o apoio, a música (se bem que até essa parte ficou aquém, pelo mau tempo) – mas a pensar na melhor forma de sobreviver com alguma qualidade, a esta Maratona! Tive muito frio e nem me atrevi a tirar o buff e o gorro (só mesmo nos últimos dois quilómetros porque sabia que, garantidamente, alguém ia tirar uma grande “chapa” e aí sim, eu queria estar linda e maravilhosa… é nisto que a pessoa pensa, também), muito menos as luvas. Pensava apenas no momento e não na meta porque isso, claramente, ia gerar ansiedade. Pensava por etapas:

  • Só quero chegar à Meia…
  • Agora vou até aos 25… vou tentar ultrapassar as colinas
  • Se passar o 33, ja fiz o mais díficil
  • Agora não posso desistir
  • Calma que está quase, mas não fiques ansiosa…ainda te faltam 2 quilómetros

NOTA: Aqui gosto sempre de pensar de outra forma – “vá… ainda tens 2 quilómetros para curtir. Lembra-te que já fizeste séries de 2000m. É só mais uma série” – Pessoal! Ajuda imenso. Experimentem este pensamento! Sorriso nessa hora, Isabel! Olha ali a medalha a olhar para ti! És IncríBel!!

Chegada

Isso mesmo! É tão importante chegar com atitude e elogiarmos a nossa performance!! Não é à toa que, para os americanos, quem corre maratonas é um HERÓI! E aqui não interessa o ritmo, o tempo, a performance. Interessa ter a vontade e a coragem de correr 42.195m e conseguir! E chegar ao fim e colocar a medalha ao peito! Quem corre uma Maratona é, claramente, alguém com espírito de sacrifício, com foco, com determinação, com objetivos, com raça e com vontade de viver a vida fora da zona da conforto… porque é aí, como já disse várias vezes, que a vida começa.

É como fazer um treino de séries – só evoluis numa prova, só fazes um split negativo e terminas com power, se treinares picos de velocidade, se estimulares o teu corpo e o obrigares a sair da zona de conforto. Se o fizeres várias vezes, ele depois habitua-se a correr mais rápido, de forma natural. E depois é brutal perceber que o teu ritmo confortável é, se calhar,  o teu melhor ritmo nos últimos quilómetros de um treino progressivo. Entendem? É assim que a minha cabeça pensa! Por isso dou tanto valor aos treinos de preparação. A verdade é esta! Eu achei tudo tão difícil que, no Km 15, lembro-me perfeitamente deste pensamento – “Meu Deus, eu sou forte, e vou dar tudo, mas ajuda-me a ter forças para chegar ao fim”. Cheguei sem reservas. Cheguei e chorei. Mas cheguei a sentir-me uma grande mulher! Olhem só eu aqui com a medalha – de sorriso congelado, honesto, feliz e rasgado?!

 

Fui andando… andando… à procura da minha mochila. Estava numa tenda bem lá ao fundo…mas eu não via lá muito bem. Estava a chover descontroladamente e o vento teimava em fintar-me. Estava a ficar irritada com ele, confesso. Porém continuei… Tive de esperar pela minha mochila – parada. Parada, a arrefecer. Parada, a tremer. Parada e a entrar em pânico com o frio que se tornava implacável. Não chegou o abraço do tal senhor. Lá fui eu para os cuidados médicos. Sentaram-me numa cadeira de rodas e, durante 200 metros, sentia-me na bolina! A cadeira de rodas andava bem… e o carinho e preocupação dos médicos também ajudaram. 

Eu lembro-me que só chorava!! E chorava e chorava!!

O frio estava a magoar-me, é certo… e a vontade de fazer o numero 1 também. Mas também estava a chorar de orgulho! E percebi isso porque senti que nunca na vida me agarrei tanto a uma medalha como naquele exato momento – estava na minha mão esquerda, junto ao meu peito – protegida para não entrar em hipotermia. Antes eu do que ela!!! O que seria perder a minha medalha! É MINHA E SÓ MINHA!!! Tem o melhor de mim! Entendem agora o meu sentimento? Claro que eu fiquei super feliz pela conquista… mas não havia necessidade… bastava não estar tanto frio. Se tivessem 2 graus já era bom!

Já levei com o batismo e continuo a  querer correr Maratonas para o resto da minha vida… mas agora sinto que preciso de uma curta pausa!!! Depois disto, eu agora já só quero correr sem relógio, a sentir o sol a bater e o calor a querer ficar. Anda Verão!!! Estou aqui, de braços abertos, para te receber!!  

Malta!! Quanto ao resto, está tudo nas minhas stories, em grande destaque no meu Instagram!! Aí sim, podem espreitar o meu pós-treino. Fiz tudo aquilo que mais estimo:

  • COMER com toda a vontade do MUNDO
  • Partilhar a minha aventura e escutar a dos meus colegas de corrida. 

E estes dois pontos, depois dos 42.195m são também as razões pelas quais eu quero sempre correr as longas distâncias. A fome é sempre de leão, e a partilha é a mais emotiva de todas! 

Ainda vivo a maratona! Ainda choro a maratona! Sou muito mais forte hoje, do que antes do dia 16 de Abril.

 

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Assim nasce a minha comida…

Tão verdade!… o sumo do meu copo e a comida da minha taça só brilham porque são fruto dos melhores legumes, da melhor fruta, da melhor leguminosa, dos melhores vegetais. E todos eles nascem nas “terras” que os querem bem. E aqui, a minha Quinta do Arneiro (também é minha, sim. Eles também são a minha família. Agora lembrei-me que podes espreitar o meu primeiro vídeo sobre a Quinta do Arneiro aqui) e os meus Biovivos (e já agora, espreita também o meu artigo sobre o meu Shot de Erva Trigo) fazem a diferença… na minha ENERGIA!!

Reparem só como a moça fica entusiasmada só de ver aqueles dois cabazes… É um dos meus passatempos preferidos da semana: receber e arrumar a “legumada do bem” no meu rico frigorífico. E esta é e será sempre uma das minhas prioridades: ter tempo para organizar e preparar as minhas refeições. Eu sou a mulher das marmitas, pessoal!!! Não sou Chef (o que seria… não sou dotada desse talento), nem mesmo Nutricionista… mas eu tenho de saber aquilo que estou a comer… porque vem “cá para dentro”. E nós somos, não duvidem, “de dentro para fora”. Pode parece uma frase estranha, mas eu acho que vocês entendem bem aquilo que eu estou a dizer.

Sentir-me saudável é o meu desejo constante e eterno. Simplesmente porque faz de mim a pessoa mais feliz do MUNDO! Se é verdade ou não, isso eu não sei. Mas o que interessa é SENTIR. E eu sinto-me a transbordar saúde. Ter saúde deve de ser a prioridade da nossa vida. Quando me fazem aquelas perguntas, do género: Qual o teu maior desejo? Como te vês daqui a 10 anos? Que projetos gostavas de abraçar em breve? Qual o teu principal objetivo para 2018?

Eu confesso que nunca sei responder assertivamente a este tipo de perguntas… Depende de tantos fatores… Mas há uma coisa que eu sei, e essa eu digo sempre. É um grande “cliché”, mas é a mais pura das verdades: “Haja saúde!! Só isso interessa para concretizar o que quer que seja. Com saúde, a gente aguenta com tudo… e fazemos tudo acontecer”.

Não concordam?? Podem mesmo responder nos comentários abaixo deste artigo. Vou ler tudo com atenção!! By the way… serve este vídeo IncríBel para também reforçar que… o meu LIVRO A Comida que me faz Brilhar está bom e recomenda-se!

Vídeo e Edição de Samuel Costa

Etiquetas: Eu, isabel

Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

O meu objetivo na EDP Meia Maratona de Lisboa

Ainda não tinha dado o tiro de partida desta Meia Maratona – estava já eu “em entusiasmos”, pronta para pôr o relógio a funcionar – e já me perguntavam: “Então Bélinha, hoje é para baixar da 1h30?”. É que não foram muitos. Nem foram poucos. Já dizia a outra, “foram bastáántes até”! E apesar de, neste momento, eu ter vontade de soltar uma gargalhada (lembrei-me agora desta série de apanhados), naquele momento, dadas as vezes que tantos me perguntaram, (com a melhor das intenções, atenção!) o mesmo, eu pensei:

Esta malta não tem noção! Desde quando é que uma pessoa tem de ir a provas só para bater recordes? Desde quando ir sempre na piriska, gáspea e bolina (tudo ao mesmo tempo) é benéfico para mim? Desde quando uma corrida de qualidade implica sempre “dar tudo”?

E depois há outra: então, eu fiz uma contusão na rótula que me obrigou a parar de correr durante cerca de 2 meses, chegou a comprometer a minha ida à Maratona de Boston (este sim é o meu grande objetivo, correr 42.195m no dia 16 de Abril), comecei a correr há cerca de 3 semanas (e com muita calma nessa hora) e esta malta pensa que eu venho aqui para correr a 4.12 min/km? Confesso que, naquele momento, foi isto que eu pensei. Em jeito de “enervada”. Desculpem, mas sou muito impulsiva nos meus pensamentos e sentimentos e, quando assim é, vem tudo cá para fora. Isto significa que eu claramente lancei alguns olhares “vai mas é correr e faz melhor” ou “leva tu o triciclo que eu vou na minha”. Pensei muita coisa, mas depois só disse (até porque já estava a correr em alguns momentos dos comentários): “Amigo!!! Eu vou em treino. Agora não quero falar”. Pronto. Fui curta e grossa, porém educada!

Eu faço a festa antes e depois. Quando estou a correr também celebro o atletismo, mas estou a CORRER e, por essa razão, quero honrar e enaltecer o ato da corrida. Apesar de sorrir e curtir, eu vou no foco pessoal! Mesmo!

Bom, mas tudo isto para partilhar o seguinte:

Durante os dois meses que estive sem correr, felizmente, não abdiquei de fazer aquilo que amo – treinar. Se tenho uma contusão na rótula, isso não significa que eu não consiga fazer outros tipos de desportos. Por essa razão nado, faço elíptica, treino funcional entre muitas outras coisas. Basta redireccionar o foco e gerir expectativas. Fiz muitas reflexões sobre a minha vida de atleta. Apesar da memória muscular, estar tanto tempo sem correr vai tirar-te resistência, velocidade e adormecer os teus músculos. Logo, quando retomares a corrida tens de o fazer de uma forma gradual e “guardar na gaveta” a performance que tinhas antes da lesão. 

Terminar a EDP Meia Maratona de Lisboa a uma ritmo de 4.30min/km, tendo em conta a minha lesão, o tempo de corrida e as condições climatéricas do dia, foi só memorável para mim. Já corri meias maratonas a 4.12min/km, mas acreditem que cortar a meta desta prova foi das sensações mais prazerosas de sempre (no que toca a corridas, claaaro). 

E tudo porque, nesta fase, eu preciso ficar CONFIANÇUDA!! Ou seja, acreditar que sou capaz, chutar as minhas mágoas para canto, pensar positivo e acreditar que sou uma “RunnerGirl” super forte!! Não estou a falar de insegurança. Longe disso! A “cena” é que eu tenho uma característica que me faz reflectir muito nos passos que dou na minha vida: chama-se CONSCIÊNCIA!! Eu tenho muita consciência do meu corpo e da “fase” em que ele se encontra. 

Eu não corro com dor de lesão. Só admito a dor “do coração”, do cansaço que sentes quando sais da zona de conforto. E essa, deixa comigo. É essa que, nesta fase, eu tenho sentido. Estou a ganhar forma pessoal!! E isso leva o seu tempo. Mas desde o dia 27 de Dezembro até finais de Fevereiro, não foi esta última dor que me assistiu. Eu não estava bem para correr e eu já não sabia se ia à Maratona de Boston!!

 

Pois… Boston!! A Maratona mais antiga de todas.

Candidatei-me o ano passado e consegui. YEAAHHHH!! E vou com os meus melhores amigos – João, Geraldes, Rui e Catarina (há mais, mas esses foram à Maratona de Barcelona). Comprei viagem, dorsal, estadia… TUDO! E agora, fruto de uma queda estúpida e aparatosa, já não vou. Isssooooo é que era bom!! Ai vou vou!!! Tenho é de curar este dói dói até lá! Posso ter dúvidas, mas vou manter o foco e o espírito positivo!

E, na verdade, mantive esse espírito porque confio naqueles que cuidam da minha lesão. Estou a falar-vos do apoio do João Catalão, que é o meu osteopata, o Ricardo Paulino, o meu fisioterapeuta, o Arnaldo, o meu médico de família e o Urbano, o meu rico massagista. Escuto com muita atenção tudo o que me dizem… e sigo à risca. Eles não me falham: são honestos e conscientes quanto à minha condição de atleta. 

Pah… todos diziam: “Tu vais a Boston buscar uma medalha”. E se são eles a dizerem isto, depois do final de cada tratamento, eu TENHO de acreditar! E acredito! Até porque há outro ponto fundamental – por mais que te digam o que fazer ou o que vai acontecer, TU é que tens de sentir. E na verdade, TU é que tens de saber. Tens de ser corajoso e dar-te “ao trabalho” de escutar o teu corpo, a tua razão e não apenas o coração. E de facto, eu lá no fundinho, também sinto que, mais do que grave, esta lesão é “só chata”. Torna-se grave porque pode comprometer a Maratona de Boston, neste caso, toda a sua preparação…

E não deixa de comprometer!!! Se antes da lesão eu pensei em manter ou melhorar o tempo à Maratona, AGORA não. Mantém-se o mais importante e aquilo que me move nas corridas: TER PRAZER E DESFRUTAR dos 42.195m. Porém, para manter os ritmos da Maratona de Sevilha, por exemplo, ou mesmo da Maratona do Porto (2017), eu tinha de ter ficado a 100% da lesão, mais cedo. Bem mais cedo. Só para terem uma noção, ainda hoje eu corro (sem dor), mas ainda não estou totalmente recuperada (ainda sinto incómodo a subir escadas e a fazer agachamentos, por exemplo. 

Resumindo, aquilo que eu quero é terminar com saúde. Com a sensação de quem se preparou para uma Maratona, para terminar com um sorriso nos lábios. E para isso, tenho de ser consciente: não penso em split negativo, não passo a vida a olhar para o meu ritmo quando estou a treinar, não projeto os meus treinos da semana nos treinos de outras preparações…simplesmente penso no presente, naquilo que sinto e deixo-me levar pelas “ordens” do corpo. 

Vou dar 2 exemplos desta semana

  • Quinta feira fiz séries mistas (1200 e 400). Em tempos fazia séries de 400 para 1’22’’ e séries de 1200 para 4’30”
  • Sexta feira corri 18km “sem ritmos”. O meu “sem ritmos” outrora, seria a 4.40. Hoje fiz média de 4:51 min/km. 

Sabem que mais? “Tá muito bom assim”. Quando estava privada da corrida, eu só desejava correr 10 minutos sem dor. Hoje eu sinto que consigo correr a Maratona. Aprendi a colocar os desafios/objetivos em perspectiva. Esta lesão ajudou-me a gerir melhor as minhas expectativas. É bom e vou continuar a ter focos ao longo da minha vida (grandes e pequenos), mas com a noção de que, no caminho que percorres, podem existir percalços. Podes tentar evitá-los (e deves), mas se algo de menos bom acontecer, tens de saber lidar com a situação. De oura forma vais-te afundar! Mas isso “não vai dar”. 

Okay… aceito a fase da revolta e do luto. Mas depois, a pessoa tem de refletir e ter ANDAMENTO, que a vida é só uma.

E por falar em “a vida é só uma”… também concluí o seguinte: maratonas há muitas, mas e joelhos? Só tenho dois e quero estimá-los. Vejo e conheço muito boa gente que sacrifica as suas lesões só porque não quer parar de correr. Não façam isso, pessoal! Mais vale parar para recuperar, o tempo necessário, do que ir insistindo/forçando numa lesão que, se calhar, até nem é grave, mas fruto do “não me conformo” pode tornar-se, no mínimo, crónica. E agora podia estar a falar-vos deste assunto até “amanhã de  manhã”, mas não vai acontecer. Estou focada no objetivo deste artigo.

Mas vá, deixo só aqui o meu pensamento quanto a este assunto da lesão: mais vale curar de vez. E não duvides que depois, voltas mais forte – física e mentalmente. E pensem noutra coisa: todos os grandes atletas lesionam-se. E olhem esses… que fazem do desporto vida. Entendem?! Muitos dos que estão a ler este artigo correm ou fazem desporto para “desanuviar, curtir, desfrutar, sentir” depois de um dia de trabalho ou para ganhar energia para o dia que aí vem. Certo?! Correr para sofrer, NÃO! Só aceito o sofrimento “prazeroso” de sair da zona de conforto. Esse siiiimmmmm!!! Amanhã, domingo, espero sentir isso no longo de 30 km que tenho a minha espera.

Siga.

 

Voltando ao início do artigo

tudo isto para vos dizer que o meu objetivo nesta Meia Maratona era perceber se conseguia correr os 21Km, sem dor, DURANTE e DEPOIS da corrida a uma ritmo desafiante mas confortável. Ir com cautela, até porque falta um mês para a Maratona de Boston, e com noção de que este foi o meu primeiro LONGO do plano de treinos.

Fruto da lesão, tive de o reajustar. Claro que o facto de eu sempre ter praticado desporto, de ter corrido 4 Maratonas e, mesmo lesionada, ter conseguido fazer treinos estimulantes (aliás, fui partilhando todos os dias os meus treinos com a Filipa (PT do SOLINCA) e com o Luís no EFIT – para além da alimentação e descanso que tanto estimo, as massagens do Urbano e as sessões de crioterapia na Kryo Clínics – foram pontos chave fulcrais para retomar com qualidade.

Mas não deixa de doer!!! Começar a correr depois de quase 2 meses parada é sentir que, afinal, eu tenho quadríceps e gémeos. Não é fácil. A minha sorte é eu AMAR CORRER. É o que me safa…

O meu objetivo era simples: manter um ritmo constante e confortável e, se nos últimos quilómetros sentisse confiança, acelerar ligeiramente. Porém, abortei logo essa ideia quando percebi o temporal que íamos apanhar. Aliás, eu e, penso, todos os corredores da prova. Para além de, excepcionalmente, a corrida ter início no EIXO NORTE-SUL, a partir do momento que viras no sentido de Belém, levas com o vento de frente durante cerca de 9km.

Mas calma! Não foi só o vento!

O VERDADEIRO TEMPORAL ali por volta do meu km18 – CHUVA, GRANIZO, VENTO, FRIO… ao mais alto nível. Valeu a atuação musical de uma cantora que estava no ÚNICO PALCO da prova (sorri tanto quando passei por ela. A música comove-me e move-me para a mais feliz direção. É tão importante este tipo de apoio que o meu desejo é, no próximo ano, termos mais bandas ao longo do percurso), valeu pelos sorrisos de quem nos entregava as águas nos postos de abastecimento, não valeu pelo apoio nas ruas (muito poucas pessoas a dar uma força extra. Os poucos eram praticamente estrangeiros. Bem sei que o tempo não estava famoso… mas fomos na mesma correr, “né”?!), e tinha de valer pela tua vontade de garra d’atleta. E quanto a este último ponto… CARAÇAS!!! Eu tenho isso tudo! 

Estava feliz! Porque via a meta, mas também me sentia a cortar a meta da Maratona de Boston. Sim… porque não falta um mês para correr a Maratona. Quando te preparas para ela, já estás a correr os 42.195m. O dia “D” é só o culminar daquele que é, para mim, um dos melhores desafios da vida.

 

Conheci, enquanto corria, a Amanda. Esta maravilhosa mulher da fotografia. É carioca e voou para Lisboa para correr a Meia Maratona. Claro que aproveitou mais uns dias para conhecer a cidade. Eu faço o mesmo. Adoro viajar para correr. É tão bom!! Cortas a meta, ganhas medalhas, conquistas confiança, conheces pessoas, culturas, costumes… e ganhas ainda mais vontade de fazer isto o resto da tua vida.

No final da prova, tinha a equipa do digital da EDP à minha espera para “dizer coisas ao MUNDO”. Pois, com certeza. Agarrei-me ao microfone e comecei a “debitar” as minhas sensações. E tinha de o fazer porque deixei o telemóvel em casa – e tudo porque não tínhamos transporte dos nossos pertences da partida para a chegada (gostava tanto que no próximo ano fosse diferente. Éramos todos mais felizes. Vamos acreditar). Continuando…

 A Amanda vê tudo aquilo e diz assim:

“Nossa!! O que é que é isso?? Quem é você? Todo o MUNDO gritando “FORÇA Bélinha”, durante o tempo que eu corri do seu lado. Você é conhecida?”

Sabem… na verdade, eu sei que sou uma figura pública. Mas eu também sei que todo o apoio que recebi ao longo do percurso não é só porque eu sou a Isabel da TV… é muito mais do que isso. Mas mesmo MUITO mais do que isso – é que eu ali sou apenas uma Runner Girl que estima o “peso do dorsal”, que respeita a estrada que está a pisar e que corre com a ALMA e o CORAÇÃO que qualquer atleta quer e deve ter. E isso eu não digo. Isso é para sentir!

Obrigada a todos que chamaram por mim durante a Meia Maratona.
A todos aqueles que sorriram para mim durante a Meia Maratona. 

Eu por vezes levantava o braço, mas isso é arriscado para mim (foi à custa de um “acenar” ao km32 na Maratona de Sevilha que eu ganhei uma dor de burro que me fez correr curvada durante 10 km… lembram-se? Desabafei tudo no artigo da Maratona de Sevilha), por essa razão estive sempre a sorrir. SEMPRE! Não tinha como não sorrir. Afinal de contas eu estava a correr…e a correr uma Meia Maratona… sem dor e de cabelos ao vento! 

OBRIGADA aos vencedores dos dorsais desta Meia Maratona. Não estive com todos, mas ainda abracei e dei dois dedos de conversa a 3 camaradas. Grata!!! Obrigada também a ti EDP… pela tua ENERGIA!!

Malta!!! Se tiverem fotografias minhas ou se, porventura, as encontrarem, enviem, please!!! Tenho poucos momentos registados desta meia maratona.

 

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Looks: o que veste o Caju

O Caju sempre foi vaidoso e tem os seus looks preferidos!

A verdade é esta: ele gosta verdadeiramente de andar de “kispo”. Mais, o Caju é vaidoso (eu já o topei) e adora ser elogiado. Não faço todos os dias, porém, todas as semanas gosto de o ver com um peitoral, um laço ou mesmo uma camisola super “cool”. Este casaco para a chuva é quente, mas o moço não se queixa. Sinto até que ele adora ser vestido porque fica sempre incriBelmente relaxado (esta semana faço um instastory para vocês se rirem). 

Fica-lhe bem este “kit”. Ele tem a cor de Caju e o contraste do amarelo com o castanho dá-lhe um brilho que poucos resistem. Sacana!! É mesmo giro!

Para dias caseiros

“Quelarooooooo!!” Ele não anda sempre nu cá por casa. Principalmente quando tem gente cá em casa. Saco do perfume e dou umas 4 borrifadelas no lindo pêlo do meu “babyyyyzzzz”!!! Ah!! Atenção!! Todos os dias, depois dos passeios, quando o Caju chega a casa, passo sempre toalhitas perfumadas pelo corpo do jeitoso e só depois é que vem o perfume! E toma banho uma vez por mês… ok?! Se bem que, agora que o inscrevi no CaoNosso, o Caju chega sempre a casa todo “transpirado”… topo logo que andou a correr longas distâncias… e ainda bem! Tem de ser o reflexo da Mãe. Por essa razão, tem levado banhos com mais regularidade.

Tudo isto para vos dizer que, depois de lavadinho, este é o look “pijameiro” mas em bom!!! É um género de polar/fato de treino, super confortável para estar por casa! Ele fica tão gostoso pessoal. Super meloso. E a pessoa não aguenta! Adorei tirar estas “chapas” com ele. Só tenho vontade de agarrar, apertar, olhar fixamente para ele, soltar uma gargalhada (para ele se atirar para cima de mim) e dizer: AI MEU DEUxXX!!!!! O Meu Cajuuuuuuzzzzz!!

Gostaram dos looks do Caju? Se sim, comentem e sugiram outros estilos que gostavam de ver por aqui. Não é certo que vá acontecer. Tudo depende do estado de espírito do moço. Ele é que manda neste segmento. É ele quem está no comando.

 

Roupas do Caju da Puppia, na Dogswish

PRODUÇÃO
MY PET PHOTOGRAPHY | BRUNO SEABRA PHOTOGRAPHY | MUA – PATRICIA MARQUES | 
DOG TRAINER – LUÍS CHARRUA

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Dogs’Wish

Pet shop

A Dogs’Wish nasceu em 2010 pela médica veterinária Catarina Luz. Depois de terminar a sua licenciatura, trabalhou em vários hospitais, tendo-se deparado com uma grande lacuna no que diz respeito à alimentação dos animais de companhia.

Foi então que idealizou um negócio que marcaria a diferença em Portugal, com uma cozinha dedicada à preparação de refeições para cães e gatos segundo a dieta BARF (Biologically Appropriate Raw Food).

Para complementar a sua cozinha, a Dogs’Wish tem uma pet shop com várias opções de alimentação natural, acessórios e produtos de higiene. Tem ainda um consultório veterinário com atendimento familiar e um gabinete de banhos e tosquias.

“Além de ser um espaço diferenciador por todos os serviços que disponibiliza, o que a torna diferenciadora é sobretudo o trato personalizado e cuidado que a Catarina e o Bruno têm com todos os animais. Aqui sentimos que podemos confiar…porque aqui eles sabem cuidar.” – Isabel Silva

O dia do lançamento do meu segundo livro

 

“Antes de tudo” é uma espécie de separador d’A Comida Que Me Faz Brilhar, para alertar todos os leitores de que, para mim, este livro só faz sentido se tomarem um shot de erva trigo antes de se deliciarem com as receitas do mesmo. É pela manhã, em jejum, que eu bebo o meu e só depois de passear o Caju é que penso no meu pequeno-almoço. Falo muito sobre este elixir mágico no meu livro… e quis falar também no dia do lançamento deste meu lindo projeto do bem. 

Falei com o João dos Biovivos e com o Duarte da YAO para tratarem do shots. E assim foi. Uma alegria!! Sugiro este tipo de shots nas próximas “disconaites” – aí sim é que vai ser rasgar o paninho!! So “estrica” para dançar! 

Olhem só estas fotografias. Nunca uma FNAC esteve tão verde numa apresentação! Só Biovivos na mesa! 

Caso queiras saber mais sobre estes super vegetais, espreita o artigo do meu blog aqui. E compra o meu querido livro, claro! Sinto que vais amar muito!

A Mónica e a Iara apresentaram o meu livro. Não surpreende, e ainda bem! Vocês já sabem, e bem, que o meu Conguito é pro no dom da palavra. Por sua vez, a Iara conhece o meu jeito de comer melhor que ninguém. Mais, são duas das minhas melhores amigas… e são giras e gostosas… e depois também gostam desta ideia de comer para NUTRIR e ENERGIZAR!

Eu disse que a Mónica era um conguito, pelas simples razões de que tem um tom de pele invejável (todo o ano), é fanática por chocolates e porque… é a mais doce amiga que eu tenho. Só para que entendam esta minha atribuição que é, claramente, um elogio.

O CAJU!!!! Então o moço tem um capítulo só dele: partilho convosco a comida do Caju, receitas do Caju (desde pequenos-almoços, snacks, almoços e sobremesas), amigos do Caju, e ele não está presente no lançamento do livro que também é dele? O QUE SERIA!!! Infelizmente, o Centro Comercial Colombo não permite a entrada do Caju. Ainda tentei. Acreditem. Mas não consegui. Fui, então, à procura do plano B. 

E se o Caju pudesse autografar o livro dele? Como? 

  • Tiro uma fotografia da pata do Caju e mando fazer um carimbo da pata com o respeito nome. 

INCRÍBEL IDEIA!!!! ehehehehehe… Não acham? Foi o João Catalão que deixou essa sugestão no ar. Eu agarrei-a e tratei do assunto.

Vocês nem imaginam a alegria de todos os que vieram ter comigo, no final da apresentação. Tirámos selfies, demos abraços e beijos, conversámos… e, no final, eu autografei e carimbei a pata do Caju no livro de todos! Foi lindo! O Caju bem que preferia estar presente, mas também admitiu que foi melhor assim do que nada.

Disse a todos os meus amigos que estão comigo diariamente – “Quero muito que estejam lá, mas também já sabem que este dia é para estar com aqueles que eu não conheço… com aqueles que nunca estão comigo. Simplesmente porque tinha e tenho muita vontade de conhecer quem gosta de mim e me quer bem. Também mereço saber um pouco mais sobre vocês, certo?! E assim foi… a apresentação começou às 18h45 e eu saí da FNAC erma perto das 22h00, penso eu… e isto porque tinha os TONEZA a olharem para mim, à espera da sua vez para apresentarem o livro deles…

  • NOODLES de ARROZ cheio de legumes e picante (adoro “cenas” picantes)
  • BARRA de Chocolate
  • Ainda fui a uma COOKIECAT
  • E mais houvesse… mas continuar a comer era abuso para quem ia dormir logo de seguida.

Também comi desta forma escandalosa porque sabia que, no dia seguinte, tinha uma corrida à minha espera! Perguntei a todos, durante o lançamento do livro: “ACHAM que eu estou CAPAZ de Correr a MARATONA DE BOSTON a 16 de ABRIL???” (Ainda tinha dúvidas na altura, por causa do dói dói…) Todos responderam, prontamente: “SIIIMMMM!!!!!”. Bom, se assim é, então Isabel Silva, toca a chutar o medo para canto, calça a bela da sapatilha e vai correr amanhã. Já!! Tens muito para treinar! E a verdade é esta: aquele SIM deve ter sido abençoado! Tenho andado na luta contra o dói dói… e a dor cada vez é menor. E a força e vontade são cada vez maiores!

Obrigada! Vocês também me fazem brilhar!!

P.S. Próximo lançamento é no Porto!!! E prometo que levo o CARIMBO!!!!!!

Deixo-vos aqui todas as fotografias deste dia que, só se torna especial porque a malta aparece e faz-me sentir gostada!!

Até já!

Fotografias de Rui Valido e Bruno Seabra

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

A preparação para o lançamento do meu segundo livro

 

Digam lá que o separador Despertar com a “touca” das bananas e a aveia na “beiça” não está o verdadeiro “estrondinho descomunal”? Ah pois… é claramente a minha fotografia preferida (sem contar com as receitas do livro): como uma simples banana da Madeira e uma aveia sem glúten podem dar tanto brilho a uma imagem! Podem porque a matéria prima é “do Best”, mas também porque este trabalho tem as Mãos do Hairfusion, neste caso, da bela Joana!

A Joana é linda e tem um talento absolutamente maravilhoso para criar. Disse-lhe que queria bananas na cabeça e aveia “não sei bem onde” entra tantas outras coisas… ”ok. Já percebi. Amanhã ligo-te com ideias” – diz-me com toda a naturalidade do mundo. “Quelarooooo”!!!!! Isto “corre-lhe nas veias”! No dia seguinte partilhamos imeeeeensas ideias, mas quando chega o dia D é que é! E foi tão giro! Ela colocou em prática tudo aquilo que pensou, porém, acrescentou ainda mais valor com o preciosismo de outra Joana…

…a Joana Moreira. A mulher que me maquilhou é minha amiga também. É linda e tem um bom gosto que “nem é bom pensar”. Também é toda “menos é mais” e, para além disso, é muito mais do que uma talentosa maquilhadora – tem todas as noções de styling, produção e fotografia. Com estes skills ainda nos deus umas belas ideias para a fotografia da capa, disse-me o André, o melhor na categoria da “lente”.

O André é precioso no detalhe e na cor. Adoro a luz das fotografias e o “à vontadinha” com que fotografamos. Depois, é um porreiro! É por estas e por outras que a Rita é apaixonada por ele. Mas o André também está muito bem servido! A Rita faz tudo bem!! Todo o styling das receitas nasceu comigo, é verdade, mas foi desenvolvido e aprimorado pela Rita. Eu amo cozinhar, mas eu chego à cozinha e coloco tudo em alvoroço. Tudo fica energético! Às vezes demais! Por isso, tenho uma Rita na minha vida. Foi ela quem acertou as doses das receitas e foi ela quem tratou de “vestir” a comida “em bom”.

À minha amiga Joana Lemos, muito obrigada pelos “looks”!! Simplesmente deliro com o conjunto todo bege, da página 6! Simples, a combinar com o meu Caju.

Samuel, tu és o melhor a editar os meus videos!

Sofia, a mais pragmática. Eficácia é a tua palavra de ordem. E eu adoro trabalhar com pessoas assim. Ela é a imagem da Manuscrito. 

Caju, tu também estiveste bem! Desde que tenhas comida, está sempre tudo bem, não é verdade?!

Foram 2 dias para fotografar os separadores, a capa do livro e as maravilhosas fotografias à mesa! Estão ali algumas das minhas melhores amigas!! A Ana Travassos, a Francisca, a Vanessa, a Iara. Obrigada!! Tenho muito amor por elas. E pelo belo repasto do bem que estava na mesa. Tudo receitas do Livro que “buaram” em três tempos. Marchou tudo!

Bem, não sei se estão a sentir esta casa!! É linda não é? Mas não é minha não!! É da Anastasia e do Donovan Wright, um casal muito simpático e cheio de brilho.

Outras curiosidades:

  • A coroa da capa do meu livro é feita, tal como a touca das bananas, com vegetais verdadeiros. Neste caso, temos beterraba espirilizada, brócolos, ervas aromáticas, cenouras e afins.
  • A imagem do separador das “Lambarices” também é interessante – o batom é simplesmente chocolate quente derretido. Foi um desafio conseguir fotografar sem me lambuzar a toda a hora.
  • E o separador “Matar a Sede”? Hein?! Eu neste queria estar “super sensualona na descontra”. Só precisei de ser completamente borrifada com água… deu nisto! Fácil!
  • E as “sardas” do separados “Lanchar”? Ideia da Joana Moreira – sementes a dar tudo! Papoila e linhaça!

Há mais para contar!! Perguntem-me no dia do lançamento do livro e nas várias sessões de autógrafos que vou realizar de norte a sul do pais!! A preparação já está!

Não vejo a hora!!!! Oh Yeeaahhhhh!! Toca a Brilhar!! É p’ró Sainete e p’ró Brilharete!

Fotografias de André Nogueira

Imagem e edição de Samuel Costa

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.

Fisioterapia: recuperar a 100%, e só depois voltar a correr

Recuperar a 100%, e só depois voltar a correr. A minha contusão na rótula tem sido um verdadeiro teste à minha paciência. Ficar bem novamente, e do jeito que eu quero ficar (sem mazelas no futuro), demora tempo. E o tempo é para respeitar, caso contrário volto à estaca 0, ou até mesmo ao -1. E não vale a pena. Estou feliz porque consigo fazer o meu dia-a-dia sem limitações: andar, passear, trabalhar, nadar, treinar, viajar, etc. A única coisa que ainda não consigo é dar impacto – saltar, correr ou mesmo subir escadas. Sinto algum desconforto. Depois desta sessão de fisioterapia, o Ricardo Paulino disse-me que podia correr 15 minutos no dia seguinte. E lá fui eu. Consegui correr. E é verdade que a dor não aumentou, mas também é verdade que não passou.

Mas afinal, que dor é esta que eu ainda sinto? Diz-me o Ricardo que é fruto da contusão, porque ainda está pisado e porque o meu corpo já não tem impacto desde o dia 28 de Dezembro. E não deixa de ser verdade. Eu estou quase “boa” do meu dói-dói. Mas há uma coisa que eu não permito (por mais pequena e quase insignificante que seja): correr com qualquer tipo de dor. Uma coisa é a dor que nasce do cansaço de uma prova, porque estás a sair da zona de conforto. Outra é a dor física de algo que ainda não está completamente curado. E neste último caso, eu nunca arrisco.

Conheço muito gente que treina com dor. Eu não consigo e nem quero. No meu caso: “O que seria?!… Já me basta as possíveis dores de cabeça do meu trabalho… Quando vou correr, é para ter prazer. Se não tenho, então não corro”. Entendem?… Para mim, pelo menos, é o que faz sentido. Estou a recuperar e sei que vou ficar impecáBel. Até lá, continuo no foco da recuperação. E estou muito tranquila agora. Já aprendi a lidar com esta limitação. É verdade seja dita, esta tranquilidade também existe porque sei que estão a tratar bem de mim. Estou com quem confio. E isso é o que basta para serem os melhores.

No meio de tudo isto, levo tudo ao jeito da minha personalidade – “Relaxa, Encaixa e Segue em Frente”. E a prova desta minha premissa está neste vídeo. Este é um dos vídeos das minhas sessões de fisioterapia. São todas assim. A Malta tem de se distrair. E a Malta tem de rir. Rir é o melhor remédio… E tirar a carga negativa da lesão também é meio caminho andado na recuperação. Muitas das vezes, grande parte dos problemas está na cabeça!

Podem acompanhar as minhas sessões de fisioterapia no meu Instagram e nas minhas Stories.

Deixem aqui as vossas sugestões para possíveis vídeos. Estou sempre atenta ao que me pedem.

Até já!

Edição de Samuel Costa

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Isabel Silva

Comunicadora

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.