Receita do Molho de Tomate: combinações versáteis, dicas e usos

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O tomate é um fruto de verão e – para não ser tóxico – deve ser consumido maduro. É também nesta fase que este ingrediente está no auge do seu sabor! Assim o diz a Luísa Almeida, da Quinta do Arneiro. E foi lá que fomos aprender a fazer a receita de Molho de Tomate da Quinta – uma das melhores maneiras (e mais saborosas) de se conservar o tomate.

 

 

 

Tomate – um fruto de verão

 

O tomate é um fruto de verão e deve ser consumido maduro. Quando o comemos verde, há um certo nível de toxicidade que nos é, de alguma forma, prejudicial. O tomate é um fruto de verão – um produto repleto de água pronto para te hidratar e mineralizar nos dias de calor. Como sabemos, a importância de comer sazonal prende-se com o fato da Natureza nos dar exatamente o que precisamos nas suas várias fases (escrevemos um artigo sobre este assunto, que podes consultar, aqui).

 

É também nesta época do ano que este ingrediente está no auge do seu sabor!

Caso queiramos consumir tomate fora de época – temos várias formas de o preservar e, posteriormente, o usar. O molho de tomate é uma delas! E é excelente pelo seu sabor e versatilidade.

 

 

 

A Receita do Molho de Tomate Caseiro, da Quinta do Arneiro

 

Fomos acompanhar o tomate da estufa até à cozinha!

 

 

Ingredientes

  • 1 Kg de tomate
  • 15 g alho seco
  • 10 g Pimentão
  • 40 gr Azeite
  • 25 ml Vinagre
  • 70 gr de Sal
  • 5 gr de Orégãos
  • 40 gr de Manjericão

 

Preparação

  • Lava e corta os tomates em gomos
  • Espreme bem para retirar o excesso de líquido
  • Coloca o tomate no tacho
  • Com o lume aceso, adiciona os restantes ingredientes
  • Deixa ferver, em lume brando
  • Tritura

 

Dica de conservação:

  • Guarda o teu molho de tomate (ainda quente) num frasco esterilizado
  • Fecha bem e vira-o ao contrário até arrefecer.

 

 

Usos do Molho de Tomate

Depois de teres os tomates preservados neste delicioso molho, vais poder usá-lo de forma versátil durante o ano! Desengana-te se achas que o molho de tomate só serve para adicionar a uma bela massa! Damos-te algumas ideias:

  • Molho para massas;
  • Base para pizzas;
  • Molho para crepes salgadas;
  • Base para pratos de carne (como jardineira), peixe (por exemplo, um arroz de peixe) ou legumadas;
  • Base para sopas e ensopados;
  • Recheio para tortas e empadas;
  • Cobertura para pratos gratinados.

 

Boas criações!

Luísa Almeida

Agricultora biológica

A Luísa não consegue viver sem criar e tem uma enorme capacidade de resiliência: é raro haver alguma coisa que a faça baixar os braços. Os desafios são o seu combustível.

O melhor convite que lhe podes fazer é para um jantar com um bom vinho ou uma viagem pelo mundo à procura de quintas biológicas – o seu vício.

Há dias em que se sente a dona do mundo, outros em que o mundo lhe cai em cima. Há quem diga, que a Luísa é uma pessoa fria e, por vezes, bruta. Ela tende a discordar: é a emotividade à flor da pele e chora de emoção, se o estiver a sentir.

Só há um assunto que lhe tira o sono: as “tristezas” dos seus filhos.

Quinta do Arneiro

Cabazes biológicos

A Quinta do Arneiro situa-se na Azueira, em Mafra. Iniciou a produção do primeiro hectare de hortícolas biológicos em 2009. Em 2020 completou a conversão de toda a área, sendo atualmente 24 hectares.

O projeto biológico vende toda a sua produção diretamente ao consumidor final, através de cabazes que são entregues à porta em toda a área da Grande Lisboa, nos mercados que a Quinta do Arneiro dinamiza ao sábado em Lisboa e em Cascais e na loja da própria quinta.

Para reduzir ao máximo o desperdício fazem a transformação dos excedentes da horta em forma de sopas, sumos, conservas. Além disso, a quinta tem também um restaurante, que serve almoços durante os fins de semana.

 

“O meu apego à Quinta começou pela Luísa e pelos filhos. Depois pela comunidade que ali trabalha. É tanta paixão e respeito pelo ciclo da natureza que é isso que torna os cabazes tão especiais em relação a tantos outros.” – Isabel Silva

Comer sazonal: tudo o que é “da época” é certo, afinal.

O “poder” de consumir fora de época é mais um daqueles poderzinhos que o homem insiste em manter. E não é mais do que isso. Um poderzinho.

“Eu quero comer morangos em Dezembro”!

A única razão que consigo descortinar para esta assunção de autoridade é mesmo o facto do homem estar convencido de que consegue controlar a natureza.

Puro engano.

A natureza também tem o seu quê de perversa! Não mostra descontentamento na primeira agressão, nem na segunda, nem na terceira … por alguma razão, a paciência é uma das suas principais características. Vai deixando andar até atingir o limite de saturação e aí, sem aviso prévio, põe o homem na linha.

 

Mas não é só por uma questão de consideração pela natureza que devemos respeitar a época dos alimentos. É também por respeito pela nossa saúde. Uma alimentação saudável tem como base o consumo de produtos na sua época.

 

Porquê?

  1. Primeiro, porque a distribuição das frutas e legumes pelas estações do ano é incrivelmente perfeita. Aliás como tudo o que a natureza faz. As vitaminas e minerais de que precisamos em cada estação fazem parte da composição dos produtos que nascem em cada uma delas.
  2. Segundo, porque é na sua época que os produtos estão no seu auge, tanto no sabor como nas propriedades.
  3. Terceiro, porque têm muito mais capacidade de conservação.
  4. Quarto, porque é quando o custo é mais baixo tanto para o produtor como para o consumidor.
  5. Por último porque forçar culturas fora de época obriga a gastar recursos que são definitivamente limitados. Caprichos como por exemplo poder comprar tomate em Dezembro implica gastar energia para aquecer estufas. Que sentido tem isto?

 

Mas voltando ao que a natureza nos reserva em cada uma das estações do ano vamos perceber o sábia que é e a falta de senso que mostra quem não a ouve.

Se nas estações frias precisamos de nos proteger das gripes e constipações então nada melhor do que termos à nossa disposição produtos ricos em vitamina C. E não é que é mesmo assim? Todos sabemos que é no inverno que chegam todos os citrinos, mas também as couves. Sabias que as couves são também uma super fonte de vitamina C? Pois é verdade. E lá estão elas à nossa espera no Inverno.

Já no verão é o oposto. Querem-se é produtos frescos, que se possam comer crus, que tenham sumo e cor. E é assim que eles nos chegam. Por isso a maior parte deles são frutos. Sabias que todos os produtos da horta que têm sementes são frutos? Sejam o tomate, o pimento, as beringelas, a courgette, a abóbora …. podemos concluir que 80% os produtos da horta de verão são frutos.

Então, assim seja. 

Os produtos e as frutas de outono começam a preparar-nos para o Inverno. Começam a ser mais quentes, mais substanciais, mais calóricos. É um adeus à frescura dos produtos de Verão que ajuda a suportar o calor e um aconchego aos dias mais frescos. É altura da abóbora, da batata doce, dos diospiros, das maçãs, das nozes, das romãs …

O contrário acontece na primavera com um “olá” ao verão dado pelas ervilhas, favas e espargos …, pelas cerejas, nêsperas e ameixas …

 

Enfim, tudo no seu tempo e a seu tempo.

Nós só temos que nos deixar levar e respeitar. Ficamos todos a ganhar.

E não se esqueçam: há mil e uma formas de conservar produtos de uma estação para a outra.

Produtos frescos só na época. Produtos conservados todo o ano. 

Luísa Almeida

Agricultora biológica

A Luísa não consegue viver sem criar e tem uma enorme capacidade de resiliência: é raro haver alguma coisa que a faça baixar os braços. Os desafios são o seu combustível.

O melhor convite que lhe podes fazer é para um jantar com um bom vinho ou uma viagem pelo mundo à procura de quintas biológicas – o seu vício.

Há dias em que se sente a dona do mundo, outros em que o mundo lhe cai em cima. Há quem diga, que a Luísa é uma pessoa fria e, por vezes, bruta. Ela tende a discordar: é a emotividade à flor da pele e chora de emoção, se o estiver a sentir.

Só há um assunto que lhe tira o sono: as “tristezas” dos seus filhos.

Quinta do Arneiro

Cabazes biológicos

A Quinta do Arneiro situa-se na Azueira, em Mafra. Iniciou a produção do primeiro hectare de hortícolas biológicos em 2009. Em 2020 completou a conversão de toda a área, sendo atualmente 24 hectares.

O projeto biológico vende toda a sua produção diretamente ao consumidor final, através de cabazes que são entregues à porta em toda a área da Grande Lisboa, nos mercados que a Quinta do Arneiro dinamiza ao sábado em Lisboa e em Cascais e na loja da própria quinta.

Para reduzir ao máximo o desperdício fazem a transformação dos excedentes da horta em forma de sopas, sumos, conservas. Além disso, a quinta tem também um restaurante, que serve almoços durante os fins de semana.

 

“O meu apego à Quinta começou pela Luísa e pelos filhos. Depois pela comunidade que ali trabalha. É tanta paixão e respeito pelo ciclo da natureza que é isso que torna os cabazes tão especiais em relação a tantos outros.” – Isabel Silva

“A Couve Tem Buraco? Não Quero!”

A natureza é perfeita… até começarmos a fazer zoom…
Quando vemos “ao perto” tudo se complica, ao ponto de rejeitarmos o que não devia ser rejeitado. Bem sei que é inconsciente, os nossos olhos guiam as mãos.

Mas porque será que ninguém pega numa couve com buracos ou porque é que uma courgette torta é a última a ser vendida?

 

Tanto uma como outra são perfeitas para serem consumidas.
Bem sei que o facto de algures no tempo, umas almas iluminadas terem decidido que não se vendem courgettes tortas, couves com buracos, maçãs de pequeno calibre ou tomate com defeitos na pele, acabou por retirar todos estes produtos da vista do consumidor.

Provavelmente, com pouco ou nenhum contacto com o mundo rural, pensarão que tudo o que nasce na horta ou no pomar já nasce de acordo com os critérios de perfeição das tais almas iluminadas.

Mas não. Felizmente que não. A natureza continua a teimar em personalizar, não fazendo nem ideia de que muitas das suas criações vão diretas para refugo por não preencherem os critérios estabelecidos.

Quando numa bancada de venda de frescos não encontrar couves com buracos ou courgettes tortas, desconfiem! Houve muitos e muitos quilos que ficaram pelo caminho e foram considerados refugo/lixo.
E os que escapam ao refugo são vendidos a preço mais baixo.

Porquê? Pergunto eu.
Demoram o mesmo tempo a crescer, recebem os mesmos cuidados, porque hão de valer menos? O sabor não mudou, os buracos não pesam, o torto e o direito é mesmo só uma questão de estética.

Quando nos dedicamos a todas as nossas couves de igual modo e elas nascem livres (de pesticidas), porque raio haveriam de valer menos as couves que a lagarta escolheu do que as que lhe escaparam?

 

Se tudo isto devia mudar? Claro.
Como? Perguntam.


A resposta está no consumidor. Somos nós enquanto consumidores que temos que começar a parar para pensar antes de qualquer ato de consumo.

A maior parte das vezes fazemo-lo de um modo automático. Não temos tempo para ir às compras, é tudo uma correria, quantas vezes não pensámos já em mudar os nossos hábitos de consumo? Mesmo os consumidores mais conscientes que fazem questão de usar a mente e não os olhos para guiar a mão, mesmo esses acabam tantas vezes atropelados pela correria.

Só mudamos quando nos consciencializamos. Só nos consciencializamos quando paramos para pensar.
Parar para pensar, fica o desafio.

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Luísa Almeida

Agricultora biológica

A Luísa não consegue viver sem criar e tem uma enorme capacidade de resiliência: é raro haver alguma coisa que a faça baixar os braços. Os desafios são o seu combustível.

O melhor convite que lhe podes fazer é para um jantar com um bom vinho ou uma viagem pelo mundo à procura de quintas biológicas – o seu vício.

Há dias em que se sente a dona do mundo, outros em que o mundo lhe cai em cima. Há quem diga, que a Luísa é uma pessoa fria e, por vezes, bruta. Ela tende a discordar: é a emotividade à flor da pele e chora de emoção, se o estiver a sentir.

Só há um assunto que lhe tira o sono: as “tristezas” dos seus filhos.

Quinta do Arneiro

Cabazes biológicos

A Quinta do Arneiro situa-se na Azueira, em Mafra. Iniciou a produção do primeiro hectare de hortícolas biológicos em 2009. Em 2020 completou a conversão de toda a área, sendo atualmente 24 hectares.

O projeto biológico vende toda a sua produção diretamente ao consumidor final, através de cabazes que são entregues à porta em toda a área da Grande Lisboa, nos mercados que a Quinta do Arneiro dinamiza ao sábado em Lisboa e em Cascais e na loja da própria quinta.

Para reduzir ao máximo o desperdício fazem a transformação dos excedentes da horta em forma de sopas, sumos, conservas. Além disso, a quinta tem também um restaurante, que serve almoços durante os fins de semana.

 

“O meu apego à Quinta começou pela Luísa e pelos filhos. Depois pela comunidade que ali trabalha. É tanta paixão e respeito pelo ciclo da natureza que é isso que torna os cabazes tão especiais em relação a tantos outros.” – Isabel Silva