Há dores que são apenas dores. E há dores que são convites.
No caso da enfermeira Carina Correia, o corpo começou a falar-lhe cedo demais: refluxos constantes, má digestão, uma fadiga que não passava. Sintomas que se tornaram rotina — até que deixou de fazer sentido viver assim. Foi nessa busca por respostas que percebeu que queria ser enfermeira e que descobriu a macrobiótica. A partir daí, nunca mais olhou para a alimentação, nem para a vida, da mesma forma.

O INTESTINO QUE PENSA E SENTE

Fala-se de “segundo cérebro” e não é por acaso. O intestino é mais do que um tubo que processa comida: é nele que se produz grande parte da serotonina, a hormona do bem-estar. É nele que se decide se o sistema imunitário tem força para reagir. É nele que sentimos aquele “frio na barriga” quando algo nos inquieta.

MICROBIOTA: A FLORESTA INVISÍVEL

Dentro de nós habita um ecossistema inteiro. Trilhões de microrganismos que convivem em harmonia — até que algo quebra o equilíbrio. Antibióticos em excesso, dietas desequilibradas, sono insuficiente ou stress prolongado podem devastar essa floresta invisível.

“Duas pessoas podem comer o mesmo prato e reagir de forma completamente diferente. A diferença está na microbiota. Não se trata só de calorias, mas de como o corpo conversa com os microrganismos que o habitam.”

E como se cuida do intestino? Não com fórmulas mágicas, mas com atenção às coisas simples:

  • Prebióticos, as fibras que alimentam as bactérias boas — cereais integrais, legumes, fruta com casca.
  • Probióticos, bactérias vivas de alimentos fermentados naturais.
  • Sono, porque “não há anti-inflamatório melhor do que dormir”.
  • Equilíbrio, no prato e na vida.

DA ENFERMAGEM À MACROBIÓTICA: UMA PONTE INVISÍVEL

A Carina é enfermeira de formação e sabe o valor dos cuidados convencionais. Mas a macrobiótica abriu-lhe um horizonte que une ciência e tradição. Não acredito em fundamentalismos. Acredito em integração. Um antibiótico pode salvar vidas — mas usado sem critério, pode destruir o equilíbrio de um intestino inteiro.”

O que propõe é um olhar mais inteiro: o corpo como sistema, a mente como reflexo, a alimentação como ferramenta de cura e prevenção.

O intestino guarda a saúde e, muitas vezes, os segredos que ainda não soubemos ouvir. Cuidar dele não é tendência: é voltar ao básico.

“Quando cuidamos do intestino, não estamos só a tratar sintomas. Estamos a transformar a vida.”

Carina Correia


Enfermeira de formação e cozinheira de coração, a Carina Correia encontrou na macrobiótica um ponto de viragem para a sua vida. Apaixonada pelo poder transformador da alimentação, ajuda pessoas a adotarem hábitos conscientes que unem saúde física, emocional e espiritual.

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