trilhos DoBem para explorar em Portugal

8 trilhos DoBem para explorar em Portugal

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05.03.2024

Com a chegada da Primavera e uma vontade cada vez maior de nos conectarmos – sentimos em mergulhar na Natureza, estar presentes e captar a beleza, o alinhamento e a energia que um trilho nos pode dar. Para isso, pedimos a alguns mentores e amigos da DoBem para nos indicarem quais os seus trilhos favoritos aqui, no nosso país. E assim surge este artigo onde revelamos trilhos DoBem para caminhadas inesquecíveis. Vem connosco!

 

Somos fãs em estar conectadas. Somos fãs em estar alinhadas, em criar e cultivar movimentos saudáveis tanto para o corpo, como para a nossa mente. E, caminhar na natureza, fazer trilhos, é uma forma única de o fazer. As vantagens são inúmeras e, às tantas, saímos do meio dos braços da natureza renovados. Cheios de energia, vitalidade e com o coração a pulsar “coisas boas” aos quais muitos chamam gratidão.

Desta forma, fomos ter com amigos da DoBem que gostam de “trilhar” e pedimos a eles para partilharem connosco o ou os seus trilhos favoritos e nos contarem o porquê.

 

trilhos DoBem

 

 

 

O Vitor Rito é um desportista que ama correr e fazer trails. É uma pessoa DoBem que personifica o ideal do corpo em movimento e que adora mergulhar na natureza e conhecer mais. Quando lhe perguntámos que trilho escolheria para recomendar, ele foi unânime: o de Santa Justa!

Escolhido, por ele, pela proximidade do Porto – um centro urbano.

“Nem todos os trilhos têm de ser longe e em localizações remotas, um exemplo de algo aqui bem perto para quem está de visita na área do Porto.”

Vitor Rito

 

Trilho da Santa Justa, Valongo

 

 

Distância: 12km
Dificuldade: média

 

O percurso que começa no Centro de Trail de Valongo e tem dificuldade média – com a primeira subida a acabar na bonita Capela de Santa Justa e logo a poucos metros o Trono Romano do Miradouro de Santa Justa, com vistas impressionantes sobre a cidade do Porto. Tem um pequeno café, junto à capela, onde se pode tomar algo e descansar um pouco.

Na descida para a Aldeia de Couce, tem um baloiço diferente do habitual, montado num ramo de uma árvore, com vistas fantásticas para a Serra de Valongo e Vale de Couce. Aconselho vivamente a paragem nesse baloiço diferente dos habituais que encontramos nas serras.

No final da descida – temos o Rio Ferreira e a bonita Aldeia de Couce, onde se pode apreciar uma das aldeias classificadas de Portugal, sentar nos bancos e até fazer um piquenique.

O resto do percurso leva-nos à última subida, mais leve que a primeira e com panorâmica sobre o vale para depois voltarmos a descer para o ponto de partida, o centro de trail de Valongo e acabar estes 12km fantásticos.

Não esquecer levar água e calçado apropriado para trilhos, porque nas descidas é necessário ter algum cuidado.

Nota: todo o percurso está sinalizado com setas e número 2 nas viragens e cruzamentos de trilhos.

 

 

 


 

 

 

 

A Dulce Costa é nossa mentora. Deixou a sua profissão e a vida na cidade para se dedicar à sua paixão – a alimentação macrobiótica – e para estar na Natureza. Por Fiais da Beira, onde reside, gosta de explorar os trilhos únicos que a região proporciona. E… recomendou-nos estes:

 

Trilho dos Gaios, Tábua

 

 

Distância: 6 km no total – ida e volta
Dificuldade: Fácil
Local de Partida/Chegada: Praia Fluvial de Vale de Gaios / Ponte Romana de Sumes ou aldeia de São Geraldo

 

Na região de Coimbra, no concelho da Tábua, esconde-se um dos trilhos mais encantadores de Portugal: os Passadiços do Trilho dos Gaios. Este e um trilho linear, com uma extensão de 17 km, mas aqui vamos falar do percurso que se faz pelos passadiços coloridos junto às margens do rio Cavalos, que é bem mais curto (os tais 6 km).

Recomendado para famílias, este trilho foi escolhido pela Dulce pela sua beleza única, onde a natureza é pintalgada pelas cores fortes dos passadiços que devolvem uma alegria extra a este passeio. Ao longo do mesmo, encontramos fontes ricas em enxofre e, ainda, locais onde podes ir à água se a temperatura o permitir.

 

Trilho dos Moleiros, Lousã

 

 

Distância: 13,5 km
Dificuldade: Alta

Cascatas, zonas de declive, desafiante – mas de uma beleza natural única e refrescante! Sim, este trilho é complexo e recomendam-se bastões de caminhada.
Enquanto por ali andamos, temos a sensação de que há locais onde nunca chegaram as pessoas.

Este trilho é rico, tendo um grande valor simbólico e ancestral. É digno de ser visto e aproveitado, enquanto ainda se mantém limpo e natural.
Vale cada esforço, cada declive, cada subida e descida mais atentas.

 

Açude da Ribeira, Oliveira do Hospital

 

 

Distância: 9 km (rota mais longa)
Dificuldade: Média

 

Esta é uma cascata mesmo muito bonita e um percurso que pode ser feito em família. Na verdade, temos um percurso “principal” e vários sub-trilhos que podemos fazer dentro deste. Ou seja, podem escolher rotas mais longas ou mais curtinhas.

Este local, em Oliveira do Hospital, foi requalificado depois de estar abandonado por muito tempo. Hoje, é uma zona de lazer, banhada pelo rio Seia e com vista para a queda de água. Os caminhos são todos circulares e podem ser visitados em qualquer altura do ano.

 


 

 

 

 

O Paulo Moreira tem uma vibe incrível! Já esteve connosco, na DoBem em MoBimento em Angeiras – num encontro para fazermos Plogging e, claro, é fã de mergulhos na Natureza! Foi por isso que fomos ter com ele para saber quais os trilhos que o fizeram vibrar mais alto. Confessamos que ele teve dificuldade em escolher – mas fez um comentário interessante ao dividir os trilhos que têm mão humana (com os passadiços, por exemplo), dos que não têm. Ele prefere os que estão mais intatos – mas, ainda assim, não pode deixar de recomendar uma série de opções com passadiços – pela beleza natural que comportam estes percursos.

 

Poço Negro, Rio Mau

 

 

Distância: 10 km
Dificuldade: Média/Alta

 

O Rio Mau é um dos afluentes do Rio Douro, sendo que o início deste trilho acontece junto à estrada que liga a barragem de Lever a Entre os Rios. O trajeto é pequeno, feito entre dois vales e é relativamente fácil – tendo vários pontos de ancoragem assegurados. Contudo, a classificação da sua dificuldade é afetada pelas descida e subida para o leito do rio – que é bastante íngreme.

Este trilho não é recomendável fazer em dias de chuva ou humidade, uma vez que tem bastante ardósia no chão, tornando-se escorregadio e perigoso, em particular nas margens do rio.

Pelo caminho, temos várias frases que nos inspiram a cuidar e preservar a Natureza – o que torna este passeio ainda mais especial e… se for verão, estiver calor e tivermos fora do regime de “seca”, no fim do trilho podemos mergulhar mo Poço Azul.

 

Trilho Caminhos do Pão, Caminhos da Fé – Trilhos em Soajo, Viana do Castelo

 

 

Distância: 5.1 km
Dificuldade: Fácil

 

O Trilho Caminhos do Pão, Caminhos da Fé, é uma rota circular que começa na vila do Soajo e passa junto a alguns moinhos antigos. Pelo caminho, são comuns os encontros com algumas vacas cachenas que ali fazem a sua refeição (o pasto – não os visitantes!).

Esta rota, entrelaçada na tapeçaria da paisagem, oferece mais do que simplesmente uma jornada física através de montes e vales; ela representa uma viagem através da história, da cultura e da espiritualidade que moldaram a região. É que este trilho estende-se por caminhos que foram outrora percorridos por peregrinos e trabalhadores, unindo as antigas tradições do cultivo do pão à profunda devoção espiritual das comunidades locais. Ao caminhar por este percurso,somos convidados a explorar não apenas a beleza natural do interior, mas também a reconectar-se com as raízes históricas e culturais que definem estas terras.

 

 

Trilhos das montanhas mágicas, Arouca

 

Trilho para Drave créditos: Pedro Sá

 

São vários e não os podíamos deixar de mencionar. Não apenas por serem incríveis, mas porque só o nome nos cria borboletas na barriga e nos faz sentir que estamos a embarcar para uma espécie de Nárnia. E quem não gosta de um pouco de magia e de fantasia?

 

A região de Arouca, reconhecida pelas suas Montanhas Mágicas, é um tesouro de belezas naturais e trilhos de caminhada que atraem entusiastas do ar livre de todo o mundo. Esta área, conhecida pela sua rica biodiversidade, paisagens deslumbrantes e patrimônio geológico único, oferece uma variedade de percursos para todos os níveis de habilidade. Vamos explorar alguns dos trilhos mais emblemáticos que Arouca e as suas Montanhas Mágicas têm para oferecer:

  • Passadiços do Paiva: este trilho é um dos mais famosos de Arouca, oferecendo um percurso de cerca de 8 km que serpenteia ao longo do rio Paiva. Com paisagens de cortar a respiração, os passadiços permitem uma imersão completa na natureza, com vistas espetaculares sobre as gargantas e fauna local. É acessível a todas as idades.
  • Rota do Geoparque: reconhecido pela UNESCO, este parque abriga fenómenos geológicos extraordinários, como as Pedras Parideiras e os icónicos Trilobites gigantes de Canelas. A Rota do Geoparque oferece um trilho educativo, onde é possível aprender sobre a história geológica da região enquanto se desfruta de paisagens inesquecíveis.
  • Trilho dos Calçadas de Albergaria: este percurso leva-nos pelos antigos caminhos usados por romanos, passando por florestas mais densas e oferecendo vistas espetaculares das montanhas circundantes. É um trilho que combina história, cultura e natureza, proporcionando uma experiência de caminhada rica e diversificada.
  • Caminho do Carteiro: inspirado nas rotas antigamente percorridas pelos carteiro rurais, este trilho atravessa aldeias tradicionais, campos de cultivo e áreas florestais, oferecendo uma perspectiva única sobre o modo de vida local.
  • Frecha da Mizarela e Rota das Fisgas: este leva-nos até uma das maiores quedas de água de Portugal, a Frecha da Mizarela, situada no Parque Natural da Serra da Freita. Este trilho é um verdadeiro desafio físico, mas recompensa os caminhantes com algumas das mais belas vistas das Montanhas Mágicas.
  • Percurso Pedestre do Rio Paivô: ideal para quem procura tranquilidade junto à natureza, este trilho acompanha o curso do rio Paivô, atravessando paisagens serenas e oferecendo oportunidades de observação de fauna e flora locais. É uma rota menos conhecida, mas igualmente encantadora, perfeita para um dia de caminhada relaxante.

 

Passadiços do Mondego

 

 

Distância: 12 km
Dificuldade: Média

 

Os Passadiços do Mondego representam uma das mais recentes adições à rede de trilhos pedestres de Portugal, oferecendo uma experiência única de caminhada ao longo do rio Mondego, o rio mais longo exclusivamente português.

 

Estes passadiços promovem uma forma íntima e respeitosa de explorar a beleza natural desta área, combinando a acessibilidade dos passadiços modernos com a paisagem deslumbrante e diversificada do vale do Mondego. Há muita biodiversidade maravilhosa – e é importante levarmos reforços para termos água, comida e proteção para chuva ou sol.

 

Projetados para serem acessíveis a pessoas de todas as idades e capacidades, os passadiços são uma ótima opção para famílias, grupos de amigos ou para quem procura uma forma tranquila e segura de entrar em contato com a natureza.


Ao longo do caminho, existem vários pontos de interesse, incluindo áreas de piquenique, plataformas de observação e zonas de descanso, permitindo aos visitantes apreciar plenamente o ambiente ao redor. Além disso, os passadiços podem passar perto de sítios históricos e culturais, oferecendo uma rica experiência educativa e recreativa.

 

 


 

Algumas coisas para se levar para o caminho:

 

  • Calçado e roupa adequada para as caminhadas
  • Casaco impermeável em épocas de chuvas (verificar sempre a meteorologia)
  • Bastões de caminhada
  • Comida e água
  • Mochila confortável
  • Protetor solar, chapéu e óculos de sol
  • Repelente de insetos
  • Saco para se guardar o lixo
  • Telemóvel caso seja necessário o GPS (recorrer ao serviço de mapa offline antes de se começar)
  • Powerbank
  • Kit de primeiros socorros