Nem sempre precisamos de um ginásio para treinar. Podemos fazê-lo em casa

Nem sempre precisamos de um ginásio para treinar. Podemos fazê-lo em casa

A quarentena trouxe muitas mudanças à vida de todos, e a minha não foi exceção. Rapidamente, aperebi-me de que não precisamos de um ginásio para treinar e que há vários exercícios que podemos fazer a partir de casa.
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14.04.2020

Continuo a fazer coisas que tanto adoro, como deitar-me pelas 21h30 ou 22 horas e acordar bem cedo para ver o dia nascer. Há qualquer coisa neste silêncio da manhã que me deixa feliz. Saio com o meu Caju e, juntos, vemos os primeiros raios de sol. Depois disso, é hora de regressar a casa. A minha sala transforma-se no meu pequeno estúdio, onde faço muito trabalho de respiração, alongamentos, mas também faço treinos como os que fazia no ginásio com alguns equipamentos que tenho em casa.

Aqui não há eletroestimulação — e que saudades que eu tenho destes treinos, recorda aqui os benefícios — mas tenho tudo o que preciso para conseguir fazer exercício e seguir as indicações dos meus PT’s, seja o meu treinador de corrida, o Paulo Colaço, ou o Luiz Santana, que me acompanha nos treinos do E-Fit.

Quando percebi que tinha de começar a treinar em casa tinha um objetivo: replicar os circuitos que já fazia todos os dias no ginásio, mas num espaço mais limitado, com os equipamentos que tinha em casa e sem ter um PT ao meu lado. Não imaginam a sorte que temos em viver numa época onde tudo está à distância de uma chamada por FaceTime, até um treino com o PT.

Foi isso que fiz com o Luiz. Falámos e pedi-lhe que adaptasse os meus circuitos de ginásio aos equipamentos que tenho em casa ou que poderia facilmente encomendar, e só precisei de três coisas:

— Um arco de Pilates (o TAL anel de que já falei tantas vezes nas minhas redes)

— Um elástico para trabalhar os braços (podem encontrar com várias tensões, adaptem à vossa condição física)

— Um tapete (pode ser daqueles que se usam no ioga)

Depois disso, foi só começar a treinar. Já tinha partilhado estes treinos no meu Instagram, mas deixo-vos aqui estas infografias para verem bem como podem utilizar capa equipamento. Falei também com o Luiz, que me explicou qual o objetivo de cada um destes circuitos

ARCO

Como disse no vídeo que podem ver aqui no meu IGTV, este é o circuito “Luz ao Fundo do Túnel”. Uso este arco de pilates — ou anel de pilates, como preferirem, e trabalho ao mesmo tempo o interior da perna e o meu core, a zona abdominal. São três ou quatro rondas de quatro exercícios, com 15 repetições de cada e 10 segundos de descanso entre exercícios. Em cada ronda, descansam 45 segundos antes de recomeçar.

“Este circuito é pensado para fortalecer o core, ou seja, toda a zona do abdómen”, diz o Luiz. “Aqui fazemos um trabalho combinado dos abdutores, os músculos na parte interior da perna, onde está o arco que vai sendo apertado, com o trabalho de tronco e de abdominal.”

ELÁSTICO

Aqui é para ficar com os bracinhos a arder, malta. Não há desculpas. São só três exercícios com dez segundos de descanto entre cada um e, como no do arco, faço três a quatro rondas. Entre cada ronda descansam os tais 45 segundos. Este é um bom circuito para trabalhar o braço, mas também o tronco e as costas, como explica o Luiz.

“Aqui trabalhamos a parte superior do corpo, sobretudo o braço, nos bíceps”, conta o Luiz. “Mas também estamos a trabalhar as costas, a zona do grande dorsal, do trapézio. Fazemos também as elevações laterais e circulares que vão trabalhar a zona do ombro.”

TAPETE

Este é o tipo de treino que faço quando preciso de parar. Não por estar cansada, mas por estar acelerada e precisar de relaxar. Depois de fazer estes exercícios que me aconselhou o Mentor Paulo Colaço, dos Run4Excellence, meu treinador de corrida, sinto-me mais leve e, sobretudo, mais serena. São exercícios que pedem concentração, equilíbrio e força, mas nunca isto fez tanto sentido para mim.

Como podem ler na página dos Run4Excellence, estes são exercícios que trabalham principalmente a mobilidade da anca. Fundamental num altura como estas em que passamos mais tempo sentados. Experimentem e, depois, contem-me como se sentiram.

Como estão a ver, não precisamos de ter assim tantos equipamentos para treinar. Acima de tudo, há que ter motivação. Quando temos algo que nos move, damos um jeito, seja como for. E, agora que há tempo, não há desculpas.

Isabel Silva

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.