Carta Aberta: os "meus" restaurantes

Carta Aberta: os “meus” restaurantes

Queridos leitores, hoje é para vocês que escrevo - para partilhar a minha lista de restaurantes favoritos!
Leia este artigo em: 8 mins
12.09.2022

(última actualização: Setembro 2022)

Queridos leitores,

a melhor forma de iniciar a minha viagem convosco na categoria “Restaurantes”, é começar por dar resposta à pergunta que mais vezes me colocam:

“Quais são os teus restaurantes favoritos?”

ou

“Preciso de sugestões de locais para um brunch, para um almoço numa esplanada ou um restaurante com pinta, de comida saudável, mas que esteja aberto a partir das 20h00 – tens alguma ideia?”

E com tudo isto chego à conclusão que o ideal é deixar este artigo sempre em aberto, onde vou adicionando novos espaços que experimentei ou mesmo restaurantes que quero muito ir, mas que ainda não oportunidade de conhecer.

Para todos os espaços que eu experimentar, vou sempre deixar notas do que mais gostei e valorizei. E ficarei muito agradecida em saber, também, a vossa opinião.

Posto isto, vou já aqui deixar a lista de restaurantes que já conheço e que vou com regularidade.

Aqui vai!

OS MEUS SÍTIOS PREFERIDOS PARA COMER EM LISBOA

É  a cafeteria e biomercearia do meu bairro. É o melhor sítio para se comer no dia a dia. A cozinheira chama-se Isilda e todos os pratos têm a curadoria da Mariana, fundadora do espaço, defensora de uma alimentação biológica, natural, sazonal e muito… portuguesa.

Os pratos são caseiros e o que os distingue dos outros espaços é a forma “limpinha”como são cozinhados. Posso dar-vos o exemplo dos pastéis de bacalhau no forno feitos com batata doce, das empadas de tofu feitas com massa de espelta, do pão de fermentação de 75 horas, dos burgers de salmão selvagem ou feijão preto, da feijoada de cogumelos pleurotus com arroz integral, dos scones e das sobremesas sem açúcar, entre tantos outros. Todos os dias, a meio da manha, se forem as redes sociais do Alecrim vão encontrar uma story com o “Menu do Dia”. Preço/qualidade, é o melhor em Lisboa. Pelo menos que eu conheça!

PSI

Um dos restaurantes vegetarianos mais antigos de  Lisboa. Está localizado no centro de um jardim e tudo respira tranquilidade. Só este ponto já me faz querer estar ali.

A comida é vegetariana, mas com muitas inspirações da Ásia. Sabores intensos e frescos e um atendimento muito acolhedor. Já experimentei todos os pratos, mas aquele que como mais vezes é o “Korean Tofu Bowl” ou o “Pad Thai J”. Peçam a panacota vegan para sobremesa: as nozes caramelizadas fazem a diferença!

Fica em Campo de Ourique e o espaço tem tanta luz natural que todas as fotografias que por lá tirarem vão sempre ficar bem. É excelente para um Brunch, para almoçar ou lanchar. Eu destaco a cremosidade das sopas e sinto que não podem deixar de experimentar a tosta de húmus de cogumelos grelhados em molho miso, o prato d’a horta, que varia consoante os produtos que existem naquela semana, e as papas de aveia com banana, manteiga de amêndoa e canela. Nutritivos, reconfortantes… e gulosos.

Fui lá apenas uma vez e gostei, tanto pelo que comi como pela experiência.

Aconselho irem lá jantar com uma boa companhia… e com tempo. A comida é de autor e essa criatividade também tem valor. Não é um espaço para se ir todos os dias, mas é dos poucos restaurantes veganos de grande qualidade em Lisboa que está aberto à noite. O espaço é lindo e a pessoa que vos recebe, que é um dos sócios, é de uma enorme sabedoria gastronómica. Vale a pena escutá-lo e pedir a seleção de queijos veganos. 😉

Tem os melhores ramens da cidade de Lisboa e para todos os gostos – desde os tradicionais aos veganos – a escolha é enorme! Mas não fiquem ansiosos, porque quem vos recebe orienta-vos da melhor forma. O que ainda me agrada mais é o facto de poderem escolher a massa que querem: eu peço sempre a opção de massa de arroz – por ser mais fininha e melhor para a minha digestão. Mas antes, peçam as gyosas de vegetais. São maravilhosas! E para sobremesa, os mochis. TODOS!

É um restaurante, um café e uma mercearia sustentável – bem no coração de Lisboa. Dizem eles (e bem) que é “à mesa mudamos o mundo” se nos alimentarmos com produtos provenientes de uma agricultura que respeita, preserva e regenera o solo e os seus ecossistemas.

O que eu realmente quero destacar aqui, é o tempeh fumado produzido pelo restaurante. Podem pedir como petisco ou no prato com legumes assados. O tempeh é das fontes de proteína que eu mais consumo pelo valor nutritivo que tem. E este é dos melhores que já comi.

Gostam de pizzas? Então é mesmo aqui que devem vir! Pizzas biológicas, massa fininha e caseira onde os ingredientes vêm diretamente de produtores portugueses e italianos. A família desta casa tem raízes italianas e são os mesmos donos do restaurante Loop, por isso, o princípio de sustentabilidade mantém-se. A pizza de abóbora Hokkaido é das minhas preferidas.

Gosto de sushi, mas confesso que não como com regularidade e que presto muita atenção à qualidade do mesmo: não só o peixe, mas também como é feito o arroz do sushi. Não gosto dele “papudo”, muito menos carregado de açúcar!

O meu amigo Ruben Correio convidou-me para experimentar o “Nómada Chiado” e foi com ele que descobri esta boa surpresa. Tem sushi para todos, até mesmo um menu vegetariano ótimo. Experimentei os mais arrojados e comi aquela que, para mim, é a sobremesa mais bonita do mundo: é uma sobremesa de chocolate, mas tem ar de jardim. Experimentem. Eu fui muito feliz a comê-la 🙂

O próprio restaurante convidou-me para experimentar e eu fiquei curiosa, porque queria entender o significado do nome do restaurante. E, de facto, quando pedimos os pratos – entendemos. Eles agarram nas tradições e produtos de algumas regiões e dão-lhes uma lufada de ar fresco!

A verdade é que só quando provamos é que percebemos que realmente é diferente e inovador. Eu fiquei encantada com a sobremesa de maçã de Alcobaça e miso, por exemplo. E o espadarte de Sesimbra com batata doce estava inacreditável. Tem opções veganas e pratos de carne também.

Para além de, neste espaço maravilhoso, se comer sazonal e bio – este é um projeto realmente “único”, uma vez que tudo o que aqui chega vem das mãos da Semear, um projeto inclusivo e sustentável. Para além disso, a mercearia gourmet e a linha de cerâmica também têm fazem parte desta rede inclusiva – estando tudo ligado.


Como se não bastasse este sítio ter esta teia de entre-projetos e de entre-ajuda, onde o respeito pela terra e pelas pessoas se respira a cada garfada, a carta tem tantas opções aliciantes que eu nem sabia bem o que escolher!

Provei os “Tacos Únicos” e outras opções, mas a “Tosta Desfeita” conquistou-me!

Ele está no CCB e penso em voltar, para mais coisas experimentar!

São pioneiros na cozinha Vegan em Lisboa e abriram já há 10 anos.

Têm tanto de cor, como de sabor e confesso que me perdi por entre os pratos que me foram chegando – todos com sabores que se entrelaçavam e que faziam com que eu me entregasse à experiência de ali estar!


OS MEUS SÍTIOS PREFERIDOS PARA COMER NO PORTO

Comida e Yoga juntas – e cada um escolhe o que quer! Fica no coração do Porto e a especialidade são os pequenos-almoços, o brunch e os almoços. Mais um espaço que privilegia a comida orgânica, vegetariana, com produtos locais e sazonais, onde tudo é feito de raiz. Experimentem a focaccia de massa mãe com flor de sal e azeite, os ovos mexidos com verdes em pão de fermentação lenta, as papas de arroz integral de baunilha e manteiga de amêndoa, as smoothie bowls e…. as panquecas feitas com farinha de arroz e bolota. Foquem-se nisto!

Fica em Leça da Palmeira e fui lá apenas uma vez – mas a experiência foi incríBel. É um restaurante de assinatura e é um bom espaço para convencer de vez os que têm dúvidas quanto ao sabor da comida vegana e vegetariana. Aconselho mesmo a comerem a paella da Ria, os cogumelos à Bulhão Pato com mil folhas de batata assada e o pão BAO recheado.

Assim como o Seiva, este foi um espaço onde fui com a Helena Antónia (mentora da DoBem) e o Pedro Cachupa (parceiro DoBem). Fica em Matosinhos e a comida é muito saborosa. O espaço é descontraído, informal, simples e elegante. E eu quero já destacar os croquetes de beringela com maionese vegan para começar. Depois peçam os canellonis e para sobremesa o merengue de limão.

Este restaurante faz-me lembrar o espaço Jardim dos Sentidos, em Lisboa, que, infelizmente, já fechou. Comida vegetariana, simples, caseira e super colorida. A energia é boa e aqui sentes-te enraizado. Amei de coração as chamuças indianas e o bolo do dia.

À semelhança do Arkhe, em Lisboa, a comida é de autor e mais sofisticada. Mas vale muito pela experiência. Acho perfeito para um jantar especial. Recordo-me que amei a kombucha e o prato de couve coração com molho de cebola e creme de batata. Provem também a sopa de cebola, trufa e queijo da ilha. Nem todos vão gostar… mas os que gostarem, ficam a amar.

Tenho quase a certeza que, de forma acidental, fui a este restaurante, em Matosinhos, no dia da sua abertura. É vegano e o espaço é super relaxante e bonito. Nunca mais me esqueci dos croquetes e canelonis de beringela. Espero que mantenham esses pratos na carta.

Mais um restaurante vegetariano maravilhoso em Matosinhos. Tem boa comida, muitas flores e é pet friendly. Ideal para almoçar e a carta vai variando. Ja lá estive por três vezes e nunca me desiludiu.

Na rua da Picaria, no Porto, fica este espaço super cool. Como estava indecisa, pedi sushi como entrada e como prato principal um dos meus preferidos: Pad Thai. Estava tudo bom… e a carta de vinhos também foi do meu agrado!

Adoro este restaurante! Fica situado em Espinho e a comida é vegana e caseira. O staff é uma simpatia. Tenho muitos amigos a viverem em Espinho e quando queremos pedir comida, este é um dos restaurantes que mais gostamos.


OUTROS SÍTIOS QUE ADORO (FORA DE LISBOA E DO PORTO)

Quando estive na Madeira falaram-me deste espaço. Fez-me lembrar os restaurantes onde estive na minha viagem em Bali. Quando entramos estamos na selva 🙂 Todos os pratos são lindos, servidos numas bowls de madeira. Só de olhar já me sentia saudável. Não tenho a menor duvida que irei sempre lá quando for à Madeira.

Sempre que vou a Lagos, é visita obrigatória. A comida é muito boa. Foi uma sugestão do Rui e da Maria do projeto KitchenDates. Amo a lasanha e as almôndegas.

Deixem as vossas sugestões de restaurantes para eu experimentar nas redes socais da @dobem.pt.

Enviem mensagem privada e na certa será o meu próximo local a visitar!

Isabel Silva

A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.

É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.

Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.

Esta vontade de gerar um impacto positivo nos outros levou-a a criar novas áreas de negócio, como um ginásio de eletroestimulação – o Efit Isabel Silva – uma marca de snacks saudáveis, a IncríBel e a VOA.

A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.