A Maratona de Londres, para além de fazer parte do roteiro das six majors — que inclui também Tóquio, Boston, Berlim, Chicago e Nova Iorque — é das mais difíceis de entrar. É preciso participar num sorteio, com centenas de milhares de candidatos, e esperar pela sorte. Nunca tinha conseguido um dorsal, por isso só posso agradecer à New Balance por esta oportunidade.
Só por isto, o meu compromisso com esta prova ainda se tornou maior. E quando falo em compromisso, refiro-me à preparação com qualidade — não falhar os treinos, cumprir os ritmos, ter uma alimentação adequada, fazer uma boa pré-época com treinos de reforço muscular e intercalar estes treinos com alguns quilómetros de corrida.
Fiz tudo certinho durante os meses de janeiro, fevereiro, março e abril. A única coisa que não fiz como queria foi correr a Maratona de Londres em 3h17’. Na verdade, o meu objetivo com esta prova era melhorar o meu tempo à Maratona, que era de 3h14’. Tinha tudo para dar certo. Estava capaz.
Mas não consegui. Levei a marretada.
Porquê?
A FEIRA DA MARATONA DE LONDRES
Assim que entrei neste espaço, percebi que esta malta funciona a outro nível. Não estou a falar da dimensão do espaço, até porque a Feira de Boston também é gigante, mas sim da organização do espaço.
Na sexta-feira, dois dias antes da prova, fui levantar o dorsal com o João Catalão e com a minha mãe. A Dona Lola é uma caixinha de surpresas. Não que eu não conheça a personalidade dela, mas acho que as seis horas que ela esteve ali comigo sem acusar cansaço nem dizer “filha, já chega, não?”, foram uma prova de amor por mim. Ela sabia da importância que esta prova tinha para mim e, por isso, percorreu toda a feira comigo.
Levantámos os dorsais, tirámos fotografias, esperou por mim enquanto conversava e conhecia pessoas que por ali passavam, fizemos compras e, no final, ainda esperou enquanto fazia uma massagem desportiva.
E vocês perguntam: “Então mas tu fizeste uma massagem dois dias antes da prova com uma pessoa que não conheces?”, bom, esta foi a pergunta que certamente o meu querido massagista, o Urbano — espreitem o vídeo que fiz com ele aqui —, deve ter feito quando viu o meus stories no Instagram. A massagem foi bastante leve. Acho que o massagista, o Andy, pensava que eu era uma menina, então fez-me só umas festinhas nas pernas. Mas, quem sabe? Se calhar até foi o melhor.
O JANTAR
Não falhei na hidratação, da mesma forma que não falhei na minha alimentação. Desta vez, ao contrário das outras, não cozinhei o meu jantar. Em Londres, existe uma cadeia de supermercados que podia, claramente, ser a minha cozinha e despensa. Chama-se Whole Foods e tem supermercados em vários pontos da cidade. São todos gigantes e têm um serviço de buffet com take away super do bem. O meu desafio foi escolher e controlar a gula na altura de escolher a refeição para o jantar de sábado à noite. Mas controlei-me. Segurei-me e foquei-me naquilo que realmente interessa: os hidratos de carbono, os legumes, a proteína, pouca gordura e ficar loooooonge da comida condimentada. Ou seja, não inventar. Dar ao meu corpo aquilo a que ele está habituado.
Então e o que é que comi? Duas doses deste prato que tinha:
— Dois Falafels de grão e espinafres
— Duas colheres Arroz basmati (não tinham integral)
— Courgete salteada
— Brócolos cozidos
— Tofu grelhado
— Legumes escaldados
No final, ainda comi dois quadradinhos de chocolate negro e bebi a minha infusão.
Tudo ok, estes são os meus hábitos, as escolhas certas. Na véspera de provas, aposto sempre no arroz como hidrato principal e nas leguminosas como o grão ou o feijão. Sinto-me saciada, composta, mas sem estar enfartada.
Muitos me perguntam porque não como proteína animal. Na verdade, sinto-me melhor sempre que como pratos veganos. Faço uma melhor digestão e no dia seguinte o meu “mundo interior” está a funcionar a 100%. Nada como fazermos experiências até percebermos de que é que o nosso corpo precisa.
Também não falhei nas horas de sono. Na semana anterior à prova dormi sempre sete horas, com exceção do dia anterior. Esse, vocês já sabem, nunca dormimos as horas necessárias, e mesmo que fossemos para a cama às horas certas, o coração bate tanto que a adrenalina e o entusiasmo podem tornar-se num inimigo. Mas esse também não foi o problema.
Talvez um deles seja o descanso.
Quando falo em descanso, falo em ter a cabeça limpa, focada apenas no compromisso da Maratona de Londres. Quando fazemos aquilo de que gostamos é, realmente, uma realização. Dá trabalho, mas não me queixo, porque me sinto preenchida.
Estava a dias de abrir o meu ginásio, escrevo artigos para o meu blog, sou repórter e apresentadora de televisão e, ao mesmo tempo, estou a tirar algumas ideias e novos projetos que estão na gaveta. Logo, tenho a minha mente cheia.
Além de tudo isto, sou do signo Touro, ansiosa e, tal como o meu pai, sofro por antecipação. Ainda por cima, ando com uma extrema dificuldade em gerir as minhas prioridades. Parece que estou numa fase da minha vida em que tudo parece altamente importante e tem de estar na mesma linha, quando na verdade não é bem assim. Estou a aprender. A vida anda a dar-me uns ensinamentos castiços.
Tudo isto para dizer que, mesmo nos dias menos atarefados da minha vida, sinto que a minha cabeça não para. Está sempre em alta rodagem e a criar projetos e conteúdos e adoro esta adrenalina, é verdade, mas também gosto de cultivar o meu lado mais tranquilo. Ele existe, mas nestes últimos tempos tirou umas folgas. Correr sem estar focada no presente, na emoção e alegria da maratona, não é muito produtivo, e retira algum do prazer da corrida.
Se a maratona também é a força da mente, principalmente a partir do quilómetro 30, e se a mente anda a divagar, a quem é que te vais agarrar?
Eu agarrei-me à minha mãe e à minha Gabriela, que gritaram por mim ao quilómetro 28. Também me agarrei aos vários emigrantes portugueses que chamaram por mim. Ao meu amigo Rui Pereira de Ascensão, que decidiu invadir a estrada da maratona só para me dar um empurrão e fazer-me olhar nos olhos dele. Foi um momento lindo. Mas não foi por isso que deixei de levar a marretada. Porque a cabeça estava cheia.
E não tomaste um incríBel pequeno-almoço? Tomei pois. Também não vacilei no despertar.
A prova começava às 10 horas, e às 7h30 já estava a terminar de comer as minhas Papas Despertar de Buda. Preparo-as assim:
250 ml bebida vegetal
Quatro colheres Despertar de Buda Maca a Baunilha
Uma colher de sobremesa de linhaça
Uma banana
Uma bola energética, aos pedaços
Depois disso, fui quatro vezes à casa de banho, o habitual, comi uma barra de cacau 30 minutos antes da prova e ainda bebi um café.
Mas tudo isto começa muito antes. É que, quando o despertador toca, abrimos os olhos e pensamentos “hoje vou correr a Maratona de Londres”, e sempre que penso nisto, sinto-me feliz e entusiasmada. Mas, desta vez, não foi assim. O pensamento foi “hoje vou correr a Maratona, mas hoje não é o dia.”
E não é o dia porquê?
Há coisas que ainda hoje, mais de um mês depois, não sei explicar. Ando com a cabeça cheia, é verdade. Estou focada em muitas outras ao mesmo tempo, sei que isso não é bom, mas também acho que é a criatividade, o entusiasmo desenfreado de quem tem 33 anos. Não estou a dizer que não estava feliz e focada no meu objetivo, porque estava, mas estive longe da estrada durante vários momentos nestes 42.195 metros. É que uma coisa é aquela distração de alguns segundos com a excitação dos apoiantes nas ruas — sorrimos, acenamos, e depois voltamos para a bolha —, outra coisa completamente diferente é ter vários momentos a pensar em tarefas ainda por realizar, seja para a abertura do ginásio, para os fins-de-semana com programas de televisão ou, pior, decidir naquele momento que era boa ideia organizar a agenda para a semana seguinte.
Malta! Isto é só ridículo e até dá vontade de rir. “Belinha, estás na Maratona de Londres. O que é que isso importa neste momento?” Não importa nada. Então porque é que o pensamento voltava?
Eu estava a precisar de descansar. E aqui está uma das causas de as coisas não terem corrido bem. Porém, depois de todos estes dias de reflexão, sinto que não foi a causa principal. Foi mais uma a juntar a todos os outros detalhes que dificultaram a minha prova. É importante sabermos usar a mente e as emoções a nosso favor, de forma a pensarmos de uma forma mais positiva e focada. E, neste momento, eu não a soube usar da melhor forma. Ainda por cima, a dor de burro da Meia Maratona de Praga e a avaria do meu GPS não ajudaram à minha ansiedade.
A DOR DE BURRO
Logo no início da prova, senti uma ligeira dor do lado direito, mesmo junto à costela. Era apenas um incómodo, mas, por ter aparecido antes da primeira hora de corrida, assustou-me. Uma coisa é ter uma dor de burro ao quilómetro 30 — e aí, apesar de não ser esse o meu desejo, tento gerir até ao final — outra coisa é logo no início da corrida. É matar um prazer que quase não começou. É ter esperado três meses para conquistar alegremente mais uma major e ter de correr triste e desiludida porque o corpo não está a 100%.
Como já partilhei várias vezes, gosto do sentimento de superação, do desafio de uma prova difícil. Até pode custar nos quilómetros finais, mas isso acontece porque uma maratona é naturalmente difícil. Outra coisa é correr em sofrimento por um desconforto ou uma dor que impede de correr livremente. E esta dor era tão parecida com a da Meia Maratona de Praga que decidi adiar a toma de gel ao quilómetro 13 com receio de que o desconforto aumentasse. E passei os 13, os 14, os 15, até chegar ao quilómetro 27. Só aí é que decidi tomar o meu primeiro gel, mas isso não estava no plano.
Sabia a asneira que estava a fazer. Ainda por cima estava imenso vento, o que desgasta ainda mais o corpo. Mas foi a decisão que tomei. E ali, no quilómetro 9, quando tomei aquela decisão, tinha também a clara consciência de que adiar a toma de gel, um dos preciosos combustíveis numa prova, ia levar-me certamente ao muro, à marretada. Ainda pensei que aparecesse mais para a frente, mas não, foi logo a seguir aos 30.
Pernas cansadas. Cabeça leve. Boca seca. Vontade de parar. “Aguenta Belinha. Agora é que não vais ter tempo para terminar de organizar a tua próxima semana. Esquece os espelhos para colocar no ginásio, a decoração do escritório e as reuniões com os parceiros.” Foi preciso uma marretada e começar a sofrer para estar presente na Maratona de Londres. Há males que vêm por bem. O gel ajudou, mas já vinha tarde, ainda por cima, a segunda parte da prova é mais desafiante. É um ligeiro sobe e desce que só termina na meta. E apesar do apoio nas ruas ser muito, não basta.
O GPS
No meio de tudo isto, o meu GPS decidiu “brincar comigo” entre o quilometro 22 e 32. Ainda hoje não entendo a razão, mas a verdade é que, de repente, sem alteração do meu ritmo, o meu relógio quis convencer-me de que estava a correr a 2.50 min/km. Como não vou em cantigas, no quilómetro seguinte baixou para os 3’30’’ para ver se me irritava ainda mais. Não estava a conseguir e, por isso, decidiu passar-me um atestado de lentidão e colocou-me no ritmo dos 5’50’’.
Malta, é que estava sempre no mesmo ritmo, porque felizmente já conheço o meu corpo. Ter um relógio que nos apanha na curva numa prova de 10, 15 ou 21 quilómetros é uma coisa, agora numa corrida de 42 é demais, principalmente nos últimos quilómetros quando é preciso ter a certeza de que se vai no ritmo certo.
Quando finalmente se decidiu a fazer as pazes, já eu estava a fraquejar. Nos últimos sete quilómetros olhar para o relógio e ver ritmos entre os 4:45 e os 5:15 min/km não me espantava.
Sabia que era verdade, e o João Catalão pode confirmar. Ele também foi apanhado na curva e esperou por mim no quilómetro 35 e, assim que o vi, comecei logo a chorar. Percebi que aquela aventura também não lhe tinha corrido bem. Depois, fomos juntos até ao Palácio de Buckingham.
Adorei vê-lo com a bandeira de Portugal. Fez-me recordar quando cortei a meta da Maratona de Sevilha, fomos juntos, com a bandeira erguida. A dupla de portugueses na conquista de uma das medalhas mais bonitas do Mundo. Fomos “devagarinho” mas chegámos.
E há coisas que não se explicam. Nos últimos 800 metros esqueci-me completamente das minhas dores e do meu sofrimento. Já só sorria e chorava. Naquele momento, senti um amor incondicional e único pelas maratonas. Elas fazem-me sempre ser mais e melhor, levam-me a acreditar que tudo é possível e que as coisas dependem de nós próprios, do nosso fazer acontecer.
Eu quis parar. Pensei várias vezes nisso. Numa delas foi quando me cruzei com o querido Edu — um brasileiro, apaixonado pelo desporto e corridas com um canal incrível no Youtube — vejam aqui. Corria cansado mas forte, sempre a sorrir mas a precisar de uma “força”, e eu também. Juntei-me a ele e ainda corremos juntos uns quilómetros até decidir seguir o meu caminho. Apesar de ele me ter ajudado também com o seu sorriso, se eu fosse ao ritmo dele ia acabar por parar. “Vai Isa. Eu estou bem. Já nos vemos na meta”. E assim foi. Um até já.
Vale a pena correr uma Maratona só pela sensação de cortar a Meta. É o “foda-se” que melhor que saber dizer: “Foda-se! Consegui. Terminei a Maratona de Londres. Onde é que está a minha medalha?”
Abracei-me ao João e chorei, chorei até já não conseguir mais. Mas chorei com tanta alegria e satisfação que, no final, já só queria rir à gargalhada. Lembro-me de dizer ao João: “Baaaabeeee, estou com um empeno que nem é bom falar. Temos tanto para falar que nem sei por onde começar”.
Também não deu para falar mais. Tinha a voz trémula e precisava de me hidratar.
A ENERGIA DA VALÉRIA NA MARATONA DE LONDRES
Lá estava ela, um quilómetro mais à frente. Umas das mulheres que mais me inspiram. Sigo-a há muito através das redes sociais — a ela e ao Edu. Adoro o canal de YouTube do Edu, onde podem encontrar excelentes dicas sobre corrida e reviews sobre várias sapatilhas, e encanta-me a energia, foco, alegria e determinação da Valéria.
É mãe de família, contabilista de profissão e maratonista, mas não é por ela ser tudo isto que eu a admiro. É pela forma como ela vive a vida, do jeito que ela merece ser vivida. Ela agradece por ser feliz, grata pelo que tem e preocupa-se mais com o verbo “ser” do que o “ter”. É linda, tem a minha altura e dança kuduro nas horas. Percebi isso quando, depois de uma Maratona, ali, bem perto da recolha de mochilas, ligámos o Spotify desta incrível brasileira e demos ali um show de bola que quem por ali passava não acreditava que tínhamos acabado de correr estes 42 quilómetros. Pouco tempo depois, chegou o Edu.
A Maratona de Londres foi inesquecível por estes dois grandes amigos que fiz. Foi o nosso primeiro encontro, mas é fantástico o poder que as redes sociais têm para aproximar as pessoas, mesmo quando elas não se conhecem. Ter estado com eles parece que foi mais um dia no meio de tantos, em que conhecemos a rotinas uns dos outros porque partilhamos as nossas vidas. E que mal tem partilhar o que faz bem e nos faz sentir bem?
Por vezes ainda me arrepio quando penso que estive com eles, mas para entenderem melhor este meu entusiasmo podem, sempre espreitar aqui o Instagram da Valeria Melo e do Tênis Certo (o Edu). A alegria desta dupla é deliciosa.
A MINHA MÃE E A GABRIELA
Estiveram à nossa espera duas horas, junto ao Palácio de Buckingham, enquanto iam acompanhando a prova na app da Maratona de Londres, através do número do meu dorsal. Quando cheguei perto delas, no final, demos um abraço tão grande que parecia que tinha ido para a guerra.
Tinham um orgulho muito grande em mim. Não me disseram, mas senti isso e chorei de novo. “Não fiz o tempo que queria, mas cá estou. Tenho uma bolha no pé e só estou bem a mancar. Mas estou feliz, mãe”, foram as palavras que consegui dizer.
“Claro Belinha. E nós por ti. O que tu fazes é inspirador. Temos orgulho em ti”, respondeu a minha mãe.
Pronto! É isto, pessoal! Basta isto para eu soltar a última lágrima e chegar a esta conclusão: quando começamos a correr muitas maratonas, a tendência é acharmos que aquilo que fazemos é algo absolutamente banal, mas não é. É um desafio que poucos superam, ou porque não gostam ou porque acham que não estão capazes. Não sou atleta e felizmente não vivo a pressão da competição, mas aquilo que nós, maratonistas, nos predispostos a fazer é altamente inspirador — para nós e para os outros.
Correr a Maratona de Londres em 3h17 é um tempo do caraças. E só percebo isso quando penso na média do meu ritmo. É muito tempo a correr, sem parar e sem querer vacilar. É correr e só parar quando acaba o compromisso. E se isto não é do caraças então o que é?
OS AMIGOS QUE CONQUISTÁMOS
O Diogo e a Sara, que têm uma história tão bonita, vivem em Londres e acompanham-me através das redes sociais há algum tempo. Volta e meia trocamos mensagens pelo Instagram e, sem os conhecer pessoalmente, achava-os extremamente educados e com uma profunda admiração pelas corridas e por mim.
Não me conhecem da televisão. Gostam de mim pelo meu entusiasmo e amor pelas corridas e foram dos primeiros a vibrar com a minha ida a Londres para correr a Maratona. Fico tão grata por sentir tanto amor que combinei com eles um encontro, e foi épico. Passei por eles no dia da prova e no dia seguinte fomos todos jantar a um restaurante vegano, escolhido por eles, que era ótimo. Fez-me lembrar o Vegan Food Project, no Chiado.
E porque gosto de juntar gente que me faz bem, nesse dia, a mesa do restaurante era para oito. Juntou-se a nós o Ivo — um grande amigo meu do Norte que vive em Lisboa — e o Mário, um dos organizadores da Alegro Meia Maratona de Setúbal, que, curiosamente, neste fim de semana estava em Londres.
Isto é viver a vida! Vivi, neste jantar, um momento de grande felicidade. E só não se juntou a família do Osmar porque já tinha um compromisso. E quem é o Osmar? É um dos responsáveis da loja New Balance de Oxford Circus com quem me cruzei na Feira da Maratona. Ele não me conhecia, mas a mulher sabia que eu estava lá e quase que o obrigou a vir ter comigo para fazermos um vídeo para ela. E o Osmar é uma pessoa tão educada e bondosa. Gostei tanto dele que fiz questão de conhecer toda a família, e assim foi, um dia depois da maratona estivemos todos juntos.
Mais. Recuando no tempo, a primeira fotografia da minha aventura foi no aeroporto de Lisboa com a nossa selecção paralímpica! Parabéns também a eles. São os nosso heróis.
Entendem agora porque é que correr uma Maratona é muito mais do que 42.195m?!
A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.
É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.
Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.
A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.