Se eu acredito que somos o que comemos, e que a atividade física é fundamental para estarmos de bem com a vida, então faço o que está ao meu alcance para incutir esses hábitos na vida do Caju.
O Caju é um Pug, e os Pugs têm tendência a ter problemas respiratórios e até mesmo a serem obesos. O Caju tem uma respiração muito sonora — basta irem ao meu Instagram e passarem no destaque dos stories que diz Caju para perceberem o que quero dizer — e isso tem a ver com o nariz dele, como me explicou a veterinária dele, a Catarina, da Dog’s Wish.
“Tal como os Bulldogs ou os Boxers, os Pug são cães de raça braquicéfala, com o focinho achatado e, por isso, têm tendência a ter mais problemas respiratórios”, disse-me a Catarina.
Até hoje, felizmente, o Caju nunca teve grandes problemas respiratórios, e acho que isso tem a ver com os hábitos de vida saudáveis, não só na alimentação — como sabem o Caju só come BARF, mas já vos falei sobre isso aqui —, mas também na prática desportiva. O Caju vai duas vezes por semana para o Cão Nosso, o espaço onde fiz a festa do 3.º aniversário dele — recordem esse dia aqui — onde pode correr e brincar, mas nem sempre tenho o tempo que gostaria para me dedicar às atividades do Caju.
Esta atividade física faz com o Caju seja um bocadinho diferente dos outros Pugs. É mais musculado, magrinho e a respiração dele é igual à dos Pugs, é verdade, mas quando conheço outros cães desta raça noto que a respiração do meu Caju é pouco ofegante e que ele não se cansa muito.
Isto não quer dizer que ele não tenha os seus problemas, e a Catarina já me tinha dito em tempos que a pele dele era um bocadinho sensível e com tendência para dermatites, e é isso que faz com que o Caju tenha de andar muitas vezes de funil. Mas o que são dermatites? A Catarina explica: “Dermatite é a palavra que designa inflamação na pele, que se pode manifestar como eritema, pápulas, crostas, pústulas, alopécia, etc, consoante a sua causa”
O Caju tem três anos e ao longo da vida já teve algumas dermatites, mas é um tipo muito específico, como me disse a Catarina. São dermatites húmidas agudas e aparecem provavelmente depois de ser picado por um inseto. Ou seja, tal como eu suspeitava, e a Catarina confirmou, o facto de ele andar sempre de um lado para o outro a brincar com os amigos e em contacto com a natureza torna-o mais propício a ter este problema.
O que acontece é que, depois de o Caju ser picado, seja por um mosquito ou por uma pulga, ele começa-se a coçar e acaba por ficar todo vermelho e com a pele muito irritada. Já não é a primeira vez que isto acontece, e quando ele aparece com alguma ferida eu levo-o à Dog’s Wish, eles fazem um tratamento na pele, rapam aquela zona do pelo — a Catarina diz que assim é mais fácil aplicar os tratamentos —, dão-lhe um banho e colocam-lhe logo o funil. É a única forma de ele não se estar a coçar.
E a verdade é que, por muito que me custe, e a ele também, temos de deixar o funil o máximo de tempo possível, até as feridas estarem completamente saradas, para não voltarem a aparecer.
Há tempos o Caju teve uma destas dermatites e fiz o procedimento normal. Mas uns dias depois ele foi para casa dos meus pais e eles começaram a ver que a ferida já estava tratada. Então, a minha mãe tirou o funil. E o que é que aconteceu? Ele voltou a coçar-se, porque aquilo não estava completamente curado. Resultado, cheguei a casa e vocês não imaginam a quantidade de sangue que ele tinha na orelha. Fez uma ferida enorme. O mais engraçado é que o meu baby estava ali, impávido e sereno, como se nada fosse. Às vezes não percebo bem o que vai na cabeça dele. Parece que não sofre.
Claro que tive de ir à Dog’s Wish e tivemos de começar o processo do início. Mas agora já sei tudo o que devo fazer, e que não devo tirar o funil até ele estar completamente curado. Nem que ele tenha de andar 15 dias com aquilo posto. E sei que muita gente sugere utilizar aquelas boias em vez do funil, mas a Catarina explicou-me que isso não resulta, porque ele consegue coçar a cabeça na mesma.
Acreditem, malta, não é nada fácil ver o meu Caju de funil, mas tem de ser. Só o tiro em dois momentos: quando é para comer ou ir à rua, porque é quando estou de olho nele e posso impedir que se ande a coçar. Ainda tentei andar com ele na rua de funil, mas fica doido para fazer as necessidades. Como não consegue cheirar, anda sempre às voltas e não consegue sair. Agora passei a tirar e ficou tudo resolvido.
Agora é esperar uns dias para ver se isto passa, mas certamente que o Caju vai recuperar num instante, e depois já lhe posso dar todos os abraços e beijinhos à vontade.
A Isabel Silva nasceu a 8 de maio de 1986 e é natural de Santa Maria de Lamas. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Cinema e Televisão pela Universidade Católica. Fez um curso de Rádio e Televisão no Cenjor e foi o seu trabalho como jornalista e produtora de conteúdos na Panavídeo que a levou para a televisão, em 2011. Durante 10 anos apresentou programas de entretenimento e, de forma intuitiva e natural, percebeu que aquilo que a move é a criação de conteúdos que inspirem, motivem e levem os outros a agir. Tem uma paixão enorme por comunicar e tudo o que comunica está intimamente ligado a uma vida natural carregada de energia, alegria e simplicidade.
É autora dos livros “O Meu Plano do Bem”, “A Comida que me Faz Brilhar”, “Eu sei como ser Feliz” e da coleção de livros infantis “Vamos fazer o Bem”.
Descobriu a paixão pela corrida em 2015, em particular pela distância da Maratona – 42.195m. Tem o desejo de completar a “World Marathon Majors” que inclui as 6 maiores Maratonas do Mundo. Já correu Londres, Boston, Nova Iorque e Berlim.
A 14 de Dezembro de 2016 lançou o blogue Iam Isabel e que hoje, numa versão mais madura, mas igualmente alegre e enérgica, é o canal DoBem.