Sempre gostei de sobremesas, como muffins de chocolate negro e banana. Quantas são as vezes em que vou a um restaurante e a primeira coisa que faço quando abro a ementa é começar pelo ver logo o que está no final. Admito que por vezes controlo-me nas entradas e no prato principal só para me poder desforrar na sobremesa.
Então e quais é que são aquelas coisas que eu amo mesmo de paixão? Gelados com bolacha, chessecakes e quente e frio (adoro todas as sobremesas que tenham este contraste).
Mas quem me conhece, e quem me segue há algum tempo, sabe que não sou mulher de consumir açúcar só porque sim. Aliás, para mim, o bom açúcar é aquele que está naturalmente presente nos alimentos, e não aquele que adicionamos. Nunca fui habituada a comer muitos açúcares refinados (que são os piores, os que viciam e não acrescentam nada, aliás, só acrescentam gordurinhas aqui e ali). O meu paladar é simples e modesto — basta-me uma tâmara, uma banana madura, uma manteiga de frutos secos ou um fio de geleia de agave e eu já fico feliz. Aliás, é importante que toda a gente perceba isto: o paladar é algo que se trabalha. Mesmo aqueles que dizem que não conseguem beber café ou chá sem açúcar, que não conseguem comer nada sem sal, só precisam de ter consciência de que isso acontece porque habituaram o paladar a isso. Mas da mesma forma que o habituaram a excesso de sal ou açúcar, podem habituá-lo a alimentos com menos sal e menos açúcar, e vão ver que em pouco tempo tudo vos vai saber igualmente bem, mas os alimentos que consomem serão muito mais saudáveis.
Com o açúcar em tento não exagerar. Por vezes, não me consigo conter e como mais do que devia, sobretudo em dias em que também abusei do exercício e sinto que mereço essa recompensa. Mas atenção, que mesmo sendo comidas do bem, quando ingeridas em excesso, podem engordar. Mas maaaalta!, a ter que ter gorduras a mais… que sejam do BEM. Ai…
Serve esta introdução para vos dizer que todos os dias tenho de ter um mimo bem docinho. Às vezes é o corpo que o pede, uma necessidade fisiológica, noutras simplesmente é o coração que quer.
Mas porque não posso estar sempre a comer sobremesas altamente calóricas, apesar de serem boas a nível nutricional, convém ter alguns truques. Agora, por exemplo, que estou a preparar-me para a Maratona de Berlim, tenho sempre imenso apetite. E vocês dizem “com o que tu corres, podes comer tudo”. E eu respondo: “Não!”. Não posso comer tudo quando quero ter resultados, quando quero atingir a minha melhor performance, e ter um corpo para o esforço que eu lhe exijo. Quero comer bem, mas continuar leve e ágil para correr com prazer. Para isso, não posso estar a consumir mais do que aquilo que gasto. Mesmo que gaste muito. É assim que eu me sinto bem, e isso é sempre o mais importante. Este é o meu jeito. Cada um terá o seu.
Apesar de não ter gordices em casa (não as posso ter, senão como-as, vocês sabem o que isso é), procuro ter ingredientes que me permitam criar receitas simples e rápidas para “matar o bicho do doce”.
Esta é uma delas: muffins de chocolate negro e banana!
Como descobri esta receita
Simples. Foi-me dada pelo Luís, o meu amigo e PT do Efit, do Parque das Nações. Um dia, depois do treino, ele levou estes muffins deliciosos para o estúdio e eu adorei-os. Ele gosta de fazer estas coisas em casa – já provei as panquecas, os waffles, os gelados, e desta vez, ele levou esta delicia que tanto podemos comoer como lanche ou como sobremesa. Gostei tanto que comecei a fazer em casa.
Estão a ver aquele momento em que acabam de jantar, se sentam no sofá, não têm grande fome mas vai começar a vossa série preferida e querem “ratar” qualquer coisa sem culpa? Pronto! Sinto isso vezes sem conta. É nestas alturas que mando abaixo um destes muffins, que costumo acompanhar com uma infusão. É tão confortável sentir que estamos aconchegados e que não pecamos. Até vamos para a cama mais felizes.
Vejam bem esta receita e experimentem em casa. Depois digam-me se o Luís é ou não é incríBel.
Agradecimento ao Luís do E-FIT, que ensinou a receita.