As mulheres passam por vários momentos desconfortáveis por causa da menstruação, mas se há um que é capaz de lhes estragar o dia é quando são apanhadas de repente pelo início de um ciclo. De repente, todas as tarefas de dia a dia passam para segundo plano, e não, não é só por causa das dores, que também conseguem ser bastante incómodas. Falamos da necessidade de procurar algo que seja capaz de absorver o fluxo e, muitas vezes, recorremos a opção que nem sempre são as mais sustentáveis.
É que estes produtos, e referimo-nos a pensos higiénicos e tampões, especificamente, podem ser práticos e simples de utilizar, mas estão longe de ser a opção mais ecológica, e há investigações que o comprova. Em 2019, um estudo realizado pela ONG catalã ReZero, afirma que, em 2017, foram utilizados cerca de 46 biliões de produtos menstruais descartáveis, o que equivale a 590 mil toneladas de lixo.
Estes produtos descartáveis, pelas elevadas quantidades de plástico que contém tanto nas embalagens em que são vendidos como no próprio produto, acabam em aterros sanitários, onde podem levar centenas de anos a degradarem-se. Estima-se que os pensos higiénicos, por exemplo, demorem entre 500 a 800 anos a decomporem-se, tal como explica o site “The Balance Small Business”. Mas nem sempre foi assim, até porque, tal como escreve a “National Geographic”, na década de 1930 já existiam tampões com aplicados, tal como vemos hoje em dia à venda em tantas superfícies comerciais. A principal diferença é que, no tempo das nossas avós, o aplicador era feito de cartão, e não de plástico.
Para além desta poluição e o uso excessivo de plástico, os tampões estão também associados à Síndrome de Choque Tóxico, uma doença rara causada pela presença de bactérias que entram no corpo e libertam toxinas. Em 2012, surgiram notícias de uma modelo americana, Lauren Wasser, que depois de usar um tampão durante dez horas seguidas, ou seja, muito mais tempo do que o recomendado, viu-se forçada a amputar uma perna devido ao choque tóxico.
É certo que esta patologia é rara e que só acontece em casos extremos, mas a utilização de produtos descartáveis tem várias desvantagens, principalmente para o meio ambiente. Contudo, e com a crescente preocupação com o ambiente, existem já soluções menos prejudiciais.
O copo menstrual é, sem dúvida, uma das opções mais sustentáveis do mercado. É feito em silicone, pode durar mais de dez anos se seguir todas as recomendações de limpeza e higienização e há mulheres que o chegam a conseguir usar durante mais de 12 horas, sem qualquer fuga. No entanto, o que pode funcionar muito bem para algumas mulheres, pode ser um verdadeiro pesadelo para outras. Nem todas as mulheres se adaptam aos copos menstruais, por exemplo.
No entanto, não faltam opções sustentáveis e amigas do ambiente, e muitas delas estão apenas a m clique de distância. Desde pensos reutilizáveis a cuecas menstruais, sem esquecer opções mais alternativas como as esponjas naturais que se usam como se fossem tampões, há um pouco de tudo. A melhor parte? Além de ajudarem o ambiente, estes produtos também ajudam a sua carteira a longo prazo.
Fizemos o trabalho de casa e encontrámos sete opções de produtos menstruais ecológicos que pode encontrar à venda online. Conheça-os na fotogaleria.