São tantas as vezes em que nos sentimos exaustos, em que não percebemos como é que – de repente – nos sentimos “sem energia”, que parecemos estar drenados e sem um pingo de vida – que nos perguntámos o porquê? Será que é apenas da alimentação, de uma noite mal dormida, do ritmo frenético em que vivemos – ou será que, por vezes, o que justifica o nosso cansaço extremo pode estar relacionado com a (não) preservação da nossa energia vital e com algumas pessoas ou ambientes em que estivemos?
Por aqui, sabemos que tudo conta! E queremos equacionar as várias hipótese que nos tiram energia e nos deixam de rastos.
Por isso, perguntámos a alguns amigos, mentores e parceiros da DoBem se sentiam o mesmo e… o que faziam para protegerem, preservarem e limparem a sua energia vital. E ficámos muito entusiasmados com a lista de dicas e de partilhas que chegaram até nós! Aqui ficam elas – espero que gostem e que vos ajude na manutenção do vosso equilíbrio tanto físico, emocional, como mental e espiritual.
No dia em que perguntámos à Joana, do The Therapist, o que ela fazia para equilibrar as suas energias, ela riu-se e disse: “hoje é um desses dias. O meu bébé acabou de ficar com febre, estou em reuniões de um lado para o outro, tenho 300 mil coisas para fazer e estava a pensar o que ia fazer logo para me desligar.”
E qual a receita dela para voltar a centrar-se?
1. Começa por desligar o telefone, porque lhe causa imensa ansiedade
2. Respira fundo 10x focando-se na sua barriga a inspirar e expirar
3. (em casos extremos) Descarrega essa energia através da dança (em casa ou em aulas de grupo)
4. Escreve no seu diário para poder processar o dia, perceber porque se sentiu de determinadas formas e como pode fazer melhor, para se proteger, na próxima vez
A Sandra Bensaude é terapeuta e foi através dela que a Isabel Silva conheceu o Biofeedback e EFT. Após várias sessões, a Isabel ficou não só fã dos efeitos dos tratamentos, mas também da Sandra – assim como das suas dicas.
Segundo a Sandra, existem vários métodos para protegermos a nossa energia. Ela escolheu falar-nos, especificamente, em duas técnicas, ambas retiradas da rotina energética diária da Donna Eden (medicina energética).
Ela, no seu trabalho, está com várias pessoas e, para proteger as suas energias, quando não tem tempo para se fazer uma sessão de Biofeedback – usa estas ferramentas:
Ou seja, o fechar o “fecho éclair” que vai percorrer o meridiano central, debaixo para cima e que se encontra na parte da frente do nosso corpo.
Esfregamos as mãos para ativar a energia nas mãos e com os braços caídos, ligeiramente à nossa frente, colocamos as mãos formando um triangulo espalmado.
Ao inspirarmos, começamos a subir a energia com as mãos até á boca onde fazemos o gesto de fechar à chave – e, ao expirarmos, esticamos os braços para os lados.
Ao fazemos esta técnica estamos a criar um escudo de proteção para as energias mais desequilibradas que possam estar ao nosso redor.
Serve para cria uma ligação entre o meridiano central que percorre a parte da frente do corpo e o meridiano governador que percorre a parte de trás do corpo. Eles devem se juntar na zona dos lábios, ao fazermos o processo abaixo descrito estamos a criar uma bolha de proteção.
Como fazer:
Com o dedo do meio de uma das mãos colocamos no umbigo e fazemos um pouco de pressão, com a outra mão usando também o dedo do meio colocamos entre as sobrancelhas com um pouco de pressão e depois puxamos ambos dos dedos ao mesmo tempo que inspiramos pela boca e expiramos pelo nariz , fazemos umas 5 respirações.
Assim como existem vários métodos para nos protegermos, existem também diversos para nos reequilibrar.
A Sandra gosta de usar o sal. Se tiver tempo, recorre à água do mar, com a intenção de largar as energias mais baixas e carregar o seu corpo com as frequências mais elevadas do mar.
No entanto, algumas vezes, não há tempo nem condições para o fazer, por isso opta por usar um recipiente em que coloco água e sal grosso marinho. Depois de tomar duche, despeja a água com sal do recipiente no seu corpo do pescoço para baixo com a intenção de limpar energeticamente.
“Gosto de me lembrar que os meus pensamentos influenciam o meu ser, por isso tento ter atenção ao que estou a pensar e às palavras que uso. Pensamentos positivos, elevados, mas sentidos também são uma boa proteção e ao mesmo tempo uma forma de recarregar a minha energia.” Sandra Bensaude
Prática e objetiva – quando a Cátia Curica se sente desvitalizada ela já tem algumas técnicas, muito pessoais, guardadas na manga:
Quando sente que estão a sugar-lhe a energia, ela usa a imaginação recorrendo à técnica em que imagina uma esfera de proteção ao seu redor.
A troca de energia entre seres é uma coisa inevitável no mundo social. O Rodrigo, enquanto médico, sente que tem obrigação de equilibrar as energias dos pacientes que o procuram em busca de melhora. Ele gosta de dar amparo, conforto e de abraçar – o que faz com que a sua energia vá sendo doada.
O que ele faz, no final do dia, para limpar e restaurar a sua energia é o seguinte:
Como o corpo, ao fim do dia, precisa de descansar e preparar-se para acalmar – ele não recorre ao exercício físico ao final do dia, mas sem a estas soluções.
A Alexandra Costa vem de uma tradição familiar muito católica e a sua avó paterna ensinou a família a fazer umas orações. Uma delas serve para quando se está à frente de alguém que não nos está a fazer assim tão bem. Então, o que ela faz para se proteger – e segundo os ensinamentos da avó – é:
Colocar uma das mãos sobre o umbigo e, mentalmente, dizer esta oração:
“Tu és ferro / eu sou aço
tu és o demónio / eu te embaraço
com 2 eu te vejo / com 4 te espanto
com a graça de Deus e do Divino Espírito Santo”.
Ela também a ensinou a tirar o quebranto! Antigamente, e por Portugal, era uma prática comum que a Alexandra nos explicou:
“Para tirar o quebranto necessito de uma pequena taça com azeite e outra taça um pouco maior com água.
Digo a seguinte oração em voz alta (a desenhar uma cruz com o dedo polegar 👍🏻 no azeite):
“Em louvou do Santíssimo Sacramento te benzo (meu nome ou de a pessoa que pode estar desgastada) de lua e olhado.
Cobranto e cobrantado.
Lua por aqui passou, em nome de (meu nome ou de a pessoa que pode estar desgastada) ela levou.
Lua por aqui há de passar, nome de (meu nome ou de a pessoa que pode estar desgastada) há de deixar.
Deus te fez. Deus te criou. Deus te tire o mal para quem a ti te acobrantou.
Dois olhos lhe deram três hão de tirar em louvou da Santíssima Trindade.”
Termino de dizer esta oração (e de fazer as cruzes no azeite) e deixo cair três gotas na taça com água. Se as gotas abrirem na água, existe quebranto.
Deito fora a água e repito todo o processo de novo.
Quando as gotas de azeite ficarem intactas na água, o quebranto foi removido.”
Mas ela não fica por aqui!
Tem todo um kit de primeiros socorros para proteção da sua energia vital:
A Dulce confidenciou-nos que não fica carregada ou esgotada com muita facilidade. Talvez porque tira pequenas pausas e por viver, literalmente, no campo. Contudo, quando acontece, ela tem uma série de práticas que a ajudam a resolver o assunto:
Os dias na Quinta das Águias são intensos, de muita actividade, e há alturas de maior desgaste físico e psicológico.
O que a Ivone sente que mais a liberta do cansaço – e que tem um efeito relaxante – é dar um passeio pela quinta numa atitude de contemplação, sem a ideia de querer ir fazendo tudo o que vê por fazer em cada local por onde passa.
Ir ver cada um dos 161 animais que resgataram de situações terríveis de abandono e maus tratos, senti-los, fazer uma festa aos que gostam de festas, e aos outros, simplesmente um mimo com um olhar, umas palavras carinhosas.
Observar cada árvore, cada planta, cada flor, cada insecto que pousa nas flores, sentir os seus perfumes, ouvir o chilrear dos passarinhos, sentir a brisa na pele, passeando calmamente, cada passo é como uma carícia à nossa Mãe Terra, numa atitude de gratidão, veneração e respeito por todas as formas de vida.
Deslumbrar-se com a diversidade e beleza de folhinhas verdes, flores coloridas, colhendo algumas para a preparação de uma água aromatizada ou uma tisana. Em cada planta colhe uma ou duas folhas ou flores, sentindo um amor profundo, uma gratidão imensa por cada uma delas, pela maravilha que é a natureza e a sua generosidade. Com a intenção de que a sua colheita vá beneficiar a saúde do corpo e da alma de todos que dela vão desfrutar.
Há quem precise de mesinhas, de acção, de rituais mais complexos para voltar a si – e há quem precise de silêncio. Muito Silêncio. A Helena é uma dessas pessoas que se regenera na quietude do momento. Como dicas, e para além deste silêncio que pode (e deve) ser acompanhado por um chá quentinho, ajuda-a praticar:
Para a Filipa, a proteção energética é um estilo de vida. Proteger-se, numa sociedade na qual as pessoas estão habituadas a drenar energia umas às outras, é uma forma de estar diária e, quando percebemos isso, passamos a olhar para as pessoas sabendo que elas vão atuar não por aquilo que são, mas pelo que lhes foi ensinado e incutido durante a vida.
Quando se sente drenada, a Filipa tem as suas prática de Yoga e Meditação e é a elas que recorre. Mas tem também outras práticas e pequenos rituais pessoais ligados ao feminino.
Por exemplo, todos os meses ela faz o Yoni Steam – uma limpeza do útero que se foca no trabalho dos traumas e emoções que ficaram instaladas no nosso útero.
Faz questão de ir, também, a um circuito de águas semanalmente – pois, para ela, limpar com a água é muito importante.
Recorre às suas Pujas – práticas que faz em frente ao seu altar, acendendo uma vela e fazendo orações para as suas necessidades e intenções.
Escreve e tenta rodear-se de pessoas que não a drenem e que a elevem.
A Daniela gosta muito de usar a visualização para este género de questões. Esta é uma das ferramentas que usa há mais tempo. Contudo, com o tempo, as pessoas com quem se foi cruzando, as experiências e aprendizagens, começou a recorrer a outras técnicas para ajudar a manutenção da sua energia. Devido à sua sensibilidade, ela sente que absorve muitas emoções que não são dela. Essas variações incomodam-na e ela ainda está a aprender a melhor forma de fechar o seu campo energético – quando necessário – antes que ele lhe possa causar mudanças emocionais repentinas ou exaustão.
Para partilhar connosco, ela destacou as seguintes dicas:
PARA PROTEGER O CAMPO ENERGÉTICO
PARA LIMPAR O CAMPO ENERGÉTICO DEPOIS DESTE SER DRENADO
Proteger, preservar e limpar a nossa energia são práticas essenciais para manter o equilíbrio e bem-estar na nossa vida quotidiana. Destas 36 dicas – explora as que fazem mais sentido para ti, escolhe 2 ou 3 e integra-as na tua rotina. Desta forma, abres caminhos para uma existência mais plena, saudável e harmoniosa. Seja através de práticas de autocuidado, técnicas de meditação, ou simples atos de gratidão e conexão com a natureza, cada passo que damos para cuidar da nossa energia fortalece-nos e prepara-nos melhor para os desafios diários.
O cuidado com a energia pessoal não é um ato isolado, mas uma jornada contínua de autoconhecimento, amor-próprio e respeito ao nosso ser integral. Encorajamos todos a experimentarem estas dicas, adaptando-as conforme necessário para atender às suas necessidades individuais – e a compartilharem as suas experiências e aprendizagens neste processo de crescimento pessoal e espiritual.