Diários Espirituais: porque são essenciais para a minha vida

Diários Espirituais: porque são essenciais para a minha vida

Do BemDo Bem
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14.08.2024
Diários Espirituais

Sempre gostei de escrever. Sempre me fascinou e senti que era fundamental reter e preservar memórias – datas, sentires,… E, sempre tive Diários Espirituais. Porquê? Porque eles são o espelho do meu Ser – de quem sou – das minhas angústias, dos meus temas e da minha evolução interior. Lê o texto e percebe melhor do que estou a falar.

Eu preciso escrever! Sabem – aquela necessidade que parece vontade, mas não é só isso. Por isso, sempre estive rodeada de cadernos e continuo a TER de pôr no papel certas coisas – como, por exemplo, os meus “to do’s”. Pode estar no digital, pode e está. Mas parece que se não estiver no papel há algo que não está certo. Fico com uma aflição no peito, como se algum assunto estivesse no ar e não se fosse concretizar, de forma ordenada, se não tivesse no papel. Ah, e não num papel qualquer! Num papel que goste, que flua – com canetas que também elas me transmitam estas sensações. Com os Diários, é igual. Preciso deles – preciso escrever neles – nem que seja com tópicos, datas e bullets. E – preciso tê-los ao pé de mim. Porque, afinal, nunca se sabe quando temos uma epifania que precisa ser anotada!

 

Estes diários oferecem-me um espaço íntimo para explorar pensamentos, sentimentos e experiências. Chamo-lhes “espirituais” porque, no fundo, é a história da minha alma – do meu espírito – que lá está gravada. O meu trajecto por esta vida, nesta terra. Então, embora tenham temas bem concretos de ciclos meus – são páginas onde está todo o meu Ser e os sentires dos meus corpos todos: espiritual, emocional, mental e físico.

 

O que são Diários Espirituais?

Para mim, um diário espiritual é um caderno onde registo as minhas reflexões, emoções, intenções e insights relacionados a minha jornada por este mundo. Desde que os comecei a escrever, aos 14 anos, até agora – tenho 3. Sempre que escrevo, coloco a data. 

O que os meus diários incluem:

  • Intenções
  • Linhas cronológicas com pessoas que vou conhecendo – e fazendo trabalho – e que são cruciais para mim (psicólogos, terapeutas energéticos, os meus professores de Reiki, amigos especiais que são pilares – em dado momento – da minha jornada,…)
  • Orações
  • Meditações
  • Consultas de todo o tipo – as com a psicóloga, as leituras energéticas variadas, as consultas de numerologia, human design e/ou astrologia,…
  • Sonhos
  • Mantras
  • Frases, pensamentos e anotações sobre livros ou palestras inspiradoras
  • Linhas cronológicas com pessoas que vou conhecendo – e fazendo trabalho – e que são cruciais para mim (psicólogos, terapeutas energéticos, os meus professores de Reiki, amigos especiais que são pilares – em dado momento – da minha jornada,…)
  • Datas importantes dos meus processos e experiências espirituais 
  • O que quero trabalhar em mim
  • Cartas – a mim, aos meus Guias, a pessoas com que me relaciono ou já me relacionei
  • Cursos e formações que fiz dentro da espiritualidade (vai longa esta lista – sou Gémeos)

 

Como vês, tenho aqui a minha vida! Todas as minhas pegadas são escritas lá. 

 

Benefícios dos Diários Espirituais

  1. Autoconhecimento: consigo, através destes diários,identificar alguns padrões de comportamento e pensamentos. Principalmente quando leio as intenções. Por vezes fico a perceber que fico anos a trabalhar o mesmo tema e intenção. Vejo que o Tempo não é como queremos. Entendo e aceito que há coisas que demoram. Por exemplo, a intenção: “Parar de me boicotar.
  2. Paz Interior: o ato de escrever sobre as minhas preocupações e esperanças ajuda-me a acalmar. Partilhar com o papel e saber que o posso reler é um bálsamo importante para mim.
  3. Conexão: tenho medo de perder as minhas tomadas de consciência. De as integrar, manifestar mas – mentalmente – as esquecer. Sei que é o menos importante – mas gosto de ter essas anotações comigo. E sinto-me que o meu coração, assim, consegue expandir mais. Ou seja, quando me sinto agradecida ou emocionada com alguma tomada de consciência ou momento, algum encontro ou reencontro, e o escrevo: isso faz com que o meu peito, amor e agradecimento sejam potenciados. E amo essa sensação e estado vibracional.
  4. Ter uma cábula: com o tempo, é possível olhar para trás e ver o meu crescimento, os desafios superados e as lições aprendidas.

 

Algumas coisas que encontro pelos meus Diários Espirituais

 

Diários Espirituais

 

As intenções são, para mim, o mais importante que encontro pelas páginas dos meus Diários Espirituais. Elas permitem-me perceber o que desejava com todas as minhas forças e, claro, as minhas carências, desafios e necessidades. 

Como medito (quase) todos os dias – ou seja, como “falo” com o alto todos os dias e faço trabalho espiritual semanal, tê-las anotadas tranquiliza-me. Isto porque, quando estás no meio do turbilhão, a clareza mental desaparece e o que tinhas alinhado e em consciência tende a ficar ténue. De entre as intenções que mais se repetem, tenho:

  • Deixar de me auto-boicotar 
  • Conseguir amar-me e nutrir-me
  • Deixar de sentir vazio dentro de mim sem ter de procurar o outro para me preencher
  • Estar mais ancorada à Terra e viver o momento presente
  • Ser menos exigente para comigo
  • Viver sem culpa
  • Encontrar as minhas partes perdidas
  • Seguir e viver em propósito
  • Deixar de ter medo do desconhecido
  • … 

 

As orações – mais do que os mantras – são outros dos segmentos aos quais recorro muito, uma vez que só anoto orações que têm um alto significado para mim e que sinto como fortes – que tenho vontade de dizer, que faz sentido para o meu Ser. Muitas vezes, tenho fragmentos de várias orações que – todos juntos, criam algo mais pessoal e cheio de significado interno. Faço muito isso para as orações de início de terapia – faço Cura Energética Multidimensional a quem recorre a mim e começo sempre com algumas orações de abertura para abrir, limpar, energizar e equilibrar o espaço e a sessão. Para este efeito, as orações que os outros criaram nunca me pareciam ecoar a cem por cento comigo e custava-me quando proferia frases que nem sempre sentia. As minhas orações têm de estar muito bem escritas – dentro do meu alinhamento – porque, caso contrário, já não as verbalizo com a mesma força.

Esta, que partilho convosco, tem sido uma das minhas companheiras deste ano. É uma oração para o Ori – ou seja, para a nossa cabeça ou consciência, Eu Superior ou alma. É mesmo muito importante para mim, porque eu sou uma pessoa que se perde por entre os medos, as culpas, as dúvidas e o receio de errar. Então é assim:

 

“Abençoa-me,

Equilibra-me,

Protege-me e guia-me no bom caminho.

Ajuda-me a encontrar-me e torna-me melhor a cada dia.

Que possas guiar cada passo meu.

Que me permitas chegar o mais longe que existe dentro de mim.

Que eu possa sempre ser justa, honesta e transparente com a minha verdade.

Traz força para mim.

Pelo bem do meu Ori, que qualquer assunto pelo qual esteja a passar fique doce no final.

Ampara-me e guia-me: aqui, agora e sempre. Que assim seja.”

 

Como podes começar Diários Espirituais

Bem, é simples. Sabes a cena de fazer pelo sentir? É isso! E olha que sou muito indisciplinada – não penses que isto é só para gente comprometida e certinha. Isto é uma necessidade minha e faço-o sempre que me apetece. E, acredita, apetece-me muitas vezes. Então, o que te posso recomendar:

  1. Escolha o caderno e a caneta certa – que te dê prazer e conforte usar;
  2. Anda sempre com ele;
  3. Encontra os teus temas – acima, coloquei os tópicos que me são essenciais. Mas tu poderás ter outros, diferentes;
  4. Não deixes que fique só na cabeça – escreve. E, se não tiveres o caderno mas encontrares algo que lá queiras colocar, faz uma nota no telemóvel, regista um áudio para ti mesma, coloca num guardanapo – e, depois, transcreves para lá.

 

O que gostava de te transmitir – que conseguiesse mesmo sentir – é que os Diários Espirituais são muito mais do que simples cadernos; são companheiros, espelhos, ferramentas de crescimento pessoal e espiritual. São as tuas pegadas por este mundo fora. Ao registrar as tuas experiências, reflexões e aprendizagens, aproximas-te de ti mesma e do que há de mais sagrado em ti.