Atenção ao chá: as saquetas podem libertar microplásticos

Atenção ao chá: as saquetas podem libertar microplásticos

Do BemDo Bem
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10.08.2020
chá

Se sempre preferiu chá a refrigerantes ou a sumos mais açucarados para se manter saudável, temos uma má notícia para si: de acordo com um estudo divulgado recentemente, uma saqueta desta bebida pode libertar bilhões de partículas de microplásticos.

investigação da Universidade de McGill, no Canadá, publicada a 25 de setembro de 2019, revela que assim que as saquetas de chá entram em contacto com água a ferver (100 graus) libertam centenas de partículas de microplásticos, fazendo com que esteja a consumir, na realidade, plástico com o seu chá.

Os investigadores da universidade canadiana testaram quatro tipos diferentes de saquetas de chá comercializadas em Montreal, Canadá, que depois cortaram, lavaram e colocaram em água acabada de ferver durante cinco minutos antes de as analisaremcom a ajuda de microscópios e ferramentas específicas.

De acordo com os resultados publicados, a equipa descobriu que uma única saqueta de chá liberta 11,6 bilhões de microplásticos, uma “quantidade significativamente maior do que os plásticos encontrados em outros tipos de alimentos”, escreve o “The Guardian”.

A maioria das saquetas de chá são feitas de fibras naturais, embora algumas marcas usem fibras que contêm plástico para selar. Outras marcas também abandonaram as saquetas em tecido, preferindo estas com fibras e plásticos, que foram analisadas pelos investigadores.

A equipa de pesquisa acreditaque a razão para a libertação dos plásticos das saquetas se deva ao contacto com água a ferver, dado que os materiais se podem degradar ou libertar substâncias quando aquecidos a mais de 40 graus.

Apesar de tudo, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde, não existem provas, até à data, de que a ingestão de microplásticos represente um risco para a saúde. Mas a Organização das Nações Unidas, escreve a mesma publicação, já afirmou que “são necessários mais estudos para entender como os plásticos se espalham no meio ambiente e chegam aos corpos humanos”.