A lista de melhores raças de cães para apartamento é sempre subjectiva. Existem várias raças que se adequam muito bem a viver num apartamento. Por isso, a melhor opção está sempre associada a questões geográficas (cada raça tem tendencialmente mais procura no seu país de origem). Também atenção ao clima, ao tipo de família e se irá inserir e às respectivas preferências estéticas e emocionais.
O nosso parceiro Cão Nosso apresenta-te algumas das raças que são consideradas “cães de colo” e algumas outras de cães com um porte maior – que se conseguem adaptar igualmente bem a viver num contexto urbano e num apartamento.
Finalmente, antes de ser anunciada a lista, interessa referir que esta selecção assenta sobre três critérios fundamentais:
Agora, chega de conversa e vamos à lista das 10 melhores raças para apartamento!
Bichon Frisé
O Bichon Frisé é um maravilhoso cão de companhia. É muito sociável com pessoas, designadamente com crianças, e com outros cães. A sua personalidade brincalhona e afectuosa estende-se a toda a gente, mesmo às pessoas que não conhece, o que fará com que as visitas sejam sempre bem recebidas.
Juntando as características acima mencionadas com o facto de ser um cão de pequeno porte e de ser, ainda, fácil de treinar, compreendemos rapidamente que o Bichon Frisé encaixa na perfeição no quotidiano da vida urbana.
Durante séculos, esta raça vivia essencialmente no seio da aristocracia europeia. Com o passar dos tempos, passou a ser acarinhada por todos, independentemente da sua classe social. Foi pintada por grandes artistas, nomeadamente por Francisco Goya.
Como não há bela sem senão, todos aqueles que pensam ter um Bichon Frisé devem saber que os cuidados com o seu pêlo são bastante exigentes. Isto significa que precisarão da ajuda regular de um groomer.
Uma outra raça muito semelhante a esta e que também se integra perfeitamente na vida urbana é o Bichon Maltês.
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Cão de Água Português
De todas as raças portuguesas, o Cão de Água Português é a mais conhecida internacionalmente. O facto de um exemplar, chamado Bo, ter sido um dos membros da família Obama, enquanto esta estava na Casa Branca, contribuiu significativamente para que o Cão de Água Português alcançasse a projecção de que dispõe actualmente.
Esta raça é conhecida por ser extremamente apegada aos donos e por lidar especialmente mal com a solidão, não suportando ficar muitas horas sem companhia. O relacionamento fortíssimo que desenvolve com os seus donos é uma característica que a acompanha desde tempos imemoriais.
Desenvolvida na Idade Média, acompanhou durante séculos os pescadores portugueses, principalmente algarvios, na sua árdua e perigosa função. Actualmente, é tida essencialmente como cão de companhia, beneficiando do excelente relacionamento com crianças e, também, com outros cães.
Apesar de se adequar à vida num apartamento, o Cão de Água Português necessita de ser bastante exercitado. Isto significa que os seus donos têm de estar preparados para passar bastante tempo ao ar livre. Se forem pessoas activas, esta necessidade não constitui nenhum problema. Agora, para donos com um perfil sedentário, o Cão de Água Português nunca será a melhor opção.
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Galgo Italiano
Também conhecido como Galguinho, devido ao seu pequeno tamanho, o Galgo Italiano é uma raça muito antiga, que nos acompanha desde a Antiguidade Clássica. Desde Catarina II (a Grande), imperatriz da Rússia, até Frederico II (o Grande), Rei da Prússia, foram vários os monarcas e aristocratas europeus que se apaixonaram por esta raça.
Porém, há já muitos anos, o Galgo Italiano passou também a viver no seio das classes mais populares. A sua personalidade afectuosa e brincalhona apaixona todos à sua volta, sem excepção. Mas todos aqueles que pensam em adquirir um Galgo Italiano têm de ter a noção de que, apesar da sua estrutura frágil, necessita de ser estimulado fisicamente, o que significa que precisa de dar bons passeios.
O facto de ter uma óptima relação com crianças e de ter uma enorme propensão para se dar bem com outros cães, torna o Galguinho numa excelente opção para famílias que vivam na cidade. Mas atenção: no caso das cidades com temperaturas médias baixas, deve-se considerar outra opção, uma vez que o Galgo Italiano não tem capacidade para lidar com o frio.
A maior debilidade da mais pequena de todas as raças que pertencem ao grupo dos galgos é a sua frágil estrutura óssea, principalmente até aos 18 meses de idade. Durante este ano e meio, é essencial adoptar todos os cuidados para que não haja nenhum osso fracturado.
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Lhasa Apso
Esta raça milenar foi criada durante séculos pelos monges tibetanos. Por esta razão foi baptizada com o nome da capital do Tibete – Lhasa. Apesar da sua antiguidade, apenas no século XX passou a ser conhecida no Ocidente. Um processo que começou quando o Dalai Lama iniciou a procura de apoio para a causa da Independência do Tibete, oferecendo exemplares a vários diplomatas, principalmente britânicos.
A pequena estatura do Lhasa Apso não traduz a sua coragem e determinação. O seu instinto para ladrar a estranhos faz com que seja um excelente cão de alerta. Isto pode ser, ao mesmo tempo, uma virtude e um defeito. Uma virtude porque avisa os seus donos nos momentos em que se aproxima algum estranho. Um defeito porque pode ladrar excessivamente e incomodar os vizinhos.
Dado este traço de personalidade, é especialmente importante socializar um Lhasa Apso desde tenra idade, tanto com outros cães como com outras pessoas. Assim, saberemos que, quando recebermos visitas em casa, essas visitas serão bem recebidas. Do mesmo modo, quando estivermos a passear na rua, haverá uma interacção equilibrada com os outros cães.
Em termos gerais, esta é uma raça saudável. Mas importa ter em consideração que a manutenção do seu pêlo é exigente. Isto significa que é preciso contar com a ajuda de um groomer para que o pêlo se mantenha limpo e bem tosquiado, assegurando-se, assim, a saúde da pele.
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Lulu da Pomerânia
Pouca gente sabe mas o Lulu da Pomerânia é uma das cinco variedades do Spitz Alemão.
As outras são: o Keeshond (a maior de todas); o Spitz Alemão Gigante; o Spitz Alemão Médio; e o Spitz Alemão Pequeno. Não é por acaso que também podemos chamar ao Lulu da Pomerânia de Spitz Alemão Anão, uma vez que é a mais pequena de todas as variedades. Apesar desta consideração, existem alguns cinólogos que separam estas cinco variedades em três raças distintas: o Keeshond; o Spitz Alemão (nos seus três tamanhos); e o Lulu da Pomerânia.
Como o próprio nome indica, esta raça foi criada na Pomerânia, uma região que ocupa parte do norte da Alemanha e da Polónia. Esta criação ocorreu no século XIX, no contexto de uma época onde, na Europa, a moda dos cães pequenos levou à miniaturização de várias raças.
O Lulu é alegre e afável, desenvolvendo uma ralação muito forte com os seus donos e constituindo um magnifico cão de família. Caracteriza-se também por ser inteligente, aprendendo facilmente o que lhe é ensinado, e alerta, ladrando sempre que alguma presença estranha se aproxima. Esta capacidade de dar o alerta é um traço característico de todas as variedades de Spitz Alemão. São cães desconfiados devido ao facto de os seus antepassados terem trabalhado como cães pastor e de guarda.
Para que o Lulu da Pomerânia não se torne demasiado barulhento, é importante socializá-lo desde cachorro com outras pessoas e cães. Sobretudo importante de forma a que não ladre sempre que vê alguém que não conhece. Se este trabalho for feito, será um cão fantástico no relacionamento com todos à sua volta.
Importa salientar que o seu luxuriante pêlo necessita de ser bem cuidado, sendo obrigatório realizar uma escovagem com regularidade. O seu pêlo, típico dos cães de tipo spitz, está talhado para climas frios. Por isso, dificilmente o Lulu da Pomerânia se adaptará a viver em climas quentes.
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Old English Sheepdog
É a maior de todas as raças apresentadas nesta lista. É conhecida no Reino Unido e nos Estados Unidos da América como um excelente cão de companhia e de família. O seu instinto protector relativamente à sua família é especialmente apurado no que se refere a crianças, o que o leva a ser conhecido como nanny dog, especialmente nos Estados Unidos.
Com um temperamento estável e amigável, o Old English Sheepdog adequa-se facilmente à vida num apartamento, no entanto precisa de ser bem estimulado física e psicologicamente. Adora participar em todas as actividades da família. Pese embora possa ter o instinto de, como cão pastor, tentar reunir as crianças (e até os adultos) que estejam dispersos pelo jardim ou por qualquer lugar ao ar livre. Este instinto pode ser moderado se, desde cedo, o ensinarmos a controlá-lo.
O Old English Sheepdog é também conhecido por Bobtail, alcunha que se deve a uma razão histórica muito interessante. Antigamente, no Reino Unido, os donos dos cães de companhia pagavam uma espécie de imposto de luxo, ao passo que os donos dos cães de trabalho (ou utilitários) não pagavam nada. Sendo assim, para provar o estatuto de trabalhador do Old English Sheepdog, os respectivos donos cortavam a sua cauda. Esta era uma prática considerada normal nos cães utilizados para guardar e conduzir o gado. Desde então, passou também a chamar-se Bobtail, expressão inglesa que pode ser traduzida como “rabo cortado”.
Esta é uma raça genericamente saudável, embora seja importante estar atento a dois problemas. O primeiro é a a displasia coxofemoral. O segundo é o Síndrome de Wobbler (conhecido também como espôndilomielopatia cervica).
A sua longa pelagem exige um cuidado especial, precisando de ser regularmente escovada.
Finalmente, interessa salientar que o Old English Sheepdog dá-se bastante melhor em climas frios do que em climas quentes.
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Pequinês
Acredita-se que esta raça exista há mais de 4000 anos, estando historicamente ligada ao Budismo. Segundo esta religião, o Pequinês é a encarnação dos “Cães de Fu”, animais míticos que afastavam os espíritos malignos e os profanadores. Dada a semelhança entre as representações destes míticos cães e os leões, o Pequinês é muitas vezes chamado de “Cão Leão”.
Nos tempos da China Imperial, o Pequinês usufruía de todos os cuidados que se possa imaginar, sendo apenas criado, durante muito tempo, pelas concubinas do imperador. Já no século XIX, a raça chegou ao Reino Unido e rapidamente conquistou a realeza e a aristocracia britânica. A partir deste momento, alastrou-se por todo o continente europeu.
A calma aliada à pequena estatura faz com que esta raça se adeqúe perfeitamente à vida num apartamento. Contudo, isto não significa que não precise de dar bons passeios.
Sendo, por um lado, muito chegado aos seus donos, é também, por outro lado, desconfiado com estranhos. Esta raça ladra sempre que alguém desconhecido se aproxima. Esta característica pode ser uma virtude, na medida em que alerta os donos perante presenças estranhas. Pode ser ao mesmo tempo um defeito, na medida em que pode dar origem a conflitos com os vizinhos, devido ao ladrar excessivo. Com socialização e treino, este instinto pode ser bastante atenuado.
Os grandes olhos e o focinho achatado merecem especial atenção por parte dos donos, uma vez que são zonas sensíveis. A pelagem também merece atenção, devendo ser escovada com regularidade.
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Shih Tzu
Esta raça foi criada no Tibete durante o século XVII, sendo o produto do cruzamento entre o Lhasa Apso e o Pequinês, ambas raças que participam desta lista. Uma ideia que acompanha o Shih Tzu desde os tempos da sua criação é a de que este representa o que de melhor existe na cultura tibetana (Lhasa Apso) e na cultura chinesa (Pequinês).
Shih Tzu é um nome que deriva do mandarim e que significa “Pequeno Leão”. Não é por acaso que tanto o Shih Tzu, como o Pequinês, têm esta ligação com o leão, uma vez que o budismo, a mais influente religião dos países que os criaram, olha para este animal como uma divindade.
Tendo sido criada especificamente como animal de companhia, esta raça é esteticamente atraente (desde que a sua bela pelagem seja bem tratada) e temperamentalmente amigável e brincalhona. Tendo uma grande propensão para se dar bem com todos, sejam pessoas ou cães desconhecidos, e mostrando-se geralmente calma. É natural que seja a escolha de inúmeras pessoas que vivem num apartamento.
Apesar de adorar estar ao colo e de passar a vida a receber mimos, é importante proporcionar-lhe bons passeios para que se mantenha saudável.
Relativamente a questões de saúde, interessa estar atento a potenciais problemas respiratórios e nas articulações, bem como às doenças oculares, como a atrofia progressiva da retina.
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West Highland White Terrier
O Westie, como é carinhosamente chamado pelos seus fãs, foi criado na Escócia durante o século XIX. A sua pelagem totalmente branca é uma fonte de atracção, o que faz com que seja dos terriers mais populares do mundo. A razão para esta coloração é historicamente muito interessante. Os criadores da raça queriam evitar a todo o custo confundir os seus cães com as presas que pretendiam abater. Isto levou-os a focarem-se no desenvolvimento de uma raça que tivesse um “manto” branco que cobrisse todo o corpo. A pelagem branca faz com que se distinga claramente de tudo o resto.
O Whest Highland White Terrier é alegre e brincalhão. Como terrier, está sempre pronto para qualquer desafio, mostrando uma resistência assinalável. Sendo muito ligado à sua família, onde adora ser o centro das atenções, precisa de donos activos, por forma a que beneficie de bastante estímulo físico e mental.
Se olharmos para o conjunto das raças do grupo dos terriers, o Westie é daquelas que demonstra uma maior propensão para se dar bem com outros cães. Ainda assim, como acontece com qualquer outra raça, deve ser socializado desde cedo.
Em termos de saúde, pode desenvolver problemas que afectam especialmente os cães de pêlo branco. Destaque para a surdez, as alergias cutâneas e a síndrome White Shaker Dog, responsável por tremores generalizados.
A sua pelagem deve ser escovada regularmente para se manter limpa e brilhante.
Se quiseres saber mais sobre o Whest Highland White Terrier, clica aqui.
Whippet
O Whippet foi desenvolvido no século XIX, como tantas outras raças. Neste século, um dos desportos mais populares em Inglaterra, principalmente no Norte, era a perseguição às lebres. Isto levou ao apuramento desta raça que é uma das mais rápidas do mundo. Capaz de atingir os 60 Km/h e de ter uma capacidade de aceleração superior ao próprio Greyhound (a raça mais rápida do mundo), o Whippet ganhou especial destaque neste desporto.
Apesar de ainda ser utilizado para corridas de cães, já há muitos anos que é tratado sobretudo como animal de companhia. Para isto contribui o seu temperamento calmo e afectuoso, o que o leva a ser muito ligado à sua família, sendo capaz de desenvolver uma magnifica relação com as crianças. Com os outros cães tem igualmente uma propensão para se dar muito bem, o que torna o Whippet num verdadeiro pacifista.
No entanto, a sua enorme sensibilidade pode levá-lo a criar uma relação de hiper apego com os seus donos, situação esta que pode originar um distúrbio comportamental chamado ansiedade de separação. Os cães que sofrem deste problema não conseguem estar sozinhos, entrando em pânico caso isso aconteça.
Para além da sua calma, existem mais duas características que fazem do Whippet um excelente cão para apartamento. A primeira é o facto de ser bastante asseado, um pouco à imagem dos gatos. A segunda prende-se com a sua baixa tendência para ladrar, o que é uma vantagem para quem tem vizinhos.
Sendo um galgo, é fundamental proporcionar-lhe bastante exercício físico, por forma a que se mantenha saudável física e psicologicamente.
Em termos de saúde, é importante estar atento a três problemas que podem afectar esta raça. O primeiro são as insuficiências cardíacas. O segundo as alergias. Finalmente, o terceiro, são as doenças oculares.
Fica a saber mais sobre o Whippet, através deste link.
Relembramos que existe sempre uma componente muito forte de subjectividade na elaboração desta lista. Assim, seremos sempre, inevitavelmente, injustos para com as raças que não aparecerão mas que podiam aparecer.
O Cão Nosso foi criado em 2016 por um casal que partilha o amor pelos cães. A Luísa, vinda do mundo da advocacia, e o Pedro, vindo do mundo do jornalismo, juntaram as melhores valências de cada um e desenvolveram um projeto que tem um impacto positivo na qualidade de vida de todos os tutores e respetivos patudos.
Oferece serviços de dog walking, dog sitting, dog taxi, e de creche canina, onde todos os cães podem socializar, brincar e explorar num espaço 100% pensado para eles – a Quinta do Cão Nosso, em Belas. Mais tarde veio a criação da “Escola do Cão Nosso“.
Além disso, o Cão Nosso também é uma fonte credível de informação sobre cães. Por isso, tem um blog e um guia de raças onde todos os dog lovers podem aprofundar os seus conhecimentos.
“Duas vezes por semana o Caju está no Cão Nosso. São os momentos de corrida na natureza e convívio com outros cães que o tornam tão sociável, saudável e feliz.” – Isabel Silva