13 ideias para não deprimires no outono

Sabemos que, para muitos, o outono é a estação do aconchego, da manta e do sofá – mas que, para outros, é quando o tempo começa a ficar mais escuro, os dias mais curtos e as interações sociais no exterior a diminuirem, trazendo uma sensação de desmotivação e nostalgia. Se te encontrar entre o segundo grupo – aquele que se sente desmoralizar com a chegada desta estação – então este artigo é para ti! Partilhamos 13 ideias para não deprimires no outono.

Ora bem: és do clube dos que adoram a chegada do outono, com o seu aconchego, mantas, séries, chás e sofás – ou do que não pode nem pensar no assunto? É que, para muitos, a partida do verão é difícil de assumir, assim como a redução das horas do dia, das festas no exterior, dos encontros em esplanadas e dos fins de tarde na praia.

Bem sabemos que as primeiras chuvas trazem nostalgia e que – tantas vezes – o humor varia (ou avaria) trazendo alguma apatia – mas queremos que vejas o outono como uma oportunidade para aproveitar o convite que a Natureza te faz, ao recolhimento, ao trato e à cura interna.

Para te ajudarmos a receber esta estação como uma oportunidade ao cuidado pessoal – deixamos-te aqui algumas ideias que podes aproveitar para te trabalhar. Vamos a isso?

13 ideias para não deprimires no Outono

Faz fotografia terapêutica – fotografa! Sai, escolhe locais dos quais possas gostar. Desafia o teu sentido pessoal de beleza sem pressões, sem objetivos externos que não sejam a tua experiência e satisfação pessoal. Não interessa o tipo da máquina, não interessa a qualidade da fotografia. Escolhe algo que aches belo e sai para fotografar. Podem ser rochas, padrões que se repetem, água, folhas, tecidos, cores, pessoas distraídas na rua, murais mais urbanos,… podes ser tu mesma(o): vestida(o), despida(o), ao espelho, em reflexo ou pedaços de ti.
Pinta um móvel antigo – todos temos aquele móvel que vem connosco de casa em casa desde…. já não sabemos! A estande de estudante que repousa na arrecadação ou a sapateira de madeira cor de mel que já não se enquadra na casa moderna. Resgata um móvel, escolhe uma cor diferente – que tenha a ver contigo – compra uma trincha para madeira, uns papéis para cobrir o chão e mãos à obra. Recria o móvel, enche-o de carinho e dedicação, desenha-lhe um padrão (ou quem sabe, não). E depois, coloca-o num local meio insólito e transforma-o em algo para o qual ele não foi, originalmente, desenhado. A sapateira numa biblioteca de quarto ou a estante rosa-velho numa garrafeira, por exemplo.
Cria ou reformula um plano de rotina em que o tema seja “tempo para mim” – sabes aquilo que planeias começar a fazer e que nunca começaste? Meditar – está nos top 5 dessas listas, assim como mudar rotinas matinais ou hábitos alimentares. Escolhe algo simples, planeia como gostarias que acontecesse e implementa. Por exemplo: a partir de agora quero acordar às 7h00, escrever umas Páginas Matinais, raspar a língua e beber um copo de água em jejum e meditar a seguir. Escreve, organiza e começa a implementar. Vai-te dar foco e, quando a missão tiver cumprida, vais ficar motivada(o) e cheia(o) de orgulho!
Experimenta aulas de danças tradicionais e/ou do mundo – se gostas de dançar, mesmo que, por hábito, não o faças, experimenta um encontro, baile ou aulas de danças do mundo. Músicas coloridas, cheias de tradição, muitas vezes simples de acompanhar. São locais repletos de pessoas diferentes e de todas as idades com as quais podes interagir. Deixa-te levar pelo ritmo e pelas sensações que a música te traz… e verás!
Descobre bares clássicos na tua cidade/zona – sabes aqueles bares que estão abertos à tarde e à noite e que têm mais de 50 anos? Cheios de pó e com sofás de veludo, com cocktails tão únicos como o seu ambiente? Pois bem, faz uma lista de bares antigos e aproveita para os ires conhecer. Podem ser mais escuros – alguns, até, cavernosos, mas são míticos e incríveis.
Cria uma lista de trilhos e concretiza caminhadas diferentes – no nosso país, estamos (quase sempre) rodeados de trilhos maravilhosos que – muitas vezes – desconhecemos. Alguns têm pequenas cascatas, outros vistas inspiradoras, outros silêncios que emocionam. Pesquisa, descobre, faz uma lista e dedica-te a explorar esses recantos naturais que estão mesmo perto de ti. Em grupo (organizado ou não) ou sozinha(o). Deixa-te ir.
Abre espaço para sentires coisas difíceis – ora bem, eu sei: é uma lista para estarmos alegres e motivados numa estação que nem sempre ajuda a isso! Mas… sabes que abrir espaço para sentir o que não é tão agradável pode trazer-te resultados surpreendentes? E… é de graça. Mas, nem sempre fácil. Ansiedade, tristeza, raiva, dor, despedida,… coisas das quais fugimos e das quais nos escondemos com a desculpa de uma vida muito ocupada. Então, um dia pára e abre espaço para sentir e deixares surgir algumas destas emoções. Permite que os sentimentos difíceis, pensamentos angustiantes ou coisas desagradáveis venham.
Inscreve-te em aulas de Escrita Terapêutica, num Clube de Leitura ou faz Biblioterapia – se és fã de livros, leitura ou escrita, há várias opções que podem animar o teu outono! Podes fazer um curso ou aulas de escrita terapêutica direcionada, podes procurar uma biblioterapeuta para te recomendar uma leitura desejada ou procurar um Clube de Leitura onde encontros periódicos são marcados.
Aprende a fazer algo novo – com as mãos! Aprende a fazer algo novo, algo que gostes, que te traga emoções positivas e te reconforte. Não interessa a finalidade, interessa o dedicares tempo a ti, a parar, a algo que gostas e que te faz relaxar. Pode ser maçonaria, pintura, cerâmica, colagem, desenho, costura, sabonetes ou velas – entre tantas, mas tantas outras coisas! Quem sabe, não te sirva para organizar algumas prendas para o Natal (outro tema sensível)!
Escolhe algo – na Natureza – que possas observar, estudar e catalogar – ficavas surpeendida(o) em como as pessoas desconfiam deste tipo de hobbie e, depois, se apaixonam pelo mesmo! Há quem observe e catalogue aves, insetos, plantas e folhas, cogumelos, pedras, selos, locais históricos, livros em segunda mão, cores e texturas. Pessoas que não têm a menor queda para biologia ou geologia mas que se entregam a esse hábito e às sensações boas que isso lhes traz.
Encontra uma nova comunidade – por vezes, do que precisamos é de pessoas. Pessoas novas, diferentes da nossa família, amigos e/ou colegas de trabalho. Pessoas que nos entendam, que sintam como nós ou que estejam a passar pelo mesmo que nós. Pessoas que partilhem, apenas, de um gosto em comum. Pode ser no meio espiritual ou cultural. Podem ser grupos de apoio temáticos. Uma comunidade de corrida, caminhada ou de jardinagem! Encontra uma comunidade e permite-te mergulhar nela. Vai ser mágico – isso garantimos nós.
Desafia-te – sabes aquilo que te deixa nervosa(o), que julgas não ser capaz, que te vai dar muito (demasiado) trabalho a atingir, mas que te faz sentir borboletas na barriga? Pois bem – isso. Desafia-te! Trabalha para chegares ao que te propões, sai da tua zona de conforto, cria objetivos e alcança-os sem olhar para trás. Poucas coisas sabem tão bem como o poder de superação.
Cria ou descobre um novo lugar seguro – pode ser real ou imaginário. Muitas são as meditações que te propõem teres um “lugar seguro” que pode existir no mundo real ou que pode ser criado pela tua mente. Um local da tua infância, um campo de lavanda com um moinho, uma cabana aconchegante que cheira a bolos, uma casa dentro do tronco de uma árvore, um jardim,… Coloca uma música, fecha os olhos, cria o teu lugar seguro com todos os detalhes que quiseres. Utiliza os teus sentidos e – todos os dias ou sempre que te sentires com menos foco ou com mais nostalgia – vai até lá.